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E como sempre, eu sou a primeira a sair das festas

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E como sempre, eu sou a primeira a sair das festas. Peguei um taxi e estou parada em frente à minha casa há uns dez minutos, tentando criar coragem para entrar.

Se meu pai me vir chorando, ele vai me humilhar, eu sei disso.

Levo a chave na fechadura e a viro, abrindo a porta.

— Noah? —meu pai me chama, assim que eu entro dentro de casa

— Oi...

— Já voltou? —ele se levanta

— Pelo visto, sim.

— Por que está chorando?

— Porque amanhã eu vou conhecer o meu futuro marido. Porque o Nicholas, por mais que ele seja um filho da puta, ele ainda é o amor da minha vida. E, talvez, porque eu não sei o que vai acontecer com a minha vida daqui a algumas horas. —digo, irritada. Eu estava precisando dizer tudo isso, se não, eu ia explodir

Lágrimas de raiva escorrem pelo meu rosto.

— Sabe... Quando eu descobri que você ia ser menina, eu pedi para que aquele resultado estivesse errado e que você fosse um garoto. E, não acha que seria mais fácil? Você não precisaria sofrer por uma garota. Você não seria obrigada a se casar com um cara que não conhece. Tudo seria mais fácil, Noah.

Como eu disse, meu pai nunca me entende.  Ele nunca me consola e muito menos me apoia.

Mordo meu lábio inferior, concordando com a cabeça.

— Só saiba de uma coisa: eu nunca pedi para nascer. Você engravidou a minha mãe por livre e espontânea vontade. Então, dá próxima vez que for falar sobre isso, pense antes. —digo, em um tom mais alto

Subo as escadas, sem dar tempo dele se desculpar ou até me xingar.

— Porra! —bato a porta do meu quarto e jogo minha bolsa em cima da cama

Pego meu celular e hesito em ligar para a Raquel, mas já está tarde e só Deus sabe o que ela está fazendo agora.

Então, no impulso do momento, ligo para a minha mãe. E torço para que ela me atenda.

— Alô? —a voz rouca dela soa do outro lado da linha

Não digo nada. Faz tempo que não escuro a voz dela, então, lágrimas de saudades escorrem pelas minhas bochechas.

— Tem alguém aí? —ela pergunta, e seu tom é de desconfiança

— Oi... mãe. —fungo, secando as minhas lágrimas

— Noah?

— É, sou eu. —suspiro— Desculpa.. eu não deveria ter ligado —afasto o celular do ouvido e ouço ela dizer para eu não desligar

— Me conta, o que está acontecendo? —ela pergunta

— Tudo está acontecendo.

— Está em casa?

PrometidaOnde histórias criam vida. Descubra agora