No nascimento de Clarisse e Mavie, Afrodite, a deusa do amor, decide entrelaçar seus destinos com um fio invisível, uma conexão única que reflete o amor impossível que ela mesma não pôde viver com Ares. Clarisse, filha tempestuosa de Ares, e Mavie...
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Long Island, New York. February 01, 2001; 09h16 AM. —
Narrator's Point of View
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DEZ ANOS JÁ HAVIAM SE PASSADO APÓS MAVIE SER ENTREGUE A SEU PAI, A GAROTA DE CABELOS RUIVOS parecia cada vez mais parecida com a sua mãe. David começava a se questionar se a garota havia puxado algo dele além dos grandes olhos cristalinos. A garota tinha a mesma personalidade inabalável que a deusa do amor, e principalmente, o mesmo olhar intimidante.
O homem negou com a cabeça rindo enquanto a garota de cabelos ruivos bufava baixinho, haviam quatro malas em cima da cama da semideusa. Mavie parecia empenhada em levar noventa por cento de seu guarda-roupa para o acampamento Meio-Sangue. Aos dez anos de Mavie, a ruiva já sabia sobre sua mãe ser a deusa do amor, pois aquela pulseira tinha as iniciais das duas gravadas.
David caminhou em direção a sua filha a passos calmos, o homem de cabelos loiros limpou a garganta chamando a atenção da ruiva.
— Ei, querida. Não acha que está levando muitas malas para apenas quatro meses? — Indagou, escutando ela zombar baixinho.
— Pai, eu realmente acho que estou levando pouca coisa. — Disse, fechando o zíper da bolsa vermelha.
— Céus, você é literalmente uma copia perfeita da sua mãe. — Comentou, pegando as duas malas vermelhas.
— Uma pena que ela resolveu não ser presente nos últimos três anos. — Murmurou, puxando a mala em direção à SUV.
David, a conduziu cuidadosamente através da névoa que separava o mundo dos deuses do reino dos mortais. O acampamento Meio-Sangue, oculto nas sombras da floresta, revelou-se diante dela, um refúgio para aqueles que carregavam o sangue divino.
— Querida, eu só posso chegar até aqui. — David proferiu, parando perto da barreira que protegia o acampamento. — Quero que me prometa que não irá fazer nada que coloque sua vida em perigo, ok?
— Você sabe que eu nunca faria isso, pai. — Falou, escutando a risada do homem. — Mas eu vou tentar não entrar em encrenca.
— Certo, até agosto. — Sussurrou, beijando a testa da garota.
Ao entrar no acampamento, Mavie sentiu uma energia pulsante no ar, como se as árvores sussurrassem segredos antigos. Ela foi acolhida pelos instrutores semideuses e recebeu a notícia de que não estava sozinha. Em questão de segundos, uma áurea de flores silvestres e afrodisíacas pairavam sobre a ruiva, ela havia sido reclamada em minutos.
— Mavie, é bom finalmente dar um rosto a um nome. — Uma voz grossa proferiu, fazendo Mavie virar na direção da voz.
