11 || Floresta proibida

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No dia seguinte, por volta das 23h, desci junto a Draco até o grande salão para cumprirmos detenção. Quando Potter e Granger apareceram junto de Filch, o zelador nos levou até a cabana do meio gigante e, quando Hagrid saiu de dentro da cabana, Potter deu um suspiro aliviado, fazendo Filch dizer:

-Acho que você está pensando que vai se divertir com aquele panaca? Pois pode pensar
outra vez, menino. É para a floresta que você vai e estarei muito enganado se voltar inteiro.

-A floresta? -Draco perguntou.- Não podemos entrar lá a noite....tem todo tipo de coisa lá...
lobisomens, ouvi falar.

– Isto é o que pensa, não é? – disse Filch, a voz esganiçando-se de satisfação. – Devia ter
pensado nos lobisomens antes de se meter em encrencas, não acha?- Questionou. As vezes tenho uma vontade enorme de quebrar a cara desse velho.

Hagrid saiu do escuro caminhando em direção a eles, com Canino nos calcanhares. Carregava um grande arco e uma aljava com flechas pendurada ao ombro.
–Até que enfim. Já estou esperando há meia hora. Vamos logo, crianças.

-Eu não vou entrar nessa floresta. -Draco bateu o pé.

-Se quiser continuar em Hogwarts, você vai sim. Você agiu mal e agora tem que pagar pelo que fez.- Hagrid respondeu.

– Mas isso é coisa para empregados e não para estudantes. Achei que íamos fazer uma
cópia ou outra coisa do gênero, se meu pai souber que eu estou fazendo isso, ele...

– ... lhe dirá que em Hogwarts é assim – Resmungou Hagrid. – Fazer cópia! Para que serve? Você vai fazer uma coisa útil ou vai sair da escola. E se pensa que seu pai vai preferir que você seja expulso, então volte para o castelo e faça suas malas. Vamos!

-Muito bem, então – disse Hagrid –, agora prestem atenção, porque é perigoso o que
vamos fazer hoje à noite e não quero ninguém se arriscando. Venham até aqui comigo.

Ele os conduziu à orla da floresta. Erguendo a lanterna bem alto, apontou para uma trilha
serpeante de terra batida que desaparecia por entre árvores escuras.

– Olhem ali, estão vendo aquela coisa brilhando no chão? Prateada? Aquilo é sangue de unicórnio. Tem um unicórnio ali que foi ferido gravemente por alguma coisa. É a segunda vez esta semana. Encontrei um morto na quarta-feira passada. Vamos tentar encontrar o pobrezinho. Talvez a gente precise pôr fim ao sofrimento dele.

– E se a coisa que feriu o unicórnio nos encontrar primeiro?- Perguntei.

– Não há nenhuma criatura viva na floresta que vá machucá-lo se você estiver comigo e
com o Canino. E siga a trilha. Muito bem, agora, vamos nos separar em dois grupos e seguir a trilha em direções opostas.

– Eu quero Canino – disse Malfoy depressa, olhando para as presas de Canino.- E Bianca também.

– Muito bem, mas vou-lhe avisando, Canino é covarde. Então eu, Harry e Hermione vamos por aqui e Draco, Bianca e Canino por ali. Agora, se algum de nós achar o unicórnio, disparamos centelhas verdes para o alto, OK? E se alguém se enrolar, dispare centelhas vermelhas, e vamos todos procurá-lo; então, cuidado.

Entramos na floresta e nos deparamos com uma bifurcação. Hagrid, Potter e Granger foram pela esquerda, enquanto eu e Draco pegamos o caminho da direita.

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Me arrependi de ter ido com Draco.

Ele reclamou pelo resto do trajeto, resmungando algo como "meu pai vai saber disso".

-Esse homem é maluco. Não acredito que ele soltou duas crianças de onze anos numa floresta com um cachorro medroso pra achar o que-seja que pegou esse unicórnio maldito.

-Se eu não te conhecesse tão bem, Malfoy, eu diria que você está com medo.

-Só se for você quem está com medo. Eu? Com medo? Nunca. Desconheço tal sentimento.

-Ah, tá. Agora me fala que o Filch toma banho.

De repente, um uivo me pega de surpresa, fazendo Draco me abraçar no susto.

-Depois eu que sou medrosa.

-Você ouviu isso?-Ele perguntou, transparecendo o medo.

-Não, meu querido, eu sou surda. É claro que eu ouvi, caceta, um negócio alto desse. Bora logo, eu quero dormir!

Continuamos andando, Draco segurando o lampião e eu levando Canino pela guia. Depois de um tempo procurando o tal unicórnio, Canino para de andar e começa a rosnar pro nada.

-Ei, Canino. Canino? Seu cachorro babão, qual é? -Puxei a coleira dele pra fazê-lo andar, mas ele continuou estático.

Quando olhei pra direção que ele rosnava, lá estava. O unicórnio. Com alguma entidade desconhecida em cima dele. Entidade essa que levantou a cabeça e comecou a se levantar, como se quisesse nos seguir.

Draco gritou de medo e me puxou pela mão, e a gente saiu correndo.

-Acho que já deu pra despistar aquele bicho. O que era aquilo?

-Você me pergunta? Não faço ideia.-Draco respondeu, sem fôlego de tanto correr.

-Nem eu. -Olhei pros lados, e não identifiquei aonde estava.- Pera, aonde a gente tá?

-E eu lá sei? Você que é a sabidinha daqui.

-Existem coisas que eu não sei! Não tenho uma bússola acoplada na capa, não sei se você sabe.

-Que ótimo. Além de já passar da meia noite e estar frio, a gente ainda tá perdido na floresta. -Ele reclamou.

-Põe frio nisso. E pra piorar minha capa é fina..

-Toma, eu não sinto tanto frio. Você está tremendo. -Draco tirou sua capa e me entregou, pegando a minha.

-Tem certeza? Obrigada, então.- Agradeci, e me sentei num tronco de uma árvore que estava caído. Draco fez o mesmo. Peguei minha varinha e soltei as tais fagulhas vermelhas que Hagrid mandou que soltássemos.

Me encostei no ombro de Draco e ficamos ali, esperando que o guarda-caça chegasse pra nos levar de volta ao castelo.

-Ah, aí estão vocês. Venham, vocês devem estar congelando.- Hagrid chegou com um lampião em mãos, junto de Granger e Potter.
Dei a mão a Draco e andamos em direção ao castelo. Eu estava cheia de sono.

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Amo mto esses dois!! O Draco completamente in love KAKAKAKAKKA
Beijos da Autora. 💋

Stay Strong || Draco MalfoyOnde histórias criam vida. Descubra agora