point of view Liz
22:00pmeu tinha acabado de acordar com uma médica ao meu lado colocando uma agulha no meu braço
- que bom que acordou Liz - a moça me olha -
- o que aconteceu? -
- você desmaiou por fraqueza e uso excessivo do cigarro eletrônico -
a mulher me disse que eu quase fui de arrasta e eu fiquei com um pouco de medo, eu já estava me sentindo melhor e a enfermeira me disse que tinha alguns amigos esperando para me ver
- amiga - Kakau me abraça - que bom que está tudo bem agora - ela senta da beira da cama -
- sim - sorri -
- quase matou a gente do coração pirralha -
- não é pra tanto japonês -
- quase mata a gente e seu namorado - kakau olha feio para o jota - eita foi mal, esqueci -
- não tem problema jota - ri -
- você não comeu nada menina, tá maluca -
- eu não tava com fome, acabei nem percebendo que eu tava fraca -
- tem que comer maluca, pra piorar pulou na piscina - jota fala -
- foi nessa hora que eu percebi que tava passando mal -
- podia ter chamado a gente né - japonês reclama -
- foi rápido, não consegui raciocinar -
- Tavin foi correndo te pegar, nunca vi ele tão desesperado na vida - kakau fala e eu apenas sorri -
a enfermeira veio ver se faltava muito para acabar o soro e faltava menos que a metade, assim que terminasse eu poderia ir pra casa
meus amigos saíram e disseram que Otávio estava esperando pra me ver, não demorou muito e eu vi ele entrando pela porta e fechando logo em seguida
- eai - ele pareci nervoso -
- oi - sorri sem mostrar os dentes -
- como você tá? - ele sentou na maca ao meu lado -
- eu tô bem, obrigada por ter me ajudado e desculpa pelo trabalho que eu te dei - olhei para o garoto -
- foi o mínimo que eu poderia fazer por você Liz e se tem alguém que precisa pedir desculpas, esse alguém sou eu! -
- não, você não tem culpa de nada e não precisa ficar com esse sentimento -
- se não tivéssemos terminado você não teria descontado tudo no pod, você não estaria aqui agora- vejo os olhos do garoto se encherem de lágrimas -
- ei para com isso, quem não teve controle foi eu! para de se culpar Otávio -
- eu fiquei tão preocupado com você -
- não foi nada demais, já passou -
a enfermeira entrou no quarto e avisou que iria tirar a agulha do meu braço, olhei para o outro lado e Otávio segurou minha mão pois sabia que eu tinha muito medo de agulha