No nascimento de Clarisse e Mavie, Afrodite, a deusa do amor, decide entrelaçar seus destinos com um fio invisível, uma conexão única que reflete o amor impossível que ela mesma não pôde viver com Ares. Clarisse, filha tempestuosa de Ares, e Mavie...
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West Village, New York. February 01, 1991; 07h15 AM. —
Narrator's Point of View
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ERA POR VOLTA DAS SETE E QUINZE DA MANHÃ QUANDO A DEUSA DO AMOR DEU A LUZ A UMA GAROTINHA DE CACHOS RUIVOS E OLHOS AZULADOS, sua pele brilhava profusamente sob a luz amarelada enquanto a deusa sorria maravilhada com a semelhança da pequena criança e ela.
Como um maneira de sempre se manter perto de sua filha, Afrodite colocou uma pequena pulseira de ouro com detalhes em prata no braço esquerdo da pequena Mavie. A deusa colocou um beijo suave na testa de sua filha antes de descer a terra com sua aparência humana, David White encarava a deusa com surpresa antes de ver o bebê com cachos ruivos nos braços da deusa.
O homem arregalou os olhos antes de saber exatamente do que aquilo se tratava, o bebê nos braços da mulher era nada mais do que sua filha do seu pequeno caso com a deusa do amor.
— Eu cuidarei dela, ok? — Assegurou, vendo a garotinha segurando seu dedo indicador.
— Quando ela completar dez anos, leve ela até o acampamento meio sangue. — Pediu, beijando a testa da garotinha uma última vez.
Naquele momento, Afrodite havia traçado todo o percurso da vida de sua filha. Trazendo uma outra metade que a entenderia e protegeria, e que principalmente, poderia viver o amor que ela não pode viver com Ares.
Afrodite suspirou, buscando acalmar sua mente tempestuosa enquanto se lembrava do pequeno mito sobre as almas gêmeas criado por Platão, onde no início dos tempos os homens eram seres completos, de duas cabeças, quatro pernas, quatro braços, o que permitia a eles um movimento circular muito rápido para se deslocarem. Porém, considerando-se seres tão bem desenvolvidos, os homens resolveram subir aos céus e lutar contra os deuses, destronando-os e ocupando seus lugares. Todavia, os deuses venceram a batalha e Zeus resolveu castigar os homens por sua rebeldia. Tomou na mão uma espada e cindiu todos os homens, dividindo-os ao meio. Zeus ainda pediu ao deus Apolo que cicatrizasse o ferimento (o umbigo) e virasse a face dos homens para o lado da fenda para que observassem o poder de Zeus.
Dessa forma, os homens caíram na terra novamente e, desesperados, cada um saiu à procura da sua outra metade, sem a qual não viveriam. Tendo assumido a forma que nós temos hoje, os homens procuram sua outra metade, pois a saudade nada mais é do que o sentimento de que algo nos falta, algo que era nosso antes. Por isso, os homens vivem em sociedade, pois desenvolvem o trabalho para buscar, nessa relação amorosa, manter a sua sobrevivência.
Era de certa forma, um mito interessante que se assemelhava a muitas histórias amorosas no qual a deusa presenciou. Afrodite faria de tudo para sua garotinha viver um amor verdadeiro que nada e ninguém pudesse fazer algo contra, e a filha recém nascida de Ares era a cara-metade perfeita para sua pequena tempestade de cachos ruivos.
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O trecho do mito das almas gêmeas foi retirado do brasileescolauol e da BBC 🤝
