𝗟𝗢𝗨𝗜𝗦𝗘 𝗞𝗟𝗘𝗜𝗡 e sua família viajam todos os verões para uma casa de praia, juntamente de uma outra família amiga, os Scobell's. Mas nesse verão uma coisa havia mudado, Louise nunca esteve se sentindo tão estranha em relação a 𝗪𝗔𝗟𝗞𝗘𝗥...
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O RELÓGIO no centro da parede do meu quarto marcava dez e quarenta e duas da noite, havia jantado há pouco tempo e os adultos da casa haviam ido dormir minutos antes.
Walker estava encostado no batente da minha porta, me esperando.
Acontece que eu estava há alguns minutos tentando achar onde havia colocado os presentes que comprei para Walker, mas não os encontrei de jeito nenhum. Era de se esperar já que não havia tirado nada da mala, tinha bastante coisas e em uma grande bagunça.
Já havia vasculhado por quase toda a mala, mas com uma certa dificuldade por conta do peso das coisas. Me recusei a tirar as roupas da mala e jogá-las na cama, teria que arrumar mais tarde quando fosse dormir.
Demorando, mas por fim encontrando, avistei uma caixa de tamanho médio no fundo da mala. Acredito que na hora em que guardei, não pensei se iria amassar ou não.
Peguei-a, comemorando com um sorriso vitorioso.
O olhar do garoto loiro caiu sobre mim, então ele aproximou e sentou-se ao meu lado.
— O que tem aí? — Perguntou com curiosidade em sua voz.
— Abra e você verá. — Entreguei a caixinha na direção dele e assim que ele a pegou, abriu com cuidado.
Era um colar absurdamente lindo, em meu ponto de vista. Era composto por ouro e tinha um pingente da Anaklusmos, também de ouro. E lembre-se, quando eu digo "De ouro" é porque realmente era de ouro. Gastei toda a minha mesada naquilo.
— Louise... — Ele tirou o colar da caixa, tendo um pequeno espaço entre seus lábios. Provavelmente surpreso ou admirado.
— Walkie, por favor não me diga que você já tem um desses. Eu perambulei a cidade toda, entrei em quase todos os sites da internet para procurar alguma coisa de Percy Jackson e que fosse realmente boa. Fica meio difícil quando a pessoa em que você quer presentear é obcecada pela saga e tem TUDO dela. — Falei com uma leve preocupação em meu tom de voz, não saberia o que fazer se o garoto já tivesse um desses.
— Não, não! — Ele negou com a cabeça e por um momento, pude jurar ter visto um brilho em seu olhar no qual eu não soube distinguir se foi pelo item brilhante em suas mãos ou por admiração ou algo assim. — Esse presente é incrível, Izze!
