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Cap 5 - Antes do jantar, Mun estava imerso em seus pensamentos enquanto repousava na cama. De repente, levantou-se com pressa, sentindo uma urgência inesperada. Seus passos o guiaram até onde Hyo-jin estava, sentada sozinha. Com um coração acelerado, Mun ocupou o lugar ao lado dela, rompendo o silêncio ao perguntar - Quer namorar comigo?.

A surpresa coloriu o rosto de Hyo-jin, que respondeu - Pensei que nunca fosse pedir - No entanto, a tensão logo se dissolveu quando Mun suavemente depositou um selinho nos lábios dela. Após esse momento terno, Hyo-jin se afastou, deixando Mun com um turbilhão de sentimentos contraditórios.

Embora Mun não desejasse seguir por esse caminho, reconheceu que era a maneira mais fácil de tentar esquecer Hana.

Naquela noite, as palavras não ditas pairavam no ar enquanto Mun se preparava para o jantar. Ao se sentarem à mesa, Mun, ansioso, pegou a mão de Hyo-jin, sinalizando para todos que algo significativo estava prestes a ser anunciado.

Com a atenção de todos voltada para eles, Mun anunciou com fervor - Estamos começando uma nova jornada juntos. Hyo-jin concordou em caminhar ao meu lado. Estamos namorando - As reações variadas dos presentes refletiam o turbilhão de emoções que pairava no ar naquele momento crucial.

Ao receber a notícia, Hana sentiu como se o chão estivesse se abrindo sob seus pés. Uma sensação de vertigem a envolveu, e ela teve que se esforçar para manter a compostura. Cada palavra pronunciada ecoava em seus ouvidos como um martelo, ecoando a realidade que ela não estava preparada para enfrentar.

Seu coração apertou dolorosamente, e lágrimas ameaçaram desafiar sua resistência. No entanto, Hana se lembrou de que não podia desabar ali, especialmente diante de seu melhor amigo, que irradiava felicidade com a notícia da nova jornada. Ele merecia sua alegria, não a sombra de tristeza que ela carregava.

Com um esforço sobre-humano, Hana ergueu seu olhar para encontrar o brilho nos olhos de seu amigo e, forçando um sorriso que mal conseguia manter, ela disse - Parabéns, de coração. Desejo a vocês toda a felicidade do mundo - Sua voz, embora controlada, carregava um sutil tremor, revelando a batalha interna que ela enfrentava para não deixar transparecer a dor que a consumia.

Enquanto pronunciava os desejos sinceros, Hana percebeu que seu coração estava se fragmentando silenciosamente. Ela tentou concentrar-se na alegria do amigo, afastando a tristeza que insistia em se manifestar. Ainda assim, por trás do sorriso cuidadosamente encenado, a melancolia dançava em seus olhos, como uma sombra fugaz que teimava em não ser ignorada. A noite estava destinada a ser lembrada como o momento em que Hana, com coragem, escondeu sua própria tormenta para aplaudir o sucesso e felicidade daqueles que amava.

Ao término do jantar, Hana percebeu que todos estavam concentrados no novo casal, absorvidos pelas felicitações e animação ao redor. Consciente de que suas emoções ameaçavam transbordar, ela se retirou silenciosamente da sala e, em um instante, correu para seu quarto. Com um movimento rápido, trancou a porta, criando uma barreira simbólica entre sua dor e o mundo exterior.

Ali, na solidão do quarto, Hana finalmente permitiu-se desabar. Seu choro era um lamento silencioso, um lamento que ecoava nas paredes como uma melodia triste. As lágrimas escapavam de seus olhos, cada uma delas carregando um fragmento da mágoa que ela se esforçava para esconder.

Enquanto chorava, o silêncio do quarto era preenchido apenas pelo som de sua própria dor. A mente de Hana estava perturbada, assombrada por perguntas sem resposta. Por que ele escolheu Hyo-jin? Por que ele optou por levá-la ela pra cama? Cada interrogação era uma ferida aberta em seu coração, alimentando a tempestade emocional que rugia dentro dela.

Enquanto as lágrimas continuavam a cair, Hana afundou mais fundo em seus pensamentos turbulentos. A angústia se misturava com a exaustão emocional, e, sem perceber, ela adormeceu no meio dos questionamentos sem respostas, entregando-se aos sonhos que, por um breve momento, ofereciam um refúgio temporário da realidade dolorosa que a cercava.

Ao despertar, Hana se deparou com o sol invadindo seu quarto, iluminando o ambiente e revelando a realidade após uma noite tumultuada. Seus olhos, inchados de tanto chorar, refletiam a angústia que ela nem sabia explicar completamente. Deveria estar feliz pelo seu melhor amigo, afinal. Com um esforço visível, Hana se forçou a se levantar da cama e fechar as cortinas, afastando a luz invasiva que parecia intensificar sua própria escuridão interior.

Ao retornar à cama, horas foram consumidas por um choro silencioso e incontido. Finalmente, reuniu forças para se dirigir ao banheiro e, entre lágrimas remanescentes, tomou um banho. O ato foi mais do que uma limpeza física; era uma tentativa de afastar as sombras emocionais que a envolviam.

Após o banho, Hana dirigiu-se à cozinha, onde o choque a esperava. Seu mundo, já fragmentado, terminou de quebrar ao ver Hyo-jin agarrada a Mun. Hana, determinada a não desabar naquele momento, conteve as lágrimas, respirou fundo e cumprimentou a todos com um bom dia forçado.

Enquanto preparava seu café, Senhora Chu notou os olhos inchados de Hana e, preocupada, perguntou - Hana, por que seus olhos estão inchados?.

Hana baixou a cabeça e respondeu com uma risada forçada - Apenas dormi muito tarde ontem - Senhora Chu, percebendo algo mais profundo, decidiu não pressionar.

Hana seguiu até a mesa do café da manhã, tentando se concentrar em sua refeição enquanto ouvia as risadas dos outros que celebravam o novo casal. O café, normalmente reconfortante, se tornou amargo em sua boca, ecoando a amargura que ela tentava engolir. Enquanto observava Mun e Hyo-jin, Hana guardou suas próprias dores no silêncio, tentando sobreviver ao novo capítulo que se desenrolava diante dela.

Enquanto Hana estava envolvida em seu treino, recebeu uma mensagem de seu amigo a convidando para sair. Sem hesitar, ela aceitou o convite e anunciou a todos - Vou sair.

Mun, intrigado, perguntou - Vai para onde?.

Hana, olhando diretamente para ele, respondeu com firmeza - Você deveria se preocupar para onde sua namorada vai, não para onde eu vou - Dito isso, ela saiu em direção ao local combinado com seu amigo.

Chegando lá, iniciaram uma conversa. Hana, em meio à incerteza e confusão em relação ao amor, questionou - O que é o amor? - Ela
considerava o amor como algo raro, quase impossível de encontrar, uma perspectiva que a vida recente havia reforçado.

Seu amigo, Song Joong-ki, virou-se para ela e disse - Deixa que te mostro.

Um beijo calmo começou, e Hana permitiu-se aceitar aquele gesto. Para ela, era uma oportunidade de esquecer tudo o que sentia por Mun, ao menos por um momento. O beijo, embora iniciado como um ato impulsivo, tornou-se um refúgio temporário das complexidades e dores que ela carregava consigo. Era um breve consolo em meio às turbulências emocionais que a rodeavam.

amizade perdida, amor encontradoOnde histórias criam vida. Descubra agora