Presságios

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Harry Potter não teve um dos melhores dias. Certamente algo comum, dado em vista que havia usado o feitiço do patrono para defender a seu primo e a ele mesmo de um dos dementadores comandados por Voldemort e por causa disso foi acusado de uso indevido da magia e expulso de Hogwarts pelo ministério. Claro que ele era menor de idade e como todos os alunos não podia usar magia fora de Hogwarts. Mas havia feito aquilo para salvar vidas e honestamente se decepcionou mais uma vez com os adultos.

Dudley, claro, não poderia facilitar as coisas pra Harry com aquela cara de traumatizado. O Potter entendia, sua primeira vez vendo um dementador também não foi divertido. Mas aí veio as acusações chatas de Petúnia e Válter, até que levaram Dudley ao hospital.

Harry estava desolado, de fato não estava sendo um bom dia. Quando entrou no seu quadro até mesmo derrubou o retrato de seus pais. Enquanto colocava o quadro no lugar se perguntou como seria diferente com eles ali. Mais uma vez sentindo falta do que não se lembrava de ter. 

Um barulho foi ouvido. Alguém ou muitos alguém haviam entrado na casa dos Dursley. Harry se assustou, pegando sua varinha, mas por sorte quem de repente abriu sua porta era o professor Alastor Moody e alguns outros que Harry jurava já ter visto antes.

- Professor Moody? O que vieram fazer aqui? - Harry perguntou confuso.

- Resgatar você, é claro. - Respondeu o olho tonto.

- Mas a carta dizia que fui expulso de Hogwarts!

- Ainda não.

Claro que os problemas que Harry causava não seriam tão simples. Mais uma vez tudo precisou ser esclarecido. Dumbledore pediu um julgamento formal para Harry, na intenção que dessa forma poderia não ser expulso. Tonks por fim avisou o garoto que tudo seria mais tarde esclarecido quando chegassem no objetivo.

Todos voaram, eram bruxos realmente talentosos. Quando chegaram em um apartamento trouxa, em Grimmauld Place, Moody bateu seu cajado três vezes no chão e do meio dos apartamentos surgiu uma casa um tanto quanto obscura. O Potter foi separado dos adultos quando entrou nervoso na casa e o pediram que subisse as escadas. Viu o elfo doméstico que aparentemente se chamava Monstro limpando e um quadro falante que estava coberto reclamando.

Sua aflição diminuiu um pouco quando abriu uma porta e Hermione veio imediatamente o abraçar. Seus amigos estavam ali e estavam o defendendo. Hermione argumentou que era injustiça.

- É, tem havido muita injustiça. - Harry respondeu a amiga. - Mas que lugar é este?

- Aqui é a sede - Ron começou.

- Da ordem da Fênix. - Complementou Hermione. - Uma sociedade secreta. Dumbledore a fundou quando lutaram contra você-sabe-quem.

Harry ficou muito chateado. Além do fato de terem escondido a existência da sociedade os amigos não haviam sequer o contactado durante as férias. Argumentaram que Dumbledore os pediu para não o fazer, o que deixou Harry com ainda mais raiva. Mas então os gêmeos aparataram, aparecendo de repente ao seu lado. Fazendo uma proposta irresistível "Querem ouvir algo interessante?", e assim todos os adolescentes curiosos se juntaram na escada. Os gêmeos conseguiram de alguma forma um aparato de orelhas, como um walk-talk e usaram o mesmo para xeretar a conversa dos adultos.

Sirius argumentava que só sabiam da volta de Voldemort graças a Harry. Dizia que ele não era mais criança e merecia saber. Moly o respondia dizendo que também não era adulto.

- E ele não é seu filho. - Sirius se irritou.

- É como se fosse. Quem mais ele tem? - Moly retrucou.

- A mim! - Sirius odiava ser tratado como se fosse invisível.

- Quanto paternalismo, Black. Talvez o Potter vire um criminoso que nem o padrinho. - Snape se intrometeu. 

- Ora, fique fora disso, ranhoso. - O Black retrucou. Snape odiava aquele apelido desde jovem, e odiava ainda mais ter que escuta-lo saindo da boca do Sirius. Eles realmente não se davam bem.

Harry se surpreendeu por Snape fazer parte da ordem. Mas então Bichento, gato da Hermione, pegou a orelha de brinquedo e acabou com a diversão.

- Hermione, eu odeio o seu gato. - Ron disse chateado.

- Bichento feio! - Hermione falou ao gato, muitíssimo chateada pela situação.

Por fim todos desceram quando a porta da cozinha se abriu. Os gêmeos abusavam da magia como sempre, agora que eram de maiores e portanto podiam usar. Era Moly quem não suportava mais ter os filhos a dando sustos a todo momento. Quando Gina entrou, em seguida dos irmãos, Harry pode sorrir.

- Harry Potter! - Sirius Black, padrinho de Harry, estava ali.

- SIRIUS! - Harry o abraçou verdadeiramente feliz.

Fazia um tempo que não via o padrinho já que o mesmo era um procurado e portanto precisava se esconder. Atrás do Black, Remus Lupin sorria em silêncio, mesmo com toda a loucura era uma cena bastante aconchegante de se ver.

Quando todos se sentaram a mesa veio o questionamento. Porque o ministro queria tanto sujar a imagem de Harry? Foi dada por Remus, quando disse que o ministro estava sujando a imagem de qualquer um que falasse sobre a volta de Voldemort, provavelmente acreditando que Dumbledore queria seu posto no ministério.

Harry argumentou que esse tipo de pensamento não era de pessoas com o juízo são, o que Remus retrucou. De fato o juízo do ministro não estava são. Fora influenciado pelo medo e agora provavelmente faria tudo para não admitir a terrível verdade.

- O medo obriga as pessoas a coisas terríveis, Harry. Da última vez que Voldemort tomou o poder ele quase destruiu tudo o que mais prezamos. - Remus olhou para Sirius por um instante, certamente não se lembrando de boas memórias.

- Achamos que Voldemort quer reunir o exército outra vez. - Sirius falou. - Assim como à 14 anos, usando todas as raças e bruxos excluídos pela sociedade mágica. Mas provavelmente não é a única coisa que ele está procurando.

- Sirius.. - Moody o adverdiu.

- Achamos que ele está atrás de algo que não conseguiu anos atrás. - Sirius prosseguiu.

- Não, já chega! - Moly se intrometeu. - Ele é só um menino. Dizer mais é o mesmo que o induzir a entrar na ordem!

- Ótimo, eu quero entrar. - Harry respondeu.

Sirius estava orgulhoso.

Mas ainda tinha muito com o que lidar. Após pesadelos durante a noite, o dia seguinte veio e com ele o julgamento de Harry. Cornélio Fudge era tão ridículo quanto podia ser, mentindo a hora para Dumbledore, não deixando o réu se defender. Mas por sorte Harry conseguiu reinvindicar seus estudos, inocentado das acusações. Que tudo graças a Dumbledore e seu belo uso dos argumentos.

Finalmente era hora de voltar a Hogwarts para seu quinto ano no lugar. Harry contudo, após as conturbadas últimas semanas não estava muito animado. Depois da seleção das casas no jantar de boas vindas Dumbledore anunciou as mudanças no corpo docente daquele ano. Hagrid estava de licença, e Dolores Umbridge, uma mulher vestida em completo rosa, que Harry lembrava claramente de falar contra ele no tribunal seria a professora de Defesa contra artes das trevas. Quando foi anunciada fez uma incrivelmente irritante e perturbadora risadinha de gazela. Harry já a odiava.

A mulher então se levantou de sua cadeira e deu um depoimento de certa forma belo, ensaiado e ridículo, pelo menos aos ouvidos dos gêmeos Weasley. Mas todos aplaudiram, o ministério estava intervindo em Hogwarts, mas não havia muito a se fazer. E ela não podia fazer tanto mal, podia?

Quando todos se prepararam para ir aos seus dormitórios Hermione tomou um caminho diferente. Ela ia ao banheiro antes de chegar a sala comunal, mas esbarrou com alguns alunos.

Alunos estranhos. Alunos que ela percebeu, não deveriam estar ali, não naquele tempo. Ela tinha descoberto quatro alunos inesperados. Sirius Black e Remus Lupin, muito mais novos e bonitos que suas versões adultas que havia encontrado alguns dias antes. James Potter jovem, alguém que deveria estar a muito tempo morto. E por fim, Regulus Black, o irmão sonserino de Sirius, que assim como toda a família Black, também deveria estar morto.

- Dumbledore com certeza vai ficar surpreso.




Prisoners of time || MarotosOnde histórias criam vida. Descubra agora