CAPÍTULO I

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"Fairy lady, who stands on the walls"

"Fairy lady, who stands on the walls"

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— FLASHBACK —

Os pássaros lá fora cantam alegremente anunciando a chegada de mais um dia, mas não qualquer dia, o meu dia.  Paro em frente à janela para admirar o sol que acaba de nascer. Até as flores parecem mais belas, o vento traz seu perfume despertando em mim a alegria que não sentia à semanas. Respiro fundo inalando o cheiro das flores enquanto visto meu uniforme calmamente, os únicos sons no local são o vento batendo na janela e o ronco do James. Saí do quarto tentando fazer o menor barulho possível, não queria acordar os meninos e além de receber uma reclamação, ter que explicar o que iria fazer.

Corri até o jardim de forma desajeitada, como pude me atrasar em um dia tão importante? Passei por uma passagem entre os arbustos e fui procurar a minha única amiga, mesmo morando em um orfanato com vários garotos não consegui fazer amizade com ninguém, eles sempre brincam com minhas bochechas dizendo que pareço um porco gordo e não me deixam brincar.

— Estou aqui, meu pequeno. — ouvi a voz doce me chamando assim que passei por uma árvore e corri para alcançá-la — O que aconteceu para chegar atrasado hoje?

— Desculpa, tia. — peço abaixando a cabeça, não queria ter me atrasado. — Estava tão ansioso que fui dormir tarde e perdi a hora olhando as flores.

— Não precisa ficar com essa carinha, meu menininho sapeca! Eu estava apenas brincando com você. Sente-se aqui e venha olhar o que eu trouxe hoje — disse dando batidinhas na sua perna e eu logo me apressei para aconchegar-me em seu colo.

A senhora Azael sempre carrega uma cesta consigo com algo para comermos enquanto conversamos e brincamos. Hoje ela trouxe vários docinhos e um bolo, eu nunca tinha ganhado um bolo em toda a minha vida. Esse está sendo o melhor aniversário, ganhei meu primeiro bolo no paraíso. É assim que chamamos essa parte do jardim,  paraíso secreto, porquê só nós dois sabemos desse cantinho e espero que continue assim.



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—   DIAS ATUAIS   —

C

Acordo ouvindo vozes tão baixas que parecem sussurros, o sentimento de tristeza me invade quando percebo que tudo não passou de um sonho. Era torturante, mas infelizmente, eu já estava acostumado. Desde que completei 18 anos tenho sonhos estranhos com uma senhorinha simpática, sempre me questionei se realmente era apenas um sonho ou alguma lembrança da minha infância.

Viro meu rosto lentamente para o lado e deparo-me com dois homens parados ao lado da cama onde me encontro. Quem são eles? Por que usam essas roupas estranhas? Eles acham que estão em uma novela do século passado? Que ridículo.

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