Willians

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Gente, juro, fiquei muito entre meter um hot ou manter os planos com a Olga nesse capítulo. Enfim, aproveitem.

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Voltamos pro carro, Billie estava radiante, suas pintas mais visíveis os olhos mais claros e brilhantes que o normal e um sorriso contido que pairava em seus lábios denunciavam isso. Chegamos na minha casa rápido, Billie avisou que subiria pra tomar banho e eu fui pro escritório. 

Ok, eu passo muito tempo lá, mas eu tenho meus motivos.

Um tempo passou, eu aproveitei que estava em casa pra resolver umas coisas e depois fui procurar mais sobre um dos meus próximos aluguéis.

Algumas batidas na porta foram ouvidos e eu já sabia que era Billie, pedi pra entrar.

- Eu não te disse que pode entrar quando estiver destrancada? - falei, a mesma ignorou. - O que foi?

- Eu tô com fome.

- Ué, tem comida na cozinha, pede pra Mad fazer alguma coisa pra você comer.

- Não, Sarah, você não ajuda também. Eu tô me sentindo sozinha aqui.

- Quer que eu ligue pra Cláudia? - perguntei, lhe olhando com as sobrancelhas arqueadas.

- Não, burra! Eu quero que você saia da sua caverna e venha me fazer companhia, porra.

- Ah, entendi. Era só pedir, ué. - falei, Billie bufou saindo do escritório e eu fui atrás dela, rindo por dentro.

Fomos pra cozinha e ela começou a se pendurar nos armários procurando algo que eu não sei bem o que é. 

- Não vai achar comida aí, loira. - avisei. - Senta aqui. - apontei pro banco na bancada. - Quer pipoca?

- Pode ser. - respondeu, ela se sentou olhando pra mim com o rosto apoiado nos braços. - Você treina?

- Não tenho muito tempo pra nada. Eu puxei um pouco disso da Johanna. 

- Tem uma boa relação com suas mães?

- Não, a Johanna jura que é melhor que eu, acredita? Eu hein, beirando os 59. - respondi rindo, Bill riu baixinho. - Brincadeira, eu amo aquelas coroas.

A pipoca começou a estourar na panela, Billie tomou um susto e eu ri dela.

- Billie, me fala do seu passado. - pedi, ela suspirou antes de se ajeitar na cadeira.

- Ótimo, eu amo contar histórias. - falou antes de começar. - Eu já fiz aulas de dança, sabia? Eu era muito boa. Mas um dia eu me machuquei no ensaio, daí não pude voltar a dançar como antes. - ela parecia animada enquanto contava, sorri enquanto balançava a panela com as pipocas estourando.

- Não pode mais dançar mesmo?

- Depende, não posso fazer esforço demais. Eu também já escrevi umas músicas, é minha terapia, acredite. Eu sei tocar piano, violão, guitarra, sou ótima na cozinha. Também sei desenhar. - parou pra pensar.

- Eu adoraria ouvir uma das suas músicas, de verdade. - ela sorriu.

- Claro, qualquer dia te mostro. Bom... Eu nunca trabalhei de verdade, primeiro por que eu não tinha idade até uns tempos atrás e segundo por que eu não posso me expor. Meu irmão me banca. Eu não me orgulho disso mas não tem outra opção. Na verdade até tem, se eu virasse stripper não seria tão ruim, seria? - pergunta simples, arregalei os olhos.

- Pagariam caro pra te ver dançar. Eu pagaria. 

- Ótimo, é bom mesmo.

A pipoca estava pronta. Joguei a mesma em uma vasilha grande, jogando sal em cima, e entreguei pra Billie que se levantou.

Fatality - Billie Eilish || G!P Onde histórias criam vida. Descubra agora