Prólogo

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"No princípio, o vazio reinava,

Nada existia, só escuridão sem fim.

Então os Divinos com poder criavam,

Céus, terras, águas, luzes sobre o confim.


Eram céus escuros, águas vazias,

Mas os criadores trouxeram harmonia.

Anciões foram enviados em missão,

Para povoar a terra sem distinção.


A ordem prevalecia a cada passo dado,

Até que o livre arbítrio trouxe o caos adentrado.

Aproveitando-se da desigualdade desse plano,

A Divina lançou a semente da erosão, seu engano.


Caiu e corrompeu-se em angústia e dor,

Emergiu a Profana, destemida, sem temor.

Os anciãos, corrompidos, na escuridão a cair,

A Grande Guerra eclodiu, exasperação a fluir.


Mas o Divino não teve escolha a fazer,

Para manter o equilíbrio, agiu sem temer.

Conjurou Haradon, O Escolhido audaz,

Um ser destemido, destinado a paz.


Unidas as raças, apoiaram Haradon,

Banindo os desafiadores da escuridão.

Até que o equilíbrio enfim floresceu,

E com dever cumprido, Haradon esmaeceu.


Então meu povo, eu te digo com fervor,

Cante essa canção, com alma e louvor!

Que a música te leve ao mundo de encanto,

Galitor espera por ti, a cada novo canto."

AS CRÔNICAS DE GALITOR - Livro 1: A cripta do reiOnde histórias criam vida. Descubra agora