Depois de nascer no sexo oposto que seu pai queria, Noah tem um grande desafio para enfrentar. Mas ela não espera que vai reencontrar o Leister, mas conhecido como ex-amor de infância.
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O jantar com o meu pai e alguns investidores foi ótimo. Conseguimos fechar parcerias com empresas da Ingleterra, o que vai agregar muito nos nossos negócios.
Acabei de chegar em casa e estou exausto.
Não consegui conversar com a Sofia sobre tudo isso. Meu pai diz que a Sofia vai atrapalhar nossos negócios porque o pai dela já teve um discussão com o meu.
Ares foi jantar com a Raquel e, provavelmente, eles não vão voltar tão cedo. Ou seja, estou sozinho. Até pensei em chamar a Sofia para vir dormir aqui comigo, mas não sei se estou afim disso.
Me deito no sofá e pego meu celular. O dia inteiro Noah não sai da minha cabeça. Entro nas minhas redes sociais e pesquiso pelo perfil dela.
Noah com certeza é a mulher mais linda que eu já vi em toda a minha vida. E agora, eu a perdi para sempre.
O som da campainha soa e eu me levanto. Será que o Ares esqueceu a chave?
Abro a porta e fico assustado e preocupado ao mesmo tempo.
— Noah? —ela está chorando, e parece estar com frio. Começou a chover há alguns minutos.— Entra. —dou espaço
Noah passa por mim e se senta no sofá.
— A Raquel está? —ela pergunta, olhando para o chão
— Não... ela saiu com o Ares. —me aproximo dela
Pego o cobertor que está em cima da poltrona e envolvo ao seu redor.
— Quer me contar o que houve? —pergunto, apoiando meus braços sobre as minhas pernas
— Por que acha que aconteceu alguma coisa? —ela levanta seu olhar para mim
— Primeiro, que você chegou na minha casa às 23h da noite chorando. E, segundo, que eu te conheço. Sei que rolou alguma coisa. Me conta, vai. Eu estou aqui como seu amigo, não como seu ex-namorado.
Ela suspira e volta a encarar o chão.
— Meu pai fez um contrato com um tal de Ronnie...
Ronnie? O dono do tráfico?
— Que tipo de contrato? —endago
— Para o Ronnie ser meu futuro marido. Ou seja, hoje foi o jantar para nos conhecermos. Mas eu fugi. —ela dá de ombros— Eu não posso fazer isso comigo mesma.
Então, a Noah ia se casar? Eu, literalmente, nunca mais a veria.
Eu não sei o que dizer para consolá-la. Aproxima minha mão, hesitantemente, e acaricio sua coxa.
— Você sabe que isso não é sua culpa, né?
— Como não? Meu pai me culpa por eu ter nascido mulher. Ele adora jogar isso na minha cara.
