Luan pov's on*
Por reflexo empurro Donga para longe, fazendo o mesmo das alguns passos para trás, o mesmo me olha e parecia bravo por ser rejeitado.
- você não gostou? Pra mim você também queria.
Ele fala, como eu iria pensar em beijo estando nessas circunstâncias? Era totalmente impossível sentir qualquer tipo de atração por Donga, nesse momento era impossível.
- não, primeiro você atrapalha meu beijo, me dá um tapa na cara e agora me beija? Qual e a sua Donga? Se orienta.
Digo, virando e começando a andar, mas logo sinto um braço apertar os meus, me fazendo voltar com tudo novamente.
- Como assim tu não gostou caralho?com Aquele mano tu deve adorou, mas o comigo não? Tava quase dando pra ele aqui no beco
Ele grita, por um momento eu vejo tristeza em seus olhos, mas porque? Ainda ontem ele queria me matar, e agora estava assim?
Apenas abaixo minha cabeça, não queria mais escutar ele, eu já estou cansado, estou cansado de tudo, estou cansado dele.
- Vai porra responde, em, tu tava doido pra dar pra ele né, mas pra mim tu não quer porque porra?
Ele agora fala, mas dava pra sentir agressividade no seu tom, ainda sim, não responde, apenas continuo de cabeça baixa, até sentir seus braços rodearam minha cintura e me abraçarem, ele me apertou, apertou de mais em seus braços, mas eu estava me sentindo tão confortável.
logo escuto um suspiro, e percebo que ele estava novamente chorando, com o queixo apoiado em minha cabeça, retribuo o abraço do mesmo, o apertando também, logo escuto o mesmo susurrar em meus ouvidos
- desculpa... desculpa por ter sido um amigo ruim, desculpa por ter te cobrado por algum que você não tinha nada haver, desculpa, e que no fundo eu so queria que tudo voltasse a ser como antes, só nos dois, nossa dupla novamente, mas eu te amo o suficiente pra saber que isso não vai te fazer bem, não quando eu sei que sou uma má influência e que qualquer um que chega perto de mim se vai, e não quero que você morra, pós você e especial demais para mim, e...eu te amo demais Luan
Ele dizia chorando, ao ouvir toda aquelas palavras, que para mim, expressavam sentimentos antigos, passados, mas tão presentes.
- Donga, eu também t-
Sou cortado por uma rajada de tiro, uma não várias, e logo fogos de artifícios são atirados, indicando invasão, logo olho para Donga que também me olha, o mesmo me puxa correndo, porém o beco era sem saída, logo ele me puxa para dentro do baile, naquela multidão, estava impossível chegar onde ele queria, mas finalmente chegamos, ele liga a moto e eu monto na mesma, logo só sentindo o ar quente que a mesma soltou ao ele passar voado pela ladeira toda, assim chegando em minha casa, logo desço da mesma e antes dele ir, faço a maior loucura da minha vida, dou um selinho no mesmo e pego em seu rosto, para ele olhar para mim.
- não morre, por favor
Falo escutando mais tiros, o mesmo sorri e da a volta, subindo a ladeira novamente, como uma flecha, entro em casa correndo, vendo que minha mãe estava na sala ajoelhada rezando, quando a mesma me vê, corre para me abraçar.
Luan pov's off
Donga pov's on
- Bota cara porra
Eu gritava para os rivais abaixo, já eram 1:57 da manhã e a trocação ainda não havia acabado, e lá estava eu fuzilando uns dos manos da favela rival
- Donga, os cara correu, mandei o TJ ir com alguns manos na entrada marcar um 10 lá, vai pra casa mano, descansar, deixa que eu cuido da favela
Falava Henrique, um dos gerentes da boca, logo concordo e vou para meu barraco, descansar um pouco, não e brincadeira não, quando acho que está tudo dando certo, eu estrago tudo.
E lá estava eu, o dono da porra toda embaixo do chuveiro chorando por causa de um meno que nem me dá moral, como? Meu pai me ensinou que nunca devemos chorar por aqueles que não são dignos de nossas lágrimas, e muito menos quando nos estamos a cima deles, mas como eu posso não chorar, sendo que eu sei que todos eles estão acima de mim, levam uma vida digna e trabalhadora.
- ah que inferno, eu não tenho que chorar não, estou acima daqueles filha da puta todo.
Donga pov's off
Luan pov's on
- fomos um casal de invejar...
Eu cantava descendo a ladeira para ir no bar, sempre era assim, após dias de tiroteios, todos agiam como se nada tivesse acontecido, e meio que mania do povo já
- seu ari, me vê uma coca bem gelada
Falo entregando a nota de vinte na mão do velho, que logo pega a mesma e vai ate o freezer, por enquanto olho ao redor e percebo um grupo de bandidos sentados no bar, uns cinco metros de mim, e dentre eles Donga estava lá, parecia bem, já que estava quase fodendo a puta que estava no seu colo
- aqui garoto
Sou tirado de meus pensamentos por seu Ari, que estava com a coca-cola na mão, pego a mesma e saiu a caminho de casa mas sou segurado por braços, quando olho, era Eduardo me olhando de uma forma misteriosa
- esquece oque aconteceu ontem...
Ele fala de uma forma dura, ele acha oque? Que eu iria sair por aí me gabando por ter beijado um bandido? Não sou igual a essas emocionadas que eles chama de "fiel"
- então você lembra doque aconteceu ontem?
- infelizmente sim, não era para aquilo ter acontecido.
- exato, mas foi você que fez o ato, se culpe por isso
Falo olhando nos olhos do mesmo, não iria deixar ele falar como se eu que tivesse o beijado
- só esquece oque aconteceu ontem Jae?
Ele fala, e eu olho pra ele de cima a baixo e de uma forma bem sonsa o respondo
- e oque foi que aconteceu ontem? Eu não lembro...
Falo com um sorriso e me viro, começando a caminhar, logo suspiro e solto o ar, que eu nem tinha percebido que eu estava segurando por todo este tempo.
A real é que eu não iria esquecer por completo, tipo, cara ele me beijou do nada, completamente do nada?
- viado, bora vê o jogo de futebol, os cara tão tudo lá jogando, e até o seu dongazinho
Vejo jessi caminhando em minha direção e falando, mas como assim até o Donga? Ele não tava ali atrás agorinha mesmo?
- oxi, o Donga tava ali atrás quase agora
- Lu, você tá aí parado igual um poste faz uns dez minutos, e óbvio que ele já deve até ter ido
Fala jessi, e nossa, eu nem havia percebido que eu estava a tanto tempo assim parado ali, logo falo para a mesma que eu tinha que ir levar a coca pra casa e logo iria ir lá ver o jogo, a mesma concorda e vai, dizendo que iria me esperar lá
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Não está revisado, então deve ter erros de português😭
1180 palavras👍🏽
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AMOR NA FAVELA (GAY)
FanfictionLuan, um menino de apenas 19 anos, que foi nascido e criado no morro, se vê completamente apaixonado por seu amigo de infância, Eduardo, porém o tal havia se tornado o Dono da favela, o que complicava as relações entre os dois, no meio de tantas bri...