A vingança é um prato que se come sem dente

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Levi's pov

"O que está fazendo aqui?"


Naquele momento eu só conseguia pensar em uma coisa "Fodeu! Mas fodeu muito fodido!". Eren ajeitou-se na cama apertando meu pulso com mais força, e minha pele pálida de vampiro do rock começou a ficar vermelha. Talvez eu tenha gostado disso, não que eu seja um masoquista... Ou eu sou? Eu gostei da dorzinha que o aperto deu, mas isso não me faz masoquista, né? Só o tom vermelho que minha pele ficou me agradou em muitos sentidos, não que eu quisesse que ele me jogasse na parede e me chamasse de lagartixa, ou então me empurasse na cama e... Aquieta o facho, Levi! Você é puro, virgem de boca e signo, sua alma é mais límpida que as águas claras do castelo de diamante da Barbie. É, exatamente, eu sou um anjo na terra, pensamentos impuros não passaram, amém.

- E então? - tornou a perguntar. Fiquei em silêncio absoluto por mais alguns segundos, eu precisava de uma desculpa muito convincente para escapar dessa situação. Situação que a desgraçada da Historia me colocou, quando eu ver ela na rua vou meter um soco, e não à Kim Possible que me segure.

- Eu sou... - comecei incerto. - O... Dedetizador? Isso mesmo, sou um dedetizador. Fui chamado pela Senhorita Ymir, há pragas inimagináveis nessa casa.

- Sua roupa não parece um uniforme de dedetização. - as sobrancelhas morenas se arquearam enquanto aqueles olhos esmeraldas me analisavam de cima a baixo. Maldita moda de jeans rasgada!

- Ah... Essa é minha roupa civil. - dei uma voltinha 'pra mostrar melhor minha "roupa civil", que na verdade era minha incrível roupa de espionagem. - Hoje farei apenas uma inspeção.

- Não explica o motivo de entrar no meu quarto sem permissão. - puta merda, que cara insuportável, não pode acreditar na minha mentira logo?

- ... Mosquitos! - exclamei livrando meu meu braço de seu aperto para espantar os "mosquitos" de seu abdômen. - Muitos mosquitos chupando seu sangue.

- Ah, certo. - sorriu zombateiro - Não sabia que era dedetizador, Levi.

FODEU! FODEU BONITO!

Não posso acreditar que ele mentiu na minha mentira. Maldito moreno cabeludinho! Tracei inúmeras rotas de fuga na minha cabeça, mas eu não fazia ideia de onde ficava a porta, e não lembrava como voltar para a janela por onde entramos.

"AHHHHHHHHH"


PUTA QUE PARIU! É O ARMIN!

- Que porra!- Eren exclamou, levantando-se da cama. Agora não tenho desculpa, preciso fugir!

- Tchau! - peguei um taco de beisebol- que descansava ao lado de um armário- e joguei com força no rosto dele que, desnorteado, deu alguns passos para trás. Aproveitei aquela chance única para correr o mais rápido que eu pude.

- EI, VOLTE JÁ AQUI! - não ousei olhar para trás, com os passos pesados que eu ouvia no chão eu já sabia que ele corria atrás de mim. E como ele tinha 1,50 só de canela era óbvio que o alfa era bem mais rápido do que eu.

Virei um corredor tentando despita-lo, e eu com certeza riria da cena a qual meu olhos foram agraciados se eu não estivesse fugindo de um lúpus com cara de gangster-chefe-de-mafia. Annie estava sentada com a coluna totalmente curvada chorando sobre um corpo desacordado, sussurava palavras como "Eu sinto muito" e "Como vamos nos casar agora?" enquanto Armin tentava puxa-la de lá com todas as suas forças.

Estava apreciando a cena quando os passos ficaram cada vez mais pesados, e- como vi muitas séries criminais- soube que Eren estava se aproximando. Apertei a orelha de Annie e a mão de Armin, puxando-os para longe do defunto.

Tanquinhos da casa ao ladoOnde histórias criam vida. Descubra agora