Eles tem sentimentos, você está comprometida - Miguel Corner

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Desde o início, minha relação com S/n sempre foi um turbilhão de emoções e desejo. Éramos mais do que simples amigos; havia uma eletricidade entre nós que tornava cada encontro quente. Transavamos em cada canto do castelo, na nossa comunal, a Corvinal, nos armários, nos dormitórios, nos banheiros e em cantos secretos onde nos entregávamos ao calor do momento, fazendo amor em um frenesi que parecia não ter fim.

E depois... o depois era o paraíso. S/n se transformava em minha confidente, em uma parceira dedicada que cuidava de mim com uma ternura inigualável. Suas mãos deslizavam pelas minhas costas, dissipando qualquer tensão que restasse, enquanto seus lábios encontravam meu corpo em uma sinfonia de carícias. E quando a exaustão finalmente nos vencia, ela se aninhava em meus braços, compartilhando o calor do nosso amor até cairmos em um sono profundo e calmo.

A foda era boa demais, mas eu não queria algo sério e ela sim. A gente teve uma briga porque ela me viu flertando com a Gina, mas eu achei que não iria dar em nada, afinal, eu estava solteiro e convenhamos, elas sempre voltam. Mas ela não voltou, não sozinha. Dias depois ela apareceu namorando Terêncio Boot, como eu odeio ele por isso. Se ela tivesse ficado com alguém Sonserina teria sido menos pior. Ou não. Só de imaginar Mattheo Riddle tocando nela me dá vontade de azarar a cara dele.

A sensação de traição e angústia foi avassaladora. De todos os rapazes da escola, ela tinha que escolher justo um dos meus amigos? A dor que senti era como uma faca cravada em meu peito, cortando profundamente a confiança que tínhamos construído.

Por mais que tentasse afogar esses sentimentos em raiva e ressentimento, a verdade é que eu sentia falta dela. Não apenas do sexo ardente que fazíamos todos os dias e das carícias, mas da conexão única que compartilhávamos e que ela jogou fora. Era como se um pedaço de mim estivesse faltando, como se meu corpo e talvez a minha alma estivesse gritando por sua presença.

E agora, preso nesse turbilhão de emoções confusas, me pergunto o que fazer. Como lidar com a saudade dilacerante que me consome? Como superar a sensação de vazio que ela deixou para trás? Eu me pego sonhando com sua pele macia e seu sorriso cativante, mesmo sabendo que tudo isso pertence não me pertence mais.

Essas sensações intensas e contraditórias me consomem, deixando-me perdido em um mar de incertezas e desejos incontroláveis. Não consigo entender porquê esses sentimentos ruins não passam.

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