XXIV

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um tempo depois..

|| Narrado por Marília Mendonça.

- Acabei de largar do trabalho, me estressei demais hoje, minha cabeça está a mil.

- Meu pai voltou para minha mãe, mesmo depois do chifre, ele disse que não tem mais idade pra estar atrás de ninguém, que ama a minha mãe e que vai perdoar ela.

- A Malu está de férias da escolinha, já estamos em junho, a Maiara está viajando, e levou ela. Vão passar uma semana fora, estão num' lugar super chique, eu ia com a Maraisa, mas preferimos ficar por aqui mesmo.

na casa de Marília..

Marília: - Marley, vem aqui meu filho! - O cachorrinho vai até a loira. - Cê cresceu demais hein? - Faz carinho no mesmo. - Tá lindão! - Senta no chão ao lado do mesmo. - Sua irmã abandonou eu, agora só tem você. - Abraça Marley.

- Senti meu celular vibrar, era o convite do chá de bebê do filho do Murilo, a mulher dele mandou pra mim pelo insta, "Para você e para sua esposa!".

- Ultimamente estou tão sem paciência, acabei descontando isso na Maraisa ontem, me senti um lixo.

|Flashback|

Maraisa: - Amor. - Olha pra Marília.

Marília: - Hm. - Fala olhando pro celular.

Maraisa: - Por que está estranha comigo? - Encara Marília.

Marília: - Não estou estranha não, deixa de ser paranóica! - Fala em tom grosso.

Maraisa: - Você está muito sem paciência, Marília, eu não tenho culpa de seus problemas! - Levanta da cama.

Marília: - E você está chata. - Fala ainda olhando para o celular. - Maraisa sai do quarto.

|Fim do Flashback|

- Tenho perdido a cabeça no trabalho, muita coisa pra fazer em pouco tempo, minha cabeça está explodindo, ando meio chateada, porquê tenho descontado em alguém que não tem nada haver.

- Eu preciso pedir desculpas para ela, mas não posso fazer isso no estado que estou.

- Tomei um banho frio, comi, coloquei uma roupa bem confortável e acabei caíndo no sono.

no dia seguinte..

- Acordei com a claridade da luz do sol na janela do meu quarto, já eram quase 12hs, eu dormi pra cacete.

- Levantei, almocei miojo mesmo, minha cabeça está doendo demais, não estou em sentindo muito bem.

- Fui com dificuldade até o sofá, me sentei lá, olhei para a poltrona, mesmo com a vista mesmo turva, pude ver meu telefone, conseguir mandar uma mensagem para Maraisa.

"Amor, eu estou me sentindo mal."

- Senti um peso na minha cabeça e tudo escureceu.

minutos depois..

"Marília, Marília, Marília fala comigo!"

- O que é isso?
Estou sonhando?
Por que não vejo nada?
De onde vem essa voz?

"Amor, por favor, acorde!"

- Morena.

- Meus olhos se abriraram lentamente, e pude ver minha morena com os olhos banhados por lágrimas em cima de mim.

Maraisa: - Amor, o que aconteceu? Você está gelada, vamos pro hospital agora, está bem? - Fala nervosa olhando para loira. - Marília com dificuldade afirma com a cabeça.

- Minha visão escureceu novamente nos braços da morena, mas dessa vez, não ouvi nada, não senti nada, foi como se eu tivesse dormido em um sono pesado.

- Acordei deitada em uma maca, não vi ninguém na sala comigo, eu estava respirando por oxigênio, meu Deus, o que aconteceu comigo?

- Olhei para o canto da sala, e vi uma luz muito forte, fechei um pouco meus olhos pra que pudesse ver melhor.

- Era um anjo, ele se aproximou de mim com uma expressão calma em seu rosto, veio até a beira da maca, olhou em meus olhos, e soltou um leve sorriso.

A: - Marília. - Coloca uma das mãos na maca.

Marília: - Quem é você? Como sabe meu nome? - Pergunta assustada.

A: - Calma, eu sou um anjo, vim aqui te passar um recado. - Se aproxima da mesma. - Tudo tem início, meio e fim. - Marília olha para o mesmo assustada. - Você não irá morrer, não agora, mas você passou muito perto da morte, estou lhe concedendo uma nova chance da vida, aproveite ela, ela será longa, você tem muitos anos pela frente pra aproveitar sua família, enviarei algo para você em cerca de um ano, algo que irá resignificar a tua vida, um pedaço do céu, algo enviado por Deus. - Sorri. - Aproveite sua nova chance de viver Marília, você merece a vida.

- Eu iria questionar, mas ele sumiu, sumiu como pó. Será que estou ficando louca? Não é possível. Cadê a Maraisa? O que eu estou fazendo aqui?

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