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Point of View - Carolina Voltan

Era um domingo de manhã, estou totalmente enrolada na coberta, com preguiça de levantar. Espreguiço meus braços, olhando para o espelho em minha frente como se ele fosse alguma coisa interessante, e não é. Olho para o lado e estava ali, o cara mais lindo que eu já tinha visto... O meu namorado. Porém, essa beleza só era por fora, pois por dentro ele era possesivo pra caralho. (Desculpem o palavrão).

Faz mais de dois anos que namoramos e ele nunca me apresentou para a sua família, o por que disso eu não sei e nem quero saber. Pra mim tanto faz como tanto fez, antes eu me preocupava, mas agora não ligo mais.

Ao meio de pensamentos, sinto uma mão acariciando minha perna, olho para o lado novamente e vejo aqueles olhos me encarando com um sorriso.

- Bom dia, meu amor. - Disse ele, com uma voz rouca.

- Bom dia. - Sorrio levemente, sem mostrar os dentes.

Ele pega o celular, olhando e levantando rapidamente. De novo.

- Meu amor, eu preciso ir. Estou atrasado para o trabalho.. - Ele começa a pegar suas peças de roupa pelo chão.

- Tudo bem. - Dou de ombros.

- Passo aqui pra te pegar pro almoço, certo? - Ele sorri.

- Que almoço?.. - Encaro ele.

- Com a minha família, acho que tá na hora de te apresentar pra eles. - Ele dá de ombros.

Pisco algumas vezes.

- Enfim, se arruma que depois passo aqui. - Ele beija minha testa. - Se cuida.

Victor termina de se arrumar e sai, me deixando sozinha naquela casa.

Sinceramente, eu não esperava que fosse conhecer a família dele hoje, aliás, não esperava nunca né. 

Levantei, fazendo minhas higienes matinais, sai do banho enrolada na toalha, sentei na cama e fiquei encarando minhas roupas no guarda roupa. Minutos depois, finalmente consegui escolher alguma, coloquei um vestido preto, um salto preto e fiz uma maquiagem básica. Arrumei meu cabelo, parei na frente do espelho e me olhei. É, eu estava gostosa.

Tempo depois, a campainha tocou, peguei minha bolsa e abri a porta.

- Vamos? - Victor me olha de cima a baixo e sorri. - Está bonita, amor.

No caminho ele me falou um pouco sobre sua família, falou sobre seus pais e sua única irmã. Fiquei aliviada, mas ainda estava um pouco ansiosa e com medo da reação deles ao conhecerem eu, a namorada de 2 anos do Victor e que nunca deu as caras (por culpa dele).

Quando chegamos, desci do carro e ele segurou minha mão, analisei a casa por fora, era mais bonita do que eu esperava. Nos aproximamos da porta e ele abriu lentamente. Primeiramente eu vi uma sala, passei os olhos analisando cada canto de lá e meus olhos pararam numa moça... Uma moça linda.

Ela é diferente de Victor, mas um diferente bom, na verdade, ótimo. Ela é mais bonita que Victor, isso eu posso confirmar. 

Assim que os meus olhos pararam nela, imediatamente ela me encarou com aqueles olhos castanhos, sorrindo. Ela levantou vindo em nossa direção, abraçando Victor e parando na minha frente, revezando o olhar entre eu e Victor.

- Essa é minha irmã, Bárbara. - Victor diz.

Ela apertou a minha mão, a levando até o seu rosto e dando um pequeno beijo, o que me fez sorrir.

- Prazer em te conhecer, princesa. - Ela sorri soltando minha mão.

- O prazer é todo meu. - Sorrio também.

Bom... Ela tem olhos castanhos, que chamam muita atenção e eu me perderia facilmente neles. Bárbara é um pouco mais alta que eu, uns três ou cinco centímetros. E não posso me esquecer do sorriso encantador.

Victor perguntou onde estava os seus pais e ela respondeu que estavam na cozinha, fomos até lá, e se encontravam uma mulher e um homem. Vi Victor ficar nervoso e segurei o riso, Bárbara estava atrás de mim.

- Mãe, pai... Essa é a Carol, minha namorada. - A mulher veio em minha direção, me abraçando, me deixando um pouco sem ar.

- É um prazer te conhecer, querida. - Ela sorri me soltando.

- Engraçado, Victor não costuma trazer nenhuma aqui em casa. - O homem aperta a minha mão.

Victor coça a nuca me olhando, o clima estava até que agradável na casa. 

Tempo depois, Vic e seu pai saíram para fazer alguma coisa, então na casa ficou apenas eu, Bárbara e sua mãe. As duas eram engraçadas, e enquanto ajudava elas a preparar o almoço, as vezes sentia o olhar de Bárbara em mim.

Estava ralando a cenoura, e quando fui pegar mais uma no pote, a Bárbara fez o mesmo, fazendo com que nossas mãos se encontrassem, assim como nossos olhares. Encarei os olhos dela, quase que me hipnotizando, retirei a mão lentamente deixando que ela pegasse a cenoura, ficamos sem jeito.

Terminamos o almoço e fomos para a sala enquanto sua mãe terminava de limpar a cozinha, sentamos no sofá, ficando uma de frente para a outra.

- Então... A quanto tempo você e Victor namoram? - Ela me olha.

- Um pouco mais de dois anos.. - Digo.

- Você é o relacionamento mais duradouro dele, ele não durava mais que duas semanas com alguma garota. - Ela ri.

Conversamos um pouco sobre tudo que é assunto, descobri que ela trabalha com home office, assim como eu. Tempo depois, Victor chegou com o seu pai, então fomos almoçar, conversamos e rimos muito durante o almoço e percebi o quanto aquela família é incrível.

Eu e a mãe de Victor lavamos a louça e depois voltamos para a sala, Victor me chamou para conhecer o quarto, e eu já sabia as intenções dele. Subimos até o quarto, ele me fez entrar primeiro e enquanto eu analisava o quarto ouvi a porta atrás de mim sendo fechada, e dois braços se envolvendo na minha cintura.

- Vamos aproveitar um pouco?.. - Ele não poderia estar falando sério né?..

Mas ele estava. Minutos depois ele estava deitado do meu lado ofegante e eu estava me sentindo um lixo, principalmente por ele ser tão inútil ao ponto de ter gozado e me deixado.

Vesti minha roupa, saindo do quarto, fui para a sala novamente, sentando do lado de Bárbara, como se nada tivesse acontecido.

- Tá tudo bem? Sua cara não tá nada boa. - Ela disse baixo.

- Estou bem sim. - Digo passando a mão no cabelo.

- Quer um copo de água? - Ela pergunta e eu assinto. - Vem comigo.

Ela levanta, estendendo a mão que de imediato eu segurei. Fomos até a cozinha onde ela me arrumou um copo de água.

- Não sei o que aconteceu, mas se você precisar conversar, pode falar comigo. - Ela sorri levemente.

- Obrigada, mas eu tô bem, só acho que eu preciso ir embora. - Deixo o copo em cima da bancada.

Me virei pra sair, mas senti ela segurar minha mão, me voltei olhando nossas mãos juntas novamente.

- Me passa o seu número? - Eu a olho. - É que quando você precisar conversar você vai ter uma... amiga pra isso. - Deu de ombros e eu sorri.

Coloquei meu número no celular dela e ela no meu. Quando voltamos pra sala, falei pra Victor que eu iria ir embora e ele falou que ia comigo. Me despedi dos pais dele e fui me despedir de Bárbara, dando um abraço um pouco mais demorado do que o normal.

Chegando, tomei banho, depois Victor tomou e eu acabei pegando no sono, nem reparando que hora ele dormiu também.


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⏰ Última atualização: Jan 21 ⏰

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A irmã do meu namorado - Babitan G!POnde histórias criam vida. Descubra agora