𝐏𝐀𝐑𝐓𝐄 ꗃ ²﹕dois

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───── VEGAS﹕passado﹞
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O caminho até a mansão Theerapanyakul foi rápida e no momento que o carro parou, desço do veículo e fico olhando por alguns segundos a grande casa na minha frente. Tudo a minha volta era familiar, na verdade a única coisa que eu poderia me agarrar em lembranças.

Tailândia é minha casa nos últimos sete anos, mesmo que durante por dois anos fui mantido em cativeiro. ― Não se lembre, disso agora ― digo para mim, não é hora pra isso. Solto um suspiro e entro na casa, sou acolhido pelos guardas em fileira única me esperando passar para continuarem trabalhando, o que não me choca muito devido a ordem excelente da Malee.

― Estou indo, não esquece de mandar o Max ir se fuder ― Lorenzo fala sem rodeios. Era o meu melhor cúmplice e também um irmão de consideração para a família Vallack. Todos cresceram juntos, ao contrário de mim, que estive longe de casa.

― Pode deixar.

A mãe de Lorenzo, era uma Mexicana prostituta viciada que entregou o filho para o homem ― mais conhecido como meu pai ― que fornecia as drogas pra ela, alguns meses depois do seu nascimento. Malee, a terceira mulher do meu pai, assumiu a criança e se responsabilizou em criar o bebê, mas Khun rejeitou ele desde o começo. O que não era uma novidade, mas ainda sim, Malee se responsabilizou por Tan, o criando como o segundo filho. Essa era a verdadeira essência dessa, onde um cuidava do outro. Mas é claro que essa aliança não era pra todos e não me incluía no papel de irmão mais velho bem sucedido.

Era até engraçado pensar desse jeito.

― Senhor Vegas. ― o guarda anfitrião me para pra me receber, eu cumprimento ele com um olhar, enquanto ouço os passos dos guardas costas me seguindo pelo longo caminho do corredor.

Vegas.

O futuro líder do império Vallack. A segunda organização Theerapanyakul.

Eu estou acostumado a ser cobiçado, admirado e temido pela elite da primeira família, pois meu trabalho consistia em grande parte nas áreas mais abastadas da cidade. As drogas para os playboys e patricinhas, para os empresários que posavam de pais de família, mas que apreciavam as carreiras de pó branco enquanto fodiam suas amantes viciadas, toda a substância que causava dependência química. Eu conseguia qualquer merda que eles desejassem.

As apostas das lutas clandestinas e rachas de carros e motos também eram minha responsabilidade nos bairros nobres. Eu era o braço direito do assistente do meu pai, Phakin. ― Encarregado de chefiar
uma equipe de Associados.

Cada assistente é responsável pela
administração dos empreendimentos em uma determinada área no território
da família, repassando um percentual dos lucros para o líder da família que ele serve. Ou seja, eu trabalho para o meu pai. Khun. O mais irônico era que, quando eu me tornasse líder, Max meu irmão gêmeo seria nomeado como o terceiro na linha da liderança. Não exatamente isso, se fosse parar pra pensar.

Posso dizer que até os deuses tem seus favoritos. Mas não sou um deles. Nunca tive muita coisa para poder chamar de minha, e ― assim como a minha família ― a vida também não era perfeita. Porque sim, existe um lado obscuro nos Theerapanyakul, porém nem todos conseguem ver. Mas quando você consegue, parece que tudo vira um pesadelo.

O que eu vi durante toda a minha vida era a divisão entre duas famílias importantes. Em conflito sobre uma questão pessoal de gerações que nunca foi resolvida na base da conversa, mas apenas passada para uma linhagem de "irmãos" que eram completamente divididos pela ganância.

A organização da Casa' Principal Theerapanyakul era dividida por duas linhas de poder. Cada uma comandando um território. A principal delas era de Korn; líder chefe que está no topo da hierarquia. É ele quem toma as decisões finais a respeito da nossa família e dá as ordens a serem executadas. Ao assumir o cargo, é o Mad Main quem elege seu Subchefe e Conselheiro, sem interferência da Comissão. ― uma reunião com todos os membros da organização.

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