Silêncio...🩵TH

Capítulo 4

Todos da sala pararam o que estavam fazendo para observar acena, isso inclui a professora que não fazia nada para que fosse evitado. Eu estava no meio daquilo tudo simplesmente chocada, com todos os acontecimentos que tinham acontecido naqueles últimos minutos que haviam se passado. Nunca alguém tinha parado para me ajudar, nem sequer uma vez no decorrer desses três anos, e aquela pessoa simplesmente que surgiu em minha classe havia intervido em seu primeiro dia de aula.

Apesar de estar muito feliz com aquilo, em meu interior a minha mente gritava que a qualquer momento o mesmo iria para e repensar o que estava a fazer. E quando chegasse esse momento ele desistiria de defender alguém como eu, e se juntaria aquelas pessoas que se mantinham em silêncio naquela maldita escola.

— O que pensa que está fazendo? — Eunbi diz fervendo de raiva, que ainda tinha o pulso preço pelas mãos de Taehyung, lançando o seu famoso olhar de desprezo para o loiro.

— Nunca a mais a toque — fala com os dentes serrados, lançando o mesmo o olhar para ela, mantendo um ar irritadiço ali.

Eu tentava sem intender do porque o mesmo estava me defendendo e de onde vinha aquela raiva pela Eunbi, como se a mesma tivesse puxado os seus cabelos e não os meus.

— Você por acaso sabe quem é meu pai ?!!!! — grita assim que seus pulsos são soltos por aquelas mãos enormes.

— Não sei e nem quero saber, que se foda o seu pai!!! — aquelas palavras fez com que todos ali ficassem chocados, olhando espantados para o loiro, enquanto a mesma que havia gritado estava confusa com que havia escutado ali.

Meu corpo estava em uma completa confusão de sentimentos, estava por inteiro arrepiado, com um misto de alegria e medo. Alegria por ter alguém que pela primeira vez não ficou em silêncio e interviu aquela situação, e medo de que de alguma forma aquele simples ato seu voltasse para mim como uma vingança de Eunbi.

Falando nela, a mesma assim que terminou de escutar o que Taehyung tinha dito, correu para fora da sala, com sangue nos olhos, prometendo que não ficaria assim aquela situação. Apostaria a minha vida de que ela foi atrás do pai, o único que tem culpa dela ser dessa maneira, o que passava mão em sua cabeça e que fazia todos os seus gostos desnecessários. E tinha total certeza que sobraria para mim e Tae, cumprir suas punições desonestas por algo que estava nítido sermos as vítimas.

— Kim Taehyung!! — grita a professora assim que Eunbi sai por aquela porta — Como pode causar essa confusão em seu primeiro dia de aula, ainda por cima em minha aula.

— Como a senhora pode permitir que essa menina faça bullying com outra pessoa assim, bem na sua cara, não tem vergonha — se exalta em suas palavras, demonstrando sua insatisfação com as falas da mais velha. Fazendo com que a mesma ficasse sem palavras e sussurros auditivos fossem escutados pela sala, com isso a que havia chamado sua atenção se virou totalmente frustrada e saiu da sala, deixando agora a sala em um completo silêncio novamente.

— Como pode se sujeitar a isso, deixar que façam isso com você? — pergunta se exaltando novamente, direcionando suas palavras para mim. Conseguia sentir que o mesmo estava irritado com tudo aquilo, e isso me frustrava, pois qual seria o seu motivo. Ao menos me conhecia ou era meu amigo, para se intrometer em meus assuntos como se tivesse total direito a isso. Era claro que estava agradecida por ter me salvado de apanhar novamente, mas isso não lhe dava direito de me refutar como se soubesse de tudo que vinha passado.

— E quem é você para se meter na minha vida, como se soubesse de alguma coisa, você não sabe de nada — digo firme, transparecendo o meu desconforto com aquela pergunta, sentindo meus olhos arderem. A vontade de chorar estava grande, principalmente sentindo aqueles olhares de meus colegas em cima de mim, mas o que estava me incomodando era de Tae. Era um olhar desconhecido por mim, como se me compreendesse...

— Me desculpe, eu só queria... — corto suas palavras antes que o mesmo termine.

Eu estava cansada daquela situação...

— Chega por favor, não quero saber de mais nada, nunca pedi sua ajuda — aquelas palavras pareceu o despertar para ele, pois logo se sentou e descansou sua cabeça em sua mesa. Como se estivesse a dormir, permaneceu em silêncio o restantes das aulas, deixando nítido que estava magoado com o que eu tinha dito.

Eunbi não tinha voltado e seus amigos permaneciam apenas a prestar atenção em mim, com um olhar nada convidativo, já sabia o que estava por vir. Eles estavam a me vigiar, para que pudessem se vingar e me tirar daquela imaginação que havia criado.

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~Eubin~

Nesse momento estava indo as pressas a sala do diretor, vulgo meu pai, cheia de ódio pelo que tinha acontecido minutos atrás. Como ele pode me humilhar na frente de todos e não receber nenhuma punição sobre isso e ainda me responder daquela com todos assistindo. Mas papai não vai deixar isso passar, aquele loiro não ia ficar em pune pelo o que fez comigo...

— Paiiii — grito assim que entro na sala do mesmo, sem me anunciar, vendo ele sentado em sua cadeira olhando um monte de papelada.

— Sim, meu bem o que houve, porque está chorando? —  pergunta desesperado, assim que vê meus olhos encher de lágrimas. Claro que era fingimento, apenas para persuadir o meu pai, que fazia todas as vontades de sua querida filha.

— O menino novo da minha classe, brigou comigo — digo fingindo um falso soluço.

— Quem é doido de fazer isso com a minha princesa?! Me diz o nome desse menino? — se exalta, fazendo com que um sorriso de satisfação surgisse em meus lábios 

—É Kim Taehyung, papai... — digo, vendo o mesmo desfazer a carranca que carregava a segundos atrás, fazendo que eu estranhasse esse seu ato.

— Você disse KIm Taehyung? — pergunta, como se quisesse que confirmasse, como se eu tivesse brincando naquele momento.

— Sim papai, o que tem o Kim, está me assustando?

— Preste atenção meu bem, não mexe com esse menino, o pai desse garoto fez com que eu esteja aonde estou. Ele é muito importante para os meus negócios, você tem que manter o Taehyung perto de você, faça amizade com ele — diz me olhando seriamente, com um olhar que nunca foi direcionado para mim — Como fui esquecer que chegaria hoje a escola, espero que tudo tenha dado certo com a classe e ele.

— Mas papai ele mexeu comigo...

— Eubin chega!! Tenho certeza que ele apenas estava brincando você — diz despreocupado, tirando qualquer chance para discussão.