02.

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🗣️ Yuri

Acordei, mas dessa vez não era com meu pai me chamando, era com a Beatriz surtando logo cedo, cada dia tá mais complicado de manter um relacionamento com ela, sério.

— Bom dia pra você também - disse coçando os olhos, e vendo ela com meu celular na mão.

— Bom dia? Bom dia pra quem? O QUE SIGNIFICA ISSO AQUI? - disse quase esfregando celular na minha cara.

paciência.

— Se você parar de mexer o celular eu poderia ver - disse sorrindo sínico, no celular tinha uma mensagem da Thainara,
"Bom dia Yu, tudo bem?! Vou deixar a Ysis com a sua mãe, vou precisar viajar, irei ficar duas semanas fora, beijinhos 😘"
Tá, e o que tem de mais, a Ysis é a minha filha- respondi levantando da cama.

— tá vendo? Você ter que ter prioridades Yuri, e umas delas sou eu! - disse aumentando o tom de voz.

— Eu tenho minhas prioridades, e a Ysis é a maior delas - disse descendo as escadas, com ela resmungando atrás de mim.

— Yuri, você não pode deixar ela controlar sua vida, a sua mãe tá aí ela cuida, você precisa me priorizar primeiro, depois ela. - disse batendo os braços, e por sorte, ou azar, tava minha família todinha tomando café, e pararam pra olhar gente.

— Tu ficou maluca foi? Eu sempre vou escolher a Ysis, sempre vai ser ela em primeiro lugar, S E M P R E - soletrei pra ver se entendia, eu não aguentava mais, não mesmo.

— Tudo bem Yuri, tudo bem, eu vou embora, não me procure mais. - disse dando as costas.

— Ótimo, estamos combinados - disse sentando na mesa pra tomar café, recebendo os olhares da minha mãe.

— Eu ia perguntar o que aconteceu, mas acho que já entendi, ciúmes da Zizi? - minha mãe disse-

— Sempre, e eu não tava aguento mais, todo dia era um surto diferente, aí agora ela vem com essa de ser priorizada primeiro que minha filha. - disse tomando um gole do suco.

— a fofoca tá ótima, mas eu preciso ir entregar a chave da nossa nova vizinha - minha irmã disse.

Tainá é dona de uma corretora de imóveis, ela tinha feito uma venda aqui no nosso condomínio, uma casa quase ao lado na nossa.

Ela se levantou e foi a minha deixa pra subir e me arrumar que hoje é dia de fotos no CT.

Entrei no carro com meu pai, que já começou com o interrogatório.

— Mas vocês terminaram? - ele perguntou

— Eu acho que sim - respondi

— Acha? Tem que ter certeza por que ela é meio doida né? - disse segurando o riso.

— É, ela é meio doida mesmo - disse rindo.

— O Gustavo voltou né? Saudade daquele muleque - meu pai disse.

— Eu vi, ele vai estar lá hoje - disse me referindo ao CT.

Quando ele foi falar algo, meu telefone tocou, e era a dita cuja.

Yuri, você não vai tentar voltar comigo mesmo? - disse do outro lado da linha

Beatriz, acabou, não tem volta, vai ser feliz, e me deixa ser feliz também - disse.

Aí ela começou a ladainha de sempre, me irritando de uma forma impressionante, só desliguei o telefone quando chegamos ao CT.

Minha pessoa - Yuri Alberto Onde histórias criam vida. Descubra agora