Malleus Draconia

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Andamos muito em silêncio até que chegamos no portão de uma grande e assustadora escola

???: bom, estamos bem perto... já consigo sentir o fedor de dragão

- você poderia me dizer seu nome?

???: ugh... um dia você descobre

Ficamos parados na frente do portão por alguns minutos e o desconhecido não parava de me olhar de um jeito preguiçoso

- não vamos entrar?

???: não sei se a escola vai permitir sua entrada então você vai ter que abrir o portão sozinha

Lentamente eu me aproximo do portão, quando estava prestes a tocar, ele abre sozinho, olho para trás e vejo o garoto mais chocado do que eu, sua orelha e sua cauda estavam para baixo como se estivesse frustrado

- herh.... vamos?

Sem dizer nada ele agarra no meu pulso novamente e entramos escola adentro, me sinto como se estivesse sendo arrastada, nos andamos nos esquivamos do que parecia ser figuras de autoridade

- porque estamos nos escondendo?

???: não queremos que você seja pega não é?

Corremos para o lado esquerdo do corredor e damos de cara com uma porta enorme verde com um símbolo de dragão

???: aqui eu te deixo

- eu deveria bater na porta?

Ele boceja e da de ombros saindo lentamente de perto de mim, fico alguns segundos parada olhando para porta, mas me assusto quando escuto um barulho atrás de mim, rapidamente entro no quarto, la estava escuro, começo a andar sem conseguir enxergar nada, tropeço e caio em cima de algo macio, mas repente sou jogada no chão e uma chama de luz verde ilumina o local.
Um garoto alto e de pele clara, cabelos pretos, olhos verdes brilhantes com pupilas com fenda vertical

Um garoto alto e de pele clara, cabelos pretos, olhos verdes brilhantes com pupilas com fenda vertical

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????: quem é você?

- e-eu sou S/n

Ele cerra os olhos e a chama da sua mão aumenta mais

????: quem te enviou aqui?

- Lilia! Ele me disse que um tal de Malleus poderia me ajudar

????: ajudar no quê?

- eu... eu não sei, quem é você?

????: Malleus Draconia- diz abaixando a mão e a chama sumindo- quem te trouxe até aqui?

- eu não sei... um garoto com orelhas de leão

Malleus: ugh... Leona

Malleus estala os dedos e a luz do quarto acende, ele me dá uma boa olhada e me ajuda a levantar, ele me analisa da cabeça aos pés

- ....

Malleus: humm

- o que foi?

Malleus: pela aparência das suas roupas você passou por algo bem traumático

- c-como assim?

Malleus respira fundo e começa a falar

Malleus: seus olhos estão vermelhos como se quisesse chorar a horas, mas está segurando, pois quer se manter forte, seu pescoço e pulsos estão com marcas de dedos e um leve corte que pode indicar que uma lâmina estava contra sua pele, seu vestido é bonito... aparentemente caro, mas está rasgado, sujo e molhado como se tivesse caído de um lugar alto e direto na água, seus cabelos estão bagunçados e sujos.. sua pele é macia o que faz esses arranhões parecerem piores do que realmente são. Diria que você foi ameaçada e está desesperada querendo fugir, mas sabe que não tem para onde correr

Aperto o tecido do meu vestido me sentindo envergonhada

- bela análise...

Malleus: e você é uma humana

- você não é?

Malleus: minha cara, você não acha que um humano teria chifres, essas orelhas e soltaria chamas pela mão não é?

- você tem um ótimo ponto...

Malleus: pelo amor.. o que eu faço com você?

Eu abaixo a cabeça me sentindo envergonhada pelo jeito que ele me olha, sentia meus olhos arderem como se finalmente minha fixa tivesse caído, quanto mais tento segurar meu choro mais com vontade eu fico

Mallues: se quiser chorar tudo bem... não vou julgar- diz se sentando na beira da cama

- eu não preciso chorar

Mallues: se você diz, acho melhor você tomar um banho aí vejo o que eu posso fazer por você

- eu não tenho roupas

Ele suspira enquanto se levanta, ele some por alguns minutos e depois volta com a mesma roupa que ele estava

Mallues: use isso, talvez mais tarde eu consiga achar algo para você, o banheiro é ali

Pego as roupas e me dirijo até o banheiro, era enorme, tiro minhas roupas, encho a banheira e mergulho, quando a água quente toca minha pele e lágrimas começam a rolar, todo peso e agonia começam a sair pelos meus olhos, tento não soluçar tão alto para que Mallues não escute

Será que meu pai está bem?

A gente nunca deveria ter voltado naquela casa

Que lugar é esse?! Porque as pessoas são tão estranhas aqui?? Será que eles vão me matar? Me desculpa pai...

Choro tanto que meus olhos começam a ficar pesado.... lentamente os barulhos e minha visão começam a ficar distantes




Quero ir para casa.....

Amor Vilão: Quando o Coração Se Rende ao Lado SombrioOnde histórias criam vida. Descubra agora