Minha Pequena Luz

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                    San Lorenzo, Florença
                                    Itália
                            5 meses antes
                             1 hora antes   

Minha casa estava barulhenta, as luzes estavam ligadas, pessoas desconhecidas bebiam as minhas bebidas, e a minha sogra, ficava falando mau de mim, como sempre.

- Aquela...- Eu fechei meus olhos e controlei as minhas falas, dando um gole no meu gin.
- Querida, fique calma. Você sabe como a minha mãe é. - Giovanni colocou sua mão no meu ombro, estávamos no canto da sala, vendo a "festa" que Angeline tinha feito na MINHA casa.
- Claro, eu estou calmíssima. Eu só não entendo, por que ela não poderia ter feito essa festa na casa dela.

- Geórgia, querida. Venha cá, quero te apresentar ao Francesco. - Angeline me chamou com aquele sorriso falso dela.

Eu caminhei até a sala e me sentei no sofá, do meu lado estava uma senhora, e do outro um senhor, na minha frente um homen que tinha mais ou menos a minha idade e de Giovanni.

- Prazer. - Ele apertou a minha mão.
- Oi Francesco. - Giovanni o abraçou e colocou sua mão no meu ombro.
- Essa é a minha esposa, Geórgia. - Francesco sorrio.

Ele era moreno, seus olhos eram castanhos. Ele era alto, deveria ter uns 1,83  de altura, ele tinha um ar de sério, eu já o tinha visto antes em alguma fotografia.

- Eu sou o melhor amigo de infância do Gio. - Ele sorriu.
- Nós nos conhecemos enquanto dois cachorros corriam atrás de mim, a mãe dele me ajudou a voltar pra casa. - Os dois riram.

Mas, algo tirou a minha atenção. No canto da sala, uma mulher de cabelos pretos olhava para Gio, ela era negra e tinha olhos verdes igual esmeraldas, mas, quem era ela ?

- Giulia, venha cá. - Angeline a chamou, e a mulher colocou um sorriso sínico no rosto.
-  Oi Gio. - Por que a voz dela soou tão sedutora ? Quem é ela ?
- Mãe, o que ela está fazendo aqui ? - Gio estava com um olhar sério, ele nunca era sério, sempre estava sorrindo e fazendo brincadeiras.

- Bem, eu a convidei para comemorar a sua união com a Geórgia. - Ele riu seco, será que essa mulher é alguma inimiga dele ?
- Como que a senhora acha, que trazendo a minha ex nós vamos comemorar alguma coisa ? - Ele gritou, e toda a casa ficou em silêncio.

Então quer dizer, que aquela mulher, era ex namorada do meu marido ?

- Vá embora. - Eu me levantei e caminhei até ela.
- Quem é você pra me expulsar daqui ? - Ela cruzou seus braços. Eu confesso, estou com um pouco de medo, ela é bem mais alta que eu, mas eu não vou levar desaforo pra casa.
- Eu sou a dona da casa, e esposa de um dos chefes da casa, então, eu estou mandado você ir embora. - Ela riu, daqui a pouco quem ia rir era eu, quando esfregasse a cara daquela sirigaita no asfalto da rua.
- Chefes ? Quem é o segundo ? - Ela disse com deboche.
- Ele é o segundo, eu sou a primeira, e estou mandando você ir embora! - Eu gritei.

- Oras, não seja dramática, Geórgia. A casa não é só sua, fique Giulia. - Eu me virei para aquela cobra que o meu marido chamava de mãe.
- A casa é minha e do Giovanni, e eu estou mandando ela ir embora, então não se meta. - Ela arregalou aqueles olhos de urubu e olhou para o Giovanni, como quem pedia ajuda.

- figlio¹ , não irá dizer nada ? Sua esposa está me desrespeitando e sua amiga também.

Traduçõo: figlio¹, significa filho.

- Amiga ? Ela é minha ex noiva, e a minha esposa tem carta branca para fazer o que quiser na casa dela.- Francesco deu um pequeno soquinho no ombro de Giovanni.
- Isso aí, amico². - Ele sussurrou.
- Giovanni! - A gralha gritou.

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