Can't catch me now - Blaise Zabini

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Aviso de Gatilho

Você sempre foi apaixonada por Blaise. Sempre, sempre. Dizer que o amava era quase um eufemismo sem tamanho. Só que havia um problema que impedia vocês de ficaram juntos: o seu pai. Seu pai desaprovava totalmente a sua relação com Blaise, tendo em vista o número de mortes entre os padrastos dele. Quando soube que você sentia algo pelo garoto, ele ameaçou arranjar um casamento para você, o que a deixou furiosa.

Você e seu pai brigavam sempre que se viam e também por cartas, ele não conseguia entender que você não era como a sua mãe, uma garotinha passiva e obediente. Você queria ser feliz e por Blaise valia a pena tudo o que você estava passando. Até que você teve uma ideia. Para agradar ao seu pai, você falou que havia terminado com Blaise, mas na verdade vocês estavam se vendo escondido.

Você faria qualquer coisa para estar com Blaise, mesmo que fosse se encontrar as escondidas nos banheiros, no dormitório, ele pegava na sua coxa quando ninguém estava olhando e te puxava para o corredor escuro para te beijar. Depois de um tempo você passou a gostar desse segredo, era muito mais emocionante com a sensação de quase ser pego, mesmo que para isso vocês precisassem matar uma aula ou outra, sair no meio da noite, ou pular sessões de estudo. Seu desempenho estava caindo, mas você faria de tudo para estar com Blaise.

Num certo dia, você havia saído da aula mais cedo e estava procurando por Blaise há algum tempo, quando decidiu ir ao dormitório dele, aproveitar que todos estariam ocupados e vocês sozinhos. Chegando lá, você viu algo que nunca imaginou: Blaise com a calça abaixada e Pansy em cima dele. Ela se movimentava, enquanto gemia no ouvido dele. As mãos de Blaise passeavam no corpo seminu dela, ele estava adorando aquilo como nunca. Essa imagem se impregnou na sua cabeça como piche, você se sentiu atingida atingida por cacos de vidro, o seu coração estava despedaçado.

Sem pensar, você pegou um livro que estava na escrivaninha ao lado da porta e jogou nos dois, antes de correr direto para o seu quarto. Você chorou até não poder mais, tentando tirar àquela imagem da cabeça. Como ele pode? Como ele pode fazer isso depois de tudo o que você tinha sacrificado por ele? A batida na sua porta não a faria esquecer tão cedo.

"S/n, abre a porta, eu posso explicar.", Blaise dizia enquanto batia sem parar.

O som da voz dele a perturbava ainda mais e a sua mente buscava um meio de sair daquilo sem ter que azara-lo. Ele simplesmente não desistia. Blaise te perseguia pelos corredores, até o salão comunal, até o seu quarto e ficava te aguardando até você sair. Você passou a ter medo de virar a esquina e encontrá-lo, dele vir até você e você lembrar do que aconteceu, rever aquela cena na sua cabeça. Ele não parava, ele não desistia. Até dos seus amigos ele iria atrás, buscando informações suas, e eles tinham que reversar para mantê-lo longe de você.

Você passou a pular refeições, só para não ter o desprazer de encontrá-lo, já que era impossível evitá-lo nas aulas, aulas essas que você passou a faltar, até que seu pai foi chamado para intervir, antes que você se matasse de fome.

Quando seu pai chegou em Hogwarts, você praticamente desabou no colo dele e chorou, chorou muito.

"Você estava certo pai, você estava certo o tempo todo, o melhor para mim é um casamento arranjado. Por favor, pai, faça isso por mim."

Você estava quebrada e seu pai logo atendeu ao seu pedido. Ele já tinha tudo pronto e rapidamente agendou os preparativos para fazer o anuncio. A capa do Profeta Diário estampava uma foto sua com seu noivo: Draco Malfoy. Até àquele dia você não sabia que seu noivo poderia ser Draco e, nesse momento, você achou que foi a escolha perfeita. A família Malfoy detinha poder sobre a família Zabini. Você só precisou de uma conversinha com Draco sobre o seu assediador.

"Por favor, não faça nada com ele, eu só quero ficar em paz, Draco."

Você usou todas as suas forças para ser uma garota adorável de novo, uma noiva perfeita para Draco, uma noiva que piscava os olhinhos e seus pedidos eram atendidos, e assim Draco o fez. No dia seguinte, Blaise não ousava olhar nos seus olhos, muito menos estar no mesmo ambiente que você, quando você entrava, ele saía, quando você falava, ele se calava. Blaise nunca mais iria chegar perto de você, nunca mais iria machucá-la.

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