Capítulo - 3

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Damom

Não faz mais do que dois meses que estou em Nova York, expandir negócio foi a melhor decisão, novas áreas, novas pessoas.

Meu celular toca e vejo que é o Lúcian.

-- Eu sei que sente a minha falta, mas precisa mesmo me ligar tão tarde? - brinco e do outro lado da linha eu sei que ele também sorriu

Lúcian- Não seja idiota - rio - Acabei de mandar um caminhão de coisas novas pra você.

-- Ainda não acredito que prenderam o último.

Lúcian - Quem foi que disse que seria fácil? Como andam as coisas?

-- Melhor do que eu esperava, Nova York é bem diferente de casa. - desvio rápido de um carro e o idiota buzina

Lúcian - Espera, não está em casa? Finalmente resolveu sair dessa zona de conforto.

-- É eu precisei resolver uma coisa - olho para o lado e vejo uma coisa brilhar no banco

Seguro a pulseira destacando o nome Natallie.

Aquela ruiva é bem esquisita. Uma esquisita atraente e talvez azarada.

Lúcian - Damom você ta me ouvindo? - esqueci

-- Foi mal eu viajei um pouco. O que você disse?

Lúcian -  Preciso que limpe a barra do motorista do último caminhão, o cara tem família.

-- Ta, deixa comigo - nos despedimos e eu sigo o caminho de casa

Depois de tomar um banho deixo a pulseira da ruiva no móvel da cama e começo a pesquisar.

Natallie Romanov, vinte e seis anos, órfão, gestora de tecnologia da informação.

--Que merda é essa?

Não tem passagem pela polícia, ela não tem amigos, suas redes sociais quase não tem fotos suas...Uma fantasma, e elegante por sinal.

Dia Seguinte

Eu poderia ligar pra ela e avisar que a sua pulseira está comigo, mas isso seriam estranho, afinal não foi ela que me passou o número e muito menos sabe quem é a pessoa que a deixou em casa ontem a noite. Qual seria as chances de vê-la por essas ruas de novo?

Saio dos meus pensamentos e volto ao trabalho, como todos os dias aqui, tem sido cheio e eu adoro isso.

No final da tarde tomo uma ação arriscada indo a casa de Natallie. Quando cheguei não vi seu carro do lado de fora, não quero parecer um idiota por vir devolver uma pulseira besta.

Toco a campainha esperando alguma reposta e em alguns minutos ela abre. Com certeza ela não esperava por isso.

Natallie - Damom, oi, nossa que surpresa.

-- Bem, eu...Você esqueceu sua pulseira no meu carro e eu imaginei que fosse sentir falta. - estendo o objeto

Natallie - Muito obrigada, eu achei que tinha perdido no chão da boate. - sorri - Você quer entrar?

Vejo que ela está com roupa de malhação. Uma regata bem exposta pra quem está usando um sutiã vermelho.

-- Ah tudo bem, eu percebi que está de saída - foco os meus olhos para outra coisa

Natallie - Eu estava indo dar uma caminhada e tomar um sorvete quem sabe. Se quiser pode vir.

-- Então vamos -  solto o ar que estava prendendo

Caminhar com essa ruiva está sendo torturante, ainda mais quando se ela está com um maldito sorvete de baunilha que está derretendo em sua blusa.

Natallie - Me fala um pouco de você.

-- O que quer saber? - caminho mantendo o olhar pra baixo

Natallie - O que quiser contar. - lambe o sorvete

Mas que...

-- Bem eu moro em Novo York a alguns meses, na verdade sou de Los Angeles, Califórnia.

Natallie - Veio a trabalho?

-- É, eu vim expandir o negócio da família.

Natallie - Finanças?

-- É a sua vez agora, me fala de você.

Natallie - Bom, sou gestora de tecnologia da informação, e nunca saí de Nova York.

-- Por que não? Sua família não gosta de viajar?

Natallie - Na verdade eu sou órfão, então quando crianças não saímos muito.

-- Eu sinto muito.

Natallie - Relaxa, eu já me acostumei.

E como um passe de mágica nós já estamos na calçada de sua casa.

Natallie - Obrigada por te me acompanhado.

-- Não precisa agradecer - saio andando

Mas por que a minha consciência me pede pra fazer isso?

-- Natallie espera - ela se vira - Vai fazer alguma coisa amanhã a noite?

Natallie - Não - ela põe uma mecha de cabelo atrás da orelha

-- O que acha de sair pra jantar?

Natallie - Vou te esperar às oito. - ela entra

Fazia tanto tempo que tinha chamado uma mulher pra sair que até as minhas mãos ficaram gélidas...Talvez seja porque ela é diferente, ou talvez porque se eu quiser continuar com isso, vou ter que abrir o jogo.

O que uma mulher como ela vai fazer perto de um cara como eu?

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⏰ Última atualização: Apr 24 ⏰

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