𝐑𝐔𝐌𝐎𝐔𝐑 𝐇𝐀𝐒 𝐈𝐓⁴ | 𝘽𝙍𝙀𝘼𝙆𝙄𝙉𝙂 𝘿𝘼𝙒𝙉

CHAPTER SEVEN

QUASE UM DIA HAVIA SE PASSADO. Todos da casa estavam devidamente alimentados e fortes. Eu me sentia extremamente bem, meus dons haviam voltado e estava mais forte do que nunca. Ao chegarmos da caça, todas as mulheres foram arrumar Bella para quando ela acordasse. Limpamos as mordidas, arrumamos seus cabelos e colocamos um vestido azul, que Alice escolheu. Quando acabamos, fui em busca de Seth e conseguimos, pela primeira vez em um mês, passar um tempo sozinhos sem preocupações.

Já de noite, eu e ele adentramos a casa. Podia escutar Paul e Emmett conversando na cozinha enquanto meu irmão comia, e dei de cara com Edward segurando Renesmee. Fazia um dia que a garota havia nascido, mas ela parecia ter semanas. Notei o jeito que a bebê colocava a mão na bochecha de Edward e como ele sorriu logo olhando para mim.

"Ela quer você", ele avisou estendendo a bebê em minha direção.

Hesitei por um momento olhando para Seth, que sorriu me apoiando. Peguei a garota delicadamente, que se aconchegou em meus braços sorrindo. Ela foi rápida em estender sua pequena mão e colocá-la em minha bochecha. Senti o leve choque percorrer meu corpo até minha mente e logo depois fui preenchida por imagens que não eram minhas. Podia ver eu em choque no parto de Bella, tensa ao descer para lutar com os lobos, e como eu estava radiante ao entrar na casa, o que aconteceu há minutos atrás. Arfei surpresa quando as imagens pararam e escutei a gargalhada da bebê em meus braços.

"Ela tem um dom", Edward explicou orgulhoso. "Ela mostra pensamentos através do toque, é assim que ela se comunica."

"É incrível", sussurrei admirada.

"Ela estava ansiosa para te ver, não deixava de nos mostrar seu rosto um minuto sequer", Rosalie falou sorrindo.

Olhei para Seth feliz, sorrindo de orelha a orelha.

"Vamos", o chamei.

Saímos de casa e, com um pulo, eu alcancei o telhado da casa. Seth me seguiu, sentamos lado a lado, observando a criança que gargalhava como se essa fosse a coisa mais engraçada que tivesse acontecido. Seth se aproximou de Renesmee com o rosto que logo foi tocado pela pequenina mão.

"Isso é definitivamente incrível", o clearwater suspirou fascinado e logo me encarou olhando nos meus olhos.

"Ela é perfeita", falei e percebi que a mesma começava a fechar os olhos lentamente, sendo tomada pelo sono.

Pude perceber como ela era a mistura perfeita de Bella e Edward, um milagre. Minha expressão feliz logo se tornou melancólica. Não pude deixar de sentir inveja da Swan, que tinha como único propósito a imortalidade, mas acabou formando uma família, algo que eu nunca poderia fazer. Nunca poderia dar filhos a Seth.

"Você está bem, anjo?" O garoto perguntou preocupado, segurando meu rosto.

"Olhe para mim, Seth." Fiz um gesto de desprezo para meu próprio corpo, exasperada. "Comigo não terá anos passando, não haverá filhos, nem netos. Quando reunirem todos em La Push para a macarronada de domingo, os garotos estarão brigando com os pirralhos correndo em volta da mesa e você e eu estaremos lá, exatamente com a mesma cara, sempre. Veremos sua mãe ficar de cabelos brancos, depois a Leah, paul, Angela... E nós continuaremos congelados no tempo, sem jamais progredir, sem jamais multiplicar. Comigo vai ser sempre um agora."

Engoli o seco voltando meu olhar para a pequena renesmee.

"Eu nunca vou poder te dar isso", mordi os lábios. "Você está condenado a viver pra sempre, mas nunca vai ter uma família. Eu condenei você."

Seth sorriu como se eu estivesse falado a maior bobagem do mundo.

"Você não me condenou a nada, anjo. Você trouxe luz à minha vida", ele começou. "Eu não ligo se não pudermos ter uma família, contanto que você esteja ao meu lado. Só isso importa."

Ele segurou minha mão e encostou nossos lábios em um breve beijo, descansando sua testa na minha logo em seguida.

"Eu te amo", sussurrei de olhos fechados, aproveitando o momento.

"Eu também te amo, anjo."

Naquela noite, sentados no telhado, contemplando a felicidade daquela criança especial, percebi que meu amor por ele só crescia a cada dia. E, com um sorriso nos lábios, respirei fundo, pronta para viver cada momento ao lado do garoto que transformou minha vida.

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Renesme tinha um carinho imenso por mim e Seth; éramos os tios favoritos dela, o que fazia Rosalie revirar os olhos. Porém, ela sempre perguntava pela mãe, nos mostrando imagens de Bella, então tínhamos que explicar a ela que em breve sua mãe acordaria. Bells não se movia em momento algum, mesmo sentindo dor, provavelmente pela morfina que incapacitava os movimentos, mas seu coração batia lentamente e sua aparência parecia melhorar aos poucos.

Edward quase não saía do seu lado, preocupado que algo tivesse dado errado, mas todas as vezes eu o tranquilizava, junto com os outros. No final do dia, o cullen saía do local e me deixava sozinha com a Swan. Mesmo que todos da casa pudessem escutar, eu apenas falava como Renesme era uma criança incrível e tão parecida com ela, era como vê-la menor. Também falava o quanto sentia falta da mesma. Algumas vezes derramava lágrimas lembrando de tudo que havíamos passado.

Leah, Seth, Paul ainda não tinham voltado para casa, apenas esperando Bella acordar para que tudo finalmente acabasse. Quase três dias haviam se passado; ela podia acordar a qualquer momento. Todos, menos Edward, estavam reunidos na sala principal de casa, escutando os batimentos lentos de Bells se tornarem mais acelerados.

Renesme estava no meu colo, brincando com o colar prata que era de minha mãe. Enquanto todos na sala se mantinham em silêncio, esperando ansiosamente pelo final da mudança de bella. Os batimentos cardíacos dela continuavam a se acelerar, eram tão fortes que ecoavam pela casa. Depois de alguns minutos, uma única batida estrondosa foi ouvida e, em seguida, o silêncio absoluto. Ali, eu sabia que finalmente a Swan abria seus olhos, trazendo alívio para todos nós.