Depois de nascer no sexo oposto que seu pai queria, Noah tem um grande desafio para enfrentar. Mas ela não espera que vai reencontrar o Leister, mas conhecido como ex-amor de infância.
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Nicholas diz tudo com tanta sinceridade, eu consigo perceber pelos seus olhos.
Eu já não sei mais o que fazer. Ele consegue me deixar mais desestabilizada cada vez que me olha com aqueles olhos castanhos encantadores.
— Já está pronta, amiga? —Raquel pergunta, aparecendo na porta do quarto
— Estou sim. —pego a minha bolsa e caminho até Raquel
— Amiga, como estão as coisas com o Nick?
— Horrendas. —digo, descendo as escadas
— Vocês precisam de resolver, Noah.
— Que isso? Sermão a essa hora? —ergo uma sobrancelha
— Se for preciso, sim. Eu estava com ele ontem, não aconteceu nada. —ela afirma
Acho que eu só precisava da confirmação de alguém para ficar tranquila. Sei que o Nicholas não me trairia uma segunda vez, mas um lado meu não queria acreditar nisso.
— Raquel, é complicado. —respondo, terminando de descer os degraus
— Isso é birra, Noah. Vocês estão parecendo duas crianças brigando por causa de um brinquedo. —Raquel cruza os braços— Vocês vieram para se divertir e olha só —ela aponta para as portas dos quartos— Estão dormindo em camas separadas.
— Tá, legal. —levanto minhas mãos em forma de rendição— Eu vou conversar com ele, prometo.
Ela concorda.
Eu realmente estou sendo uma megera, não dei nem tempo do Nicholas se explicar. Já fui logo apedrejando ele.
Se o Nicholas estivesse me traído, ele nunca ia tentar conversar comigo. Certeza que ele iria fazer igual da primeira vez. Apenas terminar comigo e pronto.
— Amor, vem me ajudar a levar isso para o carro? —Ares pede para Raquel
— Sim, claro. —ela concorda— Ele está lá em cima. —Raquel me avisa e dá uma piscadela
Olho para cima e vejo a porta do quarto dele aberta. Tomo coragem e subo as escadas.
Paro na porta e observo ele arrumando algumas roupas.
Limpo a garganta e Nicholas se vira para mim.
— Podemos conversar? —pergunto
— Claro. Entra aí.
Dou um passo para dentro do cômodo e fecho a porta.
Nicholas é sempre muito compreensivo, o que as vezes, me dá até raiva. Eu briguei com ele, o acusei de várias coisas que ele não fez, o xinguei, e mesmo assim ele é carinhoso e atencioso comigo.
— Eu vim te pedir desculpas pela forma como agi com você. E eu não vou colocar a culpa no meu estado. —me refiro a gravidez— Eu deveria ter escutado o seu lado.
