o fim de uma linda (e suada) história

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Top 5 coisas para não se fazer quando você for implorar para seu chefe não te demitir. Número 1: botar fogo na cozinha do restaurante dele.

Vejam bem, eu admito que sou um cara um pouco azarado, mas metade das coisas que me acontecem não é de propósito. Eu tento sempre andar na linha, vocês sabem, o universo que não deixa! Tudo bem que eu nunca fico no tédio, mas a que custo, Deus? Enfim, deixa eu contar como tudo aconteceu.

Após chorar um pouquinho para Changbin na minha festa de "Ainda bem que você está vivo, Soonyoung, te amamos", meu chefe pensou melhor e resolveu me dar uma semana para me recuperar do sequestro antes de voltar para o trabalho, então fiquei relaxando às custas do Jihoon junto da minha família. Meus pais e minha irmã ficaram por mais dois dias na casa de Jihoon. Os folgados usufruíram da hospitalidade do meu namorado e agiram como se a mansão fosse deles. Não saíam da piscina e comiam que nem uns desmiolados. Jihoon, no entanto, estava feliz. Fazia tudo que meus pais pediam e conversava sempre com meu pai. Surpreendentemente, meu velho gostou de Jihoon. Na noite anterior de sua partida, ele me deu um tapinha nas costas e disse:

— Casa logo com esse aí. Pede união total de bens.

Quase chorei. Meu pai nunca me disse para casar com nenhum dos meus ex-namorados, Jihoon realmente é o escolhido. Contei isso para o bonitinho e ele quase explodiu de felicidade. Me agarrou, me jogou na cama e grudou em mim que nem uma perereca.

— Você se casaria comigo, Soonyoung? — Ele disse, distribuindo beijos em meu rosto. Meu coração pulava tanto que pensei que fosse sair pelo meu nariz.

— Claro que sim. — Abracei sua cintura, sorrindo, enquanto aproveitava os chamegos de Jihoon. Ele nunca iniciava os chamegos, mas pelo visto hoje é um dia especial. Se eu pedir para ser o ativo, será que ele deixa?

— Você está falando sério? — Jihoon parou tudo e me encarou com uma expressão bastante séria. Afaguei sua bochecha e o beijei apaixonadamente.

— Eu nunca mais vou me separar de você, Jihoon, casando ou não casando. Você que lute.

Jihoon abriu um sorriso todo bobo e enfiou o rosto em meu peito, esfregando-o com força enquanto balançava as perninhas. Era engraçadinho vê-lo daquele jeito. Um dos CEO's mais influentes da Coreia aqui, agindo que nem um bobinho, nos meus braços. Quis engolir ele.

— Soonyoung. — Ele me chamou.

— Oi. — Respondi, afagando seus cabelos. Jihoon estava deitado em meu peito, me abraçando com força.

— Você quer vir morar comigo?

Congelei no mesmo instante. Tudo bem que estávamos falando de casamento e tal, mas a conversa acabou de ficar mais séria. Morar juntos é um negócio totalmente diferente. Jihoon deve ter percebido minha hesitação, pois se ergueu da cama e me encarou com uma expressão um tanto desesperada.

— Calma, eu não falei nada. — Levantei as mãos.

— Exatamente! — Jihoon sentou-se, encostando as costas na cabeceira da cama. — Esse foi o problema!

— Vamos repassar os fatos devagar, ok?

— Não tem nada pra repassar, a pergunta é clara: você quer morar comigo?

✘ damn.Onde histórias criam vida. Descubra agora