³⁶Desmoronando

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                                              Luan

Já fazia umas horas desde que o Eduardo havia saído de casa, é desde isso, eu não consigo pensar em outra coisa, ao não ser que ele vai me caguetar

- Não, não é possível que ele vai fazer isso, Gabriel, ele não vai.

Falo pela milésima vez, ainda sem acreditar que ele iria fazer isso

- Olha, eu não sei, mas, não se deve confiar, porque não vai embora? Se ele realmente contar, você vai estar fudido!

Diz Eduardo encostado na parede, ele parecia estar mais desesperado do que eu, em meio a isso tudo!

Já estava perdendo as esperanças, é realmente achando que Eduardo iria fazer isso, até que ele entra dentro de casa, de uma forma séria e com seu fuzil nas costas

Assim que ele adentra em casa, eu me levanto e vou em direção a ele, que me olha, é apenas passa direto por mim, que otário eu sou né?

- Eduardo?

Chamo ele que me ignora e vai para o quarto, já estava perdendo a paciência com esse garoto, se eu não tivesse de preceito, pode ter certeza que eu já estaria xingando ele com todos os xingamentos possíveis!

- Da um momento pra ele moreno, desculpa falar, mas porra? Você caguetou os parças dele!

Gabriel fala assim que Eduardo entra dentro do quarto

- Parças? Pelo amor de Deus né, Gabriel! O cara queria matar ele, eu salvei ele! Se não fosse por mim, hoje ele estaria sem a cabeça!

Para mim, eu não estou errado,na verdade nem passa pela minha cabeça um motivo plausível para que certifique que eu estou errado!

- Você matou o Monstrão!

Nego assim que ouço aquelas palavras, porque eles cismaram que eu matei alguém? Não é possível!

- Eu não matei Jefferson, não matei Monstrão, Eu não matei ninguém! Poxa, eu só ajudei o meu namorado a se livrar de um b.o que ele mesmo fez, é o pior, e que eu saí como errado!

Digo, e me sento no sofá, isso é inaceitável!

- Luan, vem aqui.

Eduardo aparece na porta do quarto e me chama, logo olho pra Gabriel, que faz um gesto de " Não sei " com as mãos, olho para Eduardo novamente é me levanto, caminhando em direção ao mesmo

- Fecha a porta.

Ele fala e senta no sofá, assim que entro, fecho a porta

- Oque foi?

Pergunto a ele que apenas me olhava de uma forma séria

- Eu não falei para os caras, mas quero que você, me dê um motivo bom para que eu não fale nada!

Ele diz é eu suspiro, logo me sentando na cama ao lado dele

- Olha Eduardo, tudo que eu tinha para te dizer eu já disse, já disse meus motivos, é você não concordou é não aceitou eles, mas eu repito novamente, eu sei que isso que eu fiz, foi muito errado! Ok, eu aceito, mas eu fiz isso por amor, por amor a você! Achei que poderia lhe ajudar, é não vá dizer que eu não ajudei! Pois se não fosse por mim você estaria a sete palmos da terra agora, comendo o pão que o diabo amassou, mandei aqueles dois merdas para o inferno por sua causa, e ainda cai na maior burrada por você, arrisquei minha vida por amor a você, me envolvi com coisas erradas por você, é adivinha, nada disso valeu apena, isso, de hoje, só valeu para me mostrar que você nunca faria a mesma coisa por mim, você diz que me ama, que é apaixonado por mim, mas não, você não e!, você é maluco Eduardo, isso que você tem é obceção, só pensa em si mesmo, é ainda acaba caindo na própria mentira, não consigo reconhecer uma voz! Nem uma voz que você realmente me amou, ainda mais depois disso tudo, eu ainda me pergunto, seria tão mais fácil se eu tivesse ficado só com o Gabriel, porque, olha a diferença entre vocês dois, e agora eu finalmente me pergunto, será que realmente valeu apena arriscar tudo, minha vida, meu amor, tudo, exatamente tudo, por você?

AMOR NA FAVELA (GAY)Onde histórias criam vida. Descubra agora