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EURO-BOY

Capítulo 1

Claro! Aqui está o texto revisado em um formato pronto para ser copiado:

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Definitivamente, ninguém me avisou que estudar em uma universidade grande, cheia de gente mesquinha e filhinhos de papai — ou, mais comumente, herdeiros de alguma fortuna irrelevante — seria tão insuportável. Mas nada supera o "Euro Boy", ou melhor, Kim Taehyung. Também conhecido como o príncipe da Yeshiva e, para os íntimos, apenas Tae.

No início, tudo parecia tranquilo. Eu só o via de longe, geralmente no refeitório, rindo com seu grupinho. Para ele, eu não passava de mais um aluno qualquer, e vice-versa. Até o dia daquela maldita viagem.

Foi em uma quinta-feira que embarcamos para a excursão — uma espécie de viagem de férias de verão. Eu não teria ido se Yoongi e Jungkook não tivessem me ameaçado de morte caso eu recusasse. Pensando bem, quem rejeitaria três dias com comida e conforto de graça? Juntei o útil ao agradável e fui. Admito que a viagem foi ótima, mas como dizem: toda ação tem suas consequências.

Tudo começou quando vazou um vídeo meu e do Taehyung aos beijos atrás de um restaurante, em um beco. Até aí, nada demais. Mas o problema foi o que aconteceu depois. No vídeo, ele me provoca e, bom... acabamos transando ali mesmo. Por mais que eu odeie admitir, Taehyung beija absurdamente bem e faz sexo como ninguém. Só que nem tudo são flores.

Quando o vídeo chegou às mãos dele, Taehyung simplesmente surtou. Me xingou de tudo quanto é nome, e isso nem seria grande coisa se não fosse o fato de que ninguém tinha coragem de enfrentá-lo — pelo menos, não diretamente. Ele só parou de gritar porque um professor nos separou, percebendo que minha paciência estava prestes a explodir.

Desde então, não paramos de trocar farpas. Por ironia do destino, nossos caminhos sempre se cruzam na universidade, e as brigas são inevitáveis.

– Perdeu alguma coisa aqui, Taehyung? – perguntei, encarando-o. Ele parecia raivoso, por algum motivo que eu realmente não me importava em descobrir.

– Não. Só pra você saber que você não é dono de nada. Eu posso estar onde bem quiser. E, ah... – ele lançou aquele sorrisinho diabólico que me tira do sério – talvez seja bom dar uma olhada nos seus "desenhos". Se esse for o seu plano de carreira, pense duas vezes antes de se arriscar. Aposto que, no máximo, alguém pagaria um won por eles. – Ele riu, me ignorou completamente e voltou para sua rodinha de amigos.

Com raiva, fui direto para a sala de aula. Assim que entrei, vi meus desenhos espalhados pelo chão, junto com meus lápis e cadernos. Algumas folhas estavam rasgadas, minha mochila revirada, e havia um post-it colado na mesa com uma mensagem escrita à caneta. Peguei o papel, amassei, enfiei no bolso e comecei a recolher tudo, enquanto sentia os olhares curiosos dos poucos alunos na sala.

Depois de organizar minhas coisas, saí de lá praticamente marchando pelos corredores. Assim que avistei Taehyung, não pensei duas vezes. Apertei o passo, puxei-o pelo braço e joguei-o contra os armários. O impacto fez um estrondo, e ele soltou um gemido de dor. Sem pensar, enfiei o papel que estava no meu bolso dentro da boca dele enquanto ele se debatia e gritava.

Teria continuado se não fosse o tapa que recebi, forte o suficiente para fazer minha visão escurecer por um segundo. Antes que eu pudesse reagir, ele me empurrou no chão e começou a me socar. O som dos gritos dos alunos ecoava no corredor.

Consegui inverter as posições e passei a socar aquele rostinho angelical até vê-lo sangrar. Só parei quando senti várias mãos me arrastando para longe. Ambos estávamos tão fora de nós que só percebemos o estrago na enfermaria.

Enquanto a enfermeira cuidava dos nossos machucados, Taehyung lançou um olhar mortal na minha direção. Eu sorri, e ele, sem fazer barulho, me mostrou o dedo do meio, murmurando algo que parecia ser um “vai se foder”.

– Kim Taehyung e Jung Hoseok, na minha sala. Agora! – A voz do diretor ecoou pela enfermaria.

Sem pressa, Taehyung saiu primeiro, e eu o segui. Na sala do diretor, ouvimos o mesmo sermão de sempre. Desta vez, mais direcionado a mim. Após longas ameaças, fomos dispensados. Voltamos à nossa rotina usual de ignorar um ao outro até a próxima briga.

Quando finalmente o dia terminou, encostei-me na parede do lado de fora da universidade e acendi um cigarro, esperando Yoongi e Jungkook saírem. Depois de um tempo, vi os dois se aproximando,apaguei a bituca a jogando no chão e pisando enquanto esperava os demais. Jungkook tinha Jimin nos braços, e eles pareciam mais grudados do que nunca.

– E aí, como foi a briga? – perguntou Yoongi, enquanto caminhávamos em direção à estação de metrô.

– O mesmo de sempre. Acho que já consigo decorar os sermões daquele homem – respondi, rindo.

– Ainda acho que isso vai dar namoro – Jungkook comentou, e Yoongi concordou.

– Namorar com Taehyung? Prefiro que caia um raio na minha cabeça – retruquei, arrancando risadas deles.

Quando finalmente chegamos ao apartamento, cada um foi para o seu quarto. Me joguei no sofá por um tempo, mas logo decidi tomar um banho. A água quente queimou os machucados, mas não me importei. Depois, vesti qualquer coisa e deitei na cama, ainda com o cabelo úmido.

Enquanto pensava no dia, a imagem de Taehyung veio à mente. Aquela carinha angelical, o cabelo preto bagunçado, os cropped curto, a jaqueta jeans branca e aquela saia azul-marinho. Suspirei, irritado com meus próprios pensamentos.

“Amanhã é um novo dia”, pensei antes de adormecer. E, sinceramente, espero que seja mesmo.

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Primeiro cap. Saiu e já começamos com os vhope trocando socos e farpas 🫣, espero que tenham gostado vidas até a próxima att
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