Damom
Não faz mais do que dois meses que estou em Nova York, expandir negócio foi a melhor decisão, novas áreas, novas pessoas.
Meu celular toca e vejo que é o Lúcian.
-- Eu sei que sente a minha falta, mas precisa mesmo me ligar tão tarde? - brinco e do outro lado da linha eu sei que ele também sorriu
Lúcian- Não seja idiota - rio - Acabei de mandar um caminhão de coisas novas pra você.
-- Ainda não acredito que prenderam o último.
Lúcian - Quem foi que disse que seria fácil? Como andam as coisas?
-- Melhor do que eu esperava, Nova York é bem diferente de casa. - desvio rápido de um carro e o idiota buzina
Lúcian - Espera, não está em casa? Finalmente resolveu sair dessa zona de conforto.
-- É eu precisei resolver uma coisa - olho para o lado e vejo uma coisa brilhar no banco
Seguro a pulseira destacando o nome Natallie.
Aquela ruiva é bem esquisita. Uma esquisita atraente e talvez azarada.
Lúcian - Damom você ta me ouvindo? - esqueci
-- Foi mal eu viajei um pouco. O que você disse?
Lúcian - Preciso que limpe a barra do motorista do último caminhão, o cara tem família.
-- Ta, deixa comigo - nos despedimos e eu sigo o caminho de casa
Depois de tomar um banho deixo a pulseira da ruiva no móvel da cama e começo a pesquisar.
Natallie Romanov, vinte e seis anos, órfão, gestora de tecnologia da informação.
--Que merda é essa?
Não tem passagem pela polícia, ela não tem amigos, suas redes sociais quase não tem fotos suas...Uma fantasma, e elegante por sinal.
Dia Seguinte
Eu poderia ligar pra ela e avisar que a sua pulseira está comigo, mas isso seriam estranho, afinal não foi ela que me passou o número e muito menos sabe quem é a pessoa que a deixou em casa ontem a noite. Qual seria as chances de vê-la por essas ruas de novo?
Saio dos meus pensamentos e volto ao trabalho, como todos os dias aqui, tem sido cheio e eu adoro isso.
No final da tarde tomo uma ação arriscada indo a casa de Natallie. Quando cheguei não vi seu carro do lado de fora, não quero parecer um idiota por vir devolver uma pulseira besta.
Toco a campainha esperando alguma reposta e em alguns minutos ela abre. Com certeza ela não esperava por isso.
Natallie - Damom, oi, nossa que surpresa.
-- Bem, eu...Você esqueceu sua pulseira no meu carro e eu imaginei que fosse sentir falta. - estendo o objeto
Natallie - Muito obrigada, eu achei que tinha perdido no chão da boate. - sorri - Você quer entrar?
Vejo que ela está com roupa de malhação. Uma regata bem exposta pra quem está usando um sutiã vermelho.
-- Ah tudo bem, eu percebi que está de saída - foco os meus olhos para outra coisa
Natallie - Eu estava indo dar uma caminhada e tomar um sorvete quem sabe. Se quiser pode vir.
-- Então vamos - solto o ar que estava prendendo
Caminhar com essa ruiva está sendo torturante, ainda mais quando se ela está com um maldito sorvete de baunilha que está derretendo em sua blusa.
Natallie - Me fala um pouco de você.
-- O que quer saber? - caminho mantendo o olhar pra baixo
Natallie - O que quiser contar. - lambe o sorvete
Mas que...
-- Bem eu moro em Novo York a alguns meses, na verdade sou de Los Angeles, Califórnia.
Natallie - Veio a trabalho?
-- É, eu vim expandir o negócio da família.
Natallie - Finanças?
-- É a sua vez agora, me fala de você.
Natallie - Bom, sou gestora de tecnologia da informação, e nunca saí de Nova York.
-- Por que não? Sua família não gosta de viajar?
Natallie - Na verdade eu sou órfão, então quando crianças não saímos muito.
-- Eu sinto muito.
Natallie - Relaxa, eu já me acostumei.
E como um passe de mágica nós já estamos na calçada de sua casa.
Natallie - Obrigada por te me acompanhado.
-- Não precisa agradecer - saio andando
Mas por que a minha consciência me pede pra fazer isso?
-- Natallie espera - ela se vira - Vai fazer alguma coisa amanhã a noite?
Natallie - Não - ela põe uma mecha de cabelo atrás da orelha
-- O que acha de sair pra jantar?
Natallie - Vou te esperar às oito. - ela entra
Fazia tanto tempo que tinha chamado uma mulher pra sair que até as minhas mãos ficaram gélidas...Talvez seja porque ela é diferente, ou talvez porque se eu quiser continuar com isso, vou ter que abrir o jogo.
O que uma mulher como ela vai fazer perto de um cara como eu?
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Good Lies (boas mentiras)
Fanfiction" Seu olhar me apavora, sua pele me queima, algo me diz que quer a minha segurança quando você é o verdadeiro perigo, mas, por que eu ainda assim, quero estár perto de você?" O livro conta a história de Damom e Natalie. Espero que gostem❤️