Stay Strong || Draco Malfoy

2 || Beco Diagonal.

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Domingo, 31 de Agosto de 1991.

POV. Bianca

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-Sua carta de Hogwarts chegou, malcriadinha. - Sirius me avisou, jogando a carta em minha cama.

-Obrigada, """""tio""""". - Debochei a palavra tio. Não tenho uma relação muito boa com ele. Talvez porque ele tenha traído o próprio sangue? Sim. Porque ele é um grifinório? Principalmente. Abri minha carta, guardei a lista de materiais em minha bolsa e comecei a me arrumar.

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- Vamos logo, pirralha. Você está atrasada.- Ele disse aparecendo no batente da minha porta. Provavelmente já eram umas dez horas. Eu tinha que estar no Beco Diagonal as dez. Isso era um problema.

-Calma, falta só pegar minha bolsa.- Falei, correndo em direção ao meu armário. Como era um dia consideravelmente frio, eu vestia uma calça legging preta, um moletom verde escuro que ganhei de Narcissa em meu aniversário, um casaco por cima semelhante à uma jaqueta e uma bota preta. Peguei a bolsa e parei em frente a meu indesejável tio.- Estou pronta.

Descemos as escadas e paramos em frente à lareira de minha casa.

-Já sabe como usa o pó de flu, não é?- Sirius perguntou.

-Sim. Não se preocupe.- Falei com firmeza, indo em direção a lareira e pegando um bocado de pó em minhas mãos. Respirei fundo, arrumei a postura e disse com clareza:

-Beco Diagonal!- Depois de falar, senti um puxão em meu umbigo e em um instante, parei no locar que eu desejava. Perto da Olivaras.

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Caminhei um pouco até chegar a ela. Entrei na loja e nela havia um garoto de cabelos escuros, saindo com uma varinha em mãos e um sorriso nervoso. Ele usava óculos e tinha uma cicatriz estranha na testa. Parecia um raio.

Me dirigi ao balcão e lá estava o velho Olivaras, olhando pro nada como se tentasse ligar pontos.

-Bom dia. - Me fiz ser ouvida, tirando-o de seus devaneios. - Desejo descobrir minha varinha, por gentileza.

-Bom dia, garotinha. Um instante. - Ele caminhou em direção ao fundo da loja e rapidamente voltou com uma caixa em mãos. - Aqui, experimente essa. Madeira de videira. Núcleo de pelo de unicórnio. Razoavelmente flexível. - Fiz um movimento qualquer com a varinha e um feitiço saiu dela; porém, sem sucesso. Causei uma pequena explosão.

-Assim, não acho que seja essa...- Falei irônicamente. Após me ouvir falar, Olivaras pegou outra caixa e pôs em minhas mãos. Abri a caixa e peguei a varinha. Senti um arrepio sair de minha mão e percorrer o resto do corpo. Novamente, fiz um feitiço desconhecido e da ponta da varinha saiu uma luz forte, como se fosse um flash de uma câmera.

-A varinha te escolheu, Black. Varinha de madeira de aspen, núcleo de dragão, inflexível. - Olivaras esboçou um sorriso. Apenas não entendi como ele sabia o meu nome. Agradeci-o e saí da loja, me sentindo feliz.

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Com varinha em mãos, um gato preto como meu animal de estimação (que chamei de Celeste), uma bolsa cheia dos livros necessários, rumei para a loja da Madame Malkins para comprar meus robes e outros acessórios.

-...ainda está apertado. Deixe mais solto.- Um garoto de cabelos loiros quase brancos reclamava com uma costureira que ajustava sua veste. Passei por ele, uma atendente veio e começou a tirar minhas medidas.

Depois de um tempo, esse mesmo menino esbarrou em mim enquanto eu esperava que a costureira finalizasse os detalhes da minha saia. Ao invés de um simples obrigada, ele olhou pra mim com uma cara de desagrado. Ridículo. O que eu fiz pra ele?

Devolvi com um olhar de cima a baixo e de cara feia, depois me virei pra janela, o ignorando.

-Prontinho, querida. Você está magnífica.- Roselinn, a mulher que fazia meus ajustes, terminou minha roupa. A entreguei o preço que devia no balcão, esbarrei de propósito no tal loiro nojentinho só pra tirar com a cara dele (acho que se ele me encontrar na rua me lança uma imperdoável) e saí da loja com mais sacolas com vestes, luvas pro inverno e um chapéu pontudo.

Com tudo que precisava em mãos, fui ao local que possuia uma chave de portal escondida para que eu voltasse à casa e segurei-a.

Depois de uns segundos, já estava no Largo Grimmauld novamente. Graças a Merlin, minhas costas doíam de carregar esses milhares de livros. Eu passei literalmente o dia fazendo compras e mais compras. Deixei as sacolas e bolsas no chão da sala.

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Depois que jantei, agradeci a monstro e subi correndo as escadas em direção ao meu quarto. Como não me aguento de ansiedade, comecei a arrumar logo minhas malas para ir pro castelo no dia seguinte. Tomei um banho enorme pra ver se minha adrenalina baixava (não adiantou muito) e me deitei.

Me deixei envolver em meus pensamentos.

Meu Merlin, amanhã eu estarei em hogwarts. Estou ansiosíssima pra encher o saco de uns nascidos trouxas, mas principalmente de enfiar a cara nos livros e virar a aluna exemplo. Tenho esperança de que serei ótima nessa escola. Esperança de ser conhecida pela inteligência e raciocínio rápido. De ser grandiosa como meu pai sempre sonhou que eu fosse. E eu arrisco o que for pra deixá-lo orgulhoso de onde ele esteja.

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Capítulo de hoje, amores. Acho que exagerei um pouco no tamanho..

Só avisando que esses "///" são divisores de tempo. Achei mais bonitos do que escrever "QUEBRA DE TEMPO".

Beijão da autora.