Prisoners of time || Marotos

Turbilhão

ALERTA (essa história tem drama, comédia e desenvolvimento na mesma intensidade)

James acordou se sentindo estranho. Sua barriga revirava de uma forma que o fazia perder a compostura. Sua cabeça estava fervendo, pulsava e sua visão estava embaçada. De fato não era um bom dia, mas tentou levantar. Um segundo depois um baque foi ouvido às sete horas da manhã na casa dos Potter. James Potter caiu da cama.

Seu corpo estava pesado demais para ele suportar. Por sorte Sirius Black estava dormindo ali perto. O amigo, que fugiu de casa e agora morava com ele, era como um irmão pra o mesmo.

Sirius acordou com o barulho e olhou ao redor, não viu James na cama e se preocupou. Levantou e por fim viu James caído no chão. O Potter respirava com dificuldade e suava muito.

- James, por Merlim! Você tá bem mano?

James respirou fundo.

- Não consigo pensar.

- Você tá muito pálido cara. Aguenta ai.

Sirius correu pra chamar Euphemia, mãe de James. A mulher estava preparando o café quando Sirius a encontrou.

- Tia, pelo amor de Merlim! James tá branco!

Euphemia se assustou com o comentário e a voz de Sirius. Ambos subiram as pressas encontrando James ainda no chão, respirando com dificuldade.

- Meu amor, o que você está sentindo? Consegue falar pra mim?

A Potter falava enquanto pegava James no colo, o colocando de volta na cama, embora agora James já fosse bastante alto e pesado pra ela carregar.

- Ele disse que não tava conseguindo pensar direito, tia. - Sirius comentou. - Por Merlim, por Merlim, por Merlimmm..

- Sirius! Vá buscar um pouco de água num pano, você está me deixando nervosa.

James não conseguia os ouvir muito bem, o garoto estava mal como nunca antes. Mas de repente uma dor intensa o atingiu na cabeça, ele sentiu a vista ficar escura.

Da escuridão surgiu um rosto. A pessoa falava realmente perto, como se estivesse a centímetros de distância. Um adolescente, pele branca, óculos redondos, tinha uma cicatriz na testa e estava sujo e um pouco choroso. "Eu não sei mais o que fazer, preciso de ajuda. Por favor, eu só - o garoto lacrimejou - quero ser feliz". James nunca se sentiu tão triste em toda sua vida.

Como se um turbilhão de dor o atingisse, aquele desconhecido que parecia ter a mesma idade de James, o fez chorar rapidamente.

Euphemia não sabia da visão que o jovem havia tido. Ela não sabia da tristeza que abalou James, mas ao ver o filho chorar ela se desesperou, sentindo a dor do filho. A mulher o abraçou, desesperadamente tentando conter sua ansiedade.

James acordou de sua visão como se tivesse saído de um pesadelo. O garoto respirou fundo e tentou pescar as informações do ambiente.

Euphemia, que estava prestes a chamar um medbruxo pôs a mão no peito e respirou fundo.

- Meu amor! Você acordou?

- Mãe, eu acho que tive uma visão.

E assim as próximas horas se resumiam em basicamente o James, sendo questionado sobre seus sintomas a um medbruxo, por seu pai, sua mãe e Sirius. Todos pareciam mais mal do que James naquele ponto.

Foi estranho, num instante James sentia uma dor inacreditável, e no outro se sentia mais vivo que nunca. O Potter teve uma sensação de que isso era apenas o começo de algo muito importante, mas naquele momento não era isso que mais o perturbava.