[4] Essa porra não é Alice no país das maravilhas.

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Se você chegou até aqui, obrigada!
Após anos sem escrever, vendo essa história criar teias na sequência de atualizações, resolvi lutar; não só por ela, mas também por mim. Escrevê-la é uma forma também de colocar pra fora toda a angústia que ainda sinto, é como secar cicatrizes que ainda sangram.

Obrigadão por se interessar pela minha obra, pela minha escrita e por não desistir de nós.

Não posso prometer muitas atualizações semanais, mas dessa vez elas virão mais brevemente.

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O que difere amor de paixão?

Partindo do princípio de que é possível sentir paixão sem necessariamente sentir amor e vice versa, o que de fato define um amor romântico? a necessidade de exclusividade sobre o outro? Ou a oportunidade de abrir mão da liberdade de ser só, para viver em conjunto? O que difere um relação romântica de uma relação causal? A ausência de responsabilidades ou a não precisão de rótulos?

Todos esses questionamentos rodeavam a mente de Taehyung, desde o anúncio do casamento de Belinda. Entender o que é amor se tornou uma necessidade pessoal, imposta pela falta de conhecimento sobre seus próprios sentimentos. Se perguntava constantemente se já havia de fato amado alguém ou se já havia feito alguém se sentir amado.

Paixão é fácil de definir; paixão ao seu ver é o desejo, o carinho e também saudade, mas em que ponto paixão se torna amor? Em que ponto abrir mão de si para deixar que outro se encaixe em sua vida é definido como genuíno amor?

As compreensões de sentimentos tendem a ter um consenso geral, por exemplo, nascemos aprendendo o que é felicidade, tristeza, angústia, saudade, porque são emoções corriqueiras e mais maleáveis de serem compreendidas, mas o amor é como uma escolha; você não escolhe se apaixonar por alguém ou deseja-las, são sentimentos efêmeros do ser humano, mas amor é além de uma necessidade momentânea, é uma decisão.

O amor não comovia Taehyung, embora fosse um romântico incurável, apaixonado pela vida, pelas boas histórias de amor, pelos amigos e pela existência da utopia amar. A ideia de um dia viver um amor era bonita, mas na prática parecia difícil, não se via casando, ou amando novamente, via o amor como um fardo pesado demais para carregar, embora fosse um ótimo encorajador para seus queridos; falava de paixão, motivava apaixonados a se entregar, mas estar pronto para uma relação e assumir a responsabilidade de fazer alguém se sentir amado não se enquadrava nas coisas que sonhava. Em alguns momentos da vida sonhou em casar, construir uma família, estar com alguém verdadeiro e carinhoso, porém sabemos que relações nem sempre são assim e entender o papel que desempenha na vida do outro torna isso ainda mais difícil de ser ignorado. O cenário em que sua família estava enquadrado não abria portas para esse tipo de sonho. A irmã estava prestes a concretizar o sonho do matrimônio, mas isso colocava seus pais em ruínas, saiu de casa cedo pra comprar uma briga que sequer era sua, então como poderia estar bem com seus sentimentos?

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⏰ Última atualização: Aug 22 ⏰

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