Bucky

148 34 1
                                    

O pequeno refúgio de Harry não era exatamente o que Bucky esperava quando entrou na casa. Por um lado, não havia armadilhas preparadas por Loki, se a imagem dos gritos não contasse. Para dois, a sala em que Bucky encontrou Harry (quando ele estava se esquivando de facadas de um animal maluco) era... bem... Bucky não era o tipo de cara que julgava, mas ele meio que teve a impressão de que Harry era gay.

Uma impressão causada pelo fato do punk subir no chuveiro de Bucky com ele e ficar o tempo todo se jogando em Bucky e testando seu autocontrole.

Então Harry ser gay e ficar todo viciado em um quarto decorado com mulheres de biquíni em motocicletas não fazia muito sentido.

Não que algo tivesse feito sentido desde que Bucky entrou na casa, mas ele estava especialmente confuso com a decoração.

Bucky sentiu o telefone de Stark vibrar em seu bolso em algum momento, mas como ele estava com Harry desmaiado em seu peito, era difícil alcançá-lo. Bucky estremeceu ao ver como Harry estava tão flácido quando o moveu, então sua cabeça descansou no colo de Bucky e o resto de seu corpo foi deitado na cama.

Se o peito do punk não estivesse subindo e descendo, Bucky nem saberia que ele estava vivo.

"Olá?" Bucky disse hesitante depois de pressionar o botão verde piscante de 'aceitar chamada' no telefone de Stark.

A voz de Stark estava alta, como se ele estivesse gritando no ouvido de Bucky.

"COMO ESTÁ HARRY?"

Bucky estremeceu e afastou um pouco o telefone. "Dormindo", disse ele. "Loki não está aqui, é..."

"SIM, SIM, HARRY É UM BRUXO," Stark gritou. Bucky olhou para a doce cabeça adormecida em seu colo e inclinou a cabeça com curiosidade.

Claro, isso fazia sentido. Isso explicava como ele estava aparecendo por todo o mundo como se não fosse nada e por que Loki continuava aparecendo onde Harry estava. Também explicava o animal enrugado com olhos esbugalhados e orelhas abanadas que tentou esfaquear Bucky e provavelmente a imagem gritando que o chamava de sujeira também.

Magia.

Huh.

Legal.

Harry não parecia um bruxo, mas Bucky supôs que ele também nunca tinha conhecido um antes. Talvez todos os bruxos tivessem grandes olhos verdes e pulsos tão pequenos que Bucky pensou que eles iriam quebrar ao meio com o menor puxão.

Bucky duvidava que todos eles se parecessem com Harry, não era preciso ser um gênio para saber que ele era especial.

"VOCÊ TEM QUE ACORDÁ-LO," Stark continuou, agindo como se não tivesse jogado uma grande bomba mágica na cabeça de Bucky. "ELE TEM QUE DIZER À CRIATURA PARA NOS DEIXAR ENTRAR NA CASA."

"Ele precisa contar a uma criatura que você está gripado?" Bucky repetiu lentamente, tentando fazer aquela frase fazer sentido.

"MONSTRO," Stark repetiu. Ele explicou isso para Bucky lentamente. "NÃO PODEMOS PASSAR ATÉ QUE MONSTRO ABRA A PORTA —"

"Pelo amor de Deus."

Bucky ouviu uma nova voz, uma mulher, tsk no telefone de Stark.

"Olá, querido, aqui é Molly Weasley."

"Uh... olá," Bucky disse, mais intrigado com a mulher do que com o Monstro.

"Você poderia gentilmente ligar para Monstro e dizer a ele que Harry está doente e que ele precisa curar a gripe para que o pai de Harry e eu possamos cuidar dele? Você terá que sair do quarto de Harry, o pobre Monstro está proibido de entrar.

Ghosts & Roses • Harry Potter and Bucky Barnes Fanfiction Onde histórias criam vida. Descubra agora