O fim

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  "Essa é para todos os leitores, continuem em suas buscas constantes pelo abrigo das realidades alternativas e incríveis que são as histórias."

   Sirius observava Remus conversando com Dorcas e com Alice no pátio, o professor de álgebra do terceiro ano estava doente e não havia ninguém que pudesse o substituir, então eles tiveram dois horários vagos. Em sua cadeira na sala de aula, ele pensava sobre como deveria ser difícil amá-lo, não que ele fosse admitir que pensava tão pouco de si mesmo para qualquer pessoa. Desde pequeno sua mãe sempre disse que ele era egoísta e que precisava pensar mais nos outros, então começou a fazer tudo por ela e pelo pai, como se isso fosse mudar alguma coisa senão a maneira que via os próprios pais.

Mesmo que apenas uma pequena parte de si pensasse isso, ele queria que Remus amasse outra pessoa. Não porque ele não amava Remus, muito pelo contrário, ele o amava loucamente, e essa era a principal razão para aquela pequena parte de si querer aquilo. Ele conhecia os próprios defeitos melhor do que ninguém, tinha que lidar com eles todos os dias. Aquela parte dele que precisava de uma reafirmação constante de que ele era amado e ria de tudo até quando não tinha graça (principalmente quando não tinha graça) não era boa o suficiente para Remus, mas era só uma parte dele.

Ele só voltou para a realidade, que pela primeira vez na vida estava melhor do que seus pensamentos, quando o sinal tocou e o professor liberou a turma. Quando descia as escadas e os cabelos negros emolduravam os olhos azuis, o mundo todo brilhava de alegria e redenção, sem ter noção de que ele não fazia a menor ideia disso. Mas é claro que ele podia fingir. Quando ele encontrou com Remus no pátio e viu o brilho nos olhos dele ao vê-lo ele derreteu mais um pouquinho. Era surpreendente como Remus sempre foi do tipo que demonstra afeto de maneira agressiva e levemente ofensiva, ao menos antes de conhecer Sirius.

Remus caminhou até Sirius e de certa maneira foi estranho, era Black quem sempre se aproximava. Eles se sentaram em uma mesa qualquer e conversaram sobre banalidades da vida até que a conversa simplesmente tomou outro rumo.

- Sirius, eu não vou poder ir até sua casa hoje à tarde. Me desculpa.

Sirius estranhou e até cogitou perguntar o porquê, mas não parecia que Remus queria que ele o fizesse.

- Tudo bem, Moony. A gente se vê quando o Regulos quiser ir ao sebo amanhã.

Remus ficou feliz por Sirius não ter o questionado e deu um sorriso que ele tinha quase certeza que fez com que ele descobrisse o quão nervoso ele verdadeiramente estava.

*Remus Lupin P.O.V*

São exatamente 20:00 quando eu seguro firmemente o buquê de Jacintos em minha mão e bato na porta da mansão dos Potter. Euphemia atende com um sorriso e um olhar curioso.

- Remus querido, vai levar Sirius para sair? Já vou chamá-lo.

Eu apenas sorrio porque torço para que eu consiga levar Sirius para sair. Me arrumei da melhor maneira que pude e comprei um buquê de Jacintos porque ele me disse que ama o mito e o deus Apolo. Quando Sirius desencosta a porta e me olha surpreso eu não perco mais nenhum segundo, me aproximo e arrumo as mechas de cabelo rebeldes que balançavam e tapavam seus olhos com o vento do inverno.

- Remus? O que está fazendo aqui?

- Eu vim te ver.

- São Jacintos? Azuis.

- Como seus olhos.

Ele pare de encarar as flores e volta a olhar em meus olhos, estranhando toda essa situação.

Deixe a luz entrar || WolfstarOnde histórias criam vida. Descubra agora