O mesmo de sempre II

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-Pub The Garrison-

-Skyler, talvez começamos com o pé errado. Peço desculpas pela abordagem inicial- Ele parece mais humano agora, um líder com nuances de compreensão. Suspiro, e permaneço calada e com semblante sério.

-Bom. O The Garrison é mais amigável do que a sala de interrogatório. Vamos entrar, e podemos conversar de forma mais casual.- Tommy abre a porta do pub, convidando-me a entrar. O ambiente se transforma de imediato. Risos,  e o murmúrio de conversas preenchem o espaço. Ele me convida para uma mesa mais afastada, onde podemos conversar com mais privacidade.

-Peaky Blinders não costuma pedir desculpas, mas acho que, desta vez, é necessário. Aceita um drink?- Ele parece genuinamente interessado em aliviar a tensão, mas é nítido que a segundas intenções. Por hora concordo com um aceno de cabeça, e Tommy chama o barman para fazer os pedidos. Enquanto esperamos as bebidas, ele diz.

-Agora, podemos ter uma conversa mais civilizada. Jhon me fala como sabe que isso é verdade?-

- Um garoto estregou isso ao Finn hoje mais cedo, afirmando ter sido enviado por...Jessen.- encaro Jonh intensamente e sem entender, achava que as coisas tinha começado a andar mas vejo que não, quando ouço o nome mencionado fico surpresa, mas continuo ouvindo.-Ele disse que a protegida dele vinha para cidade e que não era para você ter motivo de desconfiar e também falou sobre ela na guerra-

-Como vocês conhecem Jessen White!?- falo percebendo que aquilo tudo estava ficando cada vez  mais estranho, e minhas dúvidas aumentando a cada minuto. Um silêncio permanece ali e trocas de olhares confusos e constrangedores, mas logo cessam quando jonh com sua astúcia impecável.

- Nós que deveríamos te perguntar isso- fala com um tom de ironia enquanto Thomas que estava analisando o papel.

Respiro fundo revirando os olhos e vou me virando pra sair daquela confusão, até que Thomas para minha surpresa explica, permaneço de frente para saída apenas ouvindo o que ele tem a dizer.

-Jessen é primo de nossa falecida mãe,  bom se ele diz que você é protegida dele peço desculpas e que nos apresentamos de maneira mais adequada não acha senhorita  Sa...Dorado?- ele diz me desamarrando e em seguida me encarando com sua mão a frente em sinal de apoio.

Eu não recuso e nem aceito apenas me
viro para encará-lo, por um breve momento nossos olhos fixam um no outro e eu consigo sentir a alma dele se debater com a minha...respirando fundo e massageo meus pulsos que estava machucados pela corda aperta de outrora, era difícil entender muitas coisas ali principalmente o fato de meu professor barra pai, é parente deles. Por fim Thomas se senta e acende seu cigarro calmamente, e me observa atentamente, logo ele oferece apenas com a mão um cigarro que acabará de tirar da embalagem.

-você fuma senhorita Dourado?, diz encarando a minha face seriamente.

-Obrigada...- pego o cigarro de sua mão acendendo e bebendo o líquido do meu copo de uma vez e sugando a fumaça, sorrio da situação e digo me levantando
-senhores eu agradeço o pedido de desculpas, mas preciso ir...tenho muitos afazeres, já que as coisas já foram esclarecidas retornarei para casa- Quando giro a maçaneta ouço a voz de tommy dizer atrás de mim então paro e escuto.

-Não está tudo esclarecido...não da maneira correta, mas isso só será feito quando Jessen estiver presente. Então até lá, tenha 
noção que estará sendo observada, e que eu não confio em você- a forma que as palavras secas saem de sua boca me incomodava,...pois me lembrava fortemente do monstro do meu pai.

-Eu compreendo perfeitamente senhor Shelby...- diz pela última vez e sai daquele ambiente, o som da porta fechando-se ecoou na sala de negócios do The Garrison, deixando um rastro de incertezas no ar. Skyler Dourado, agora livre das cordas que a aprisionavam, caminhava em direção à sua própria trama de enigmas. Os Shelby, porém, não pretendiam deixar as coisas tão obscuras. Enquanto o cigarro soltava espirais de fumaça, Thomas quebrou o silêncio tenso.

-Acho que não devemos subestimar a senhorita Dourado, isso pode ser um erro caro- Arthur, com seu jeito impulsivo, lançou um olhar de desconfiança na direção da porta que Skyler havia saído, questionando -Vocês realmente confiam nela,...Tommy?- Arthur continua dialogando, Thomas, com sua calma característica, respondeu.

-Não confiamos, mas precisamos dela para descobrir a verdade sobre Sabini seja lá o que ele estiver tramando-  John, sempre perspicaz, complementou: -Se ela é a chave para expandir nossos negócios, não podemos ignorar isso.-

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Enquanto isso, Skyler, já do lado de fora do pub, enfrentava uma Londres tumultuada. A névoa das incertezas cercava-a, refletindo sua própria confusão interna. As palavras de Tommy ecoavam em sua mente, alimentando um senso de urgência e desconfiança em relação a Jessen por nunca ter mencionado seu parentesco com os blinders...com o pensamento lotado a mesma segue seu rumo.

O retorno para casa após a confusão no The Garrison era uma jornada de contemplação para Skyler Dourado. As revelações sobre Jessen White e os Shelby pairavam em sua mente, mas ao abrir a porta de casa, uma sensação de alívio momentâneo a envolveu.

Os corredores silenciosos ecoavam sua chegada, até que ela alcançou o quarto do filho. Ao entrar, deparou-se com seu filho dormindo profundamente, alheio aos acontecimentos fora de casa.

Ao acordar com a chegada de Skyler, o adolescente a encarou com olhos atentos.  -está tudo bem, mãe?- perguntou ele, enquanto Skyler, com uma expressão mais contida, respondeu -Assuntos de negócios, nada que deva preocupar você.-

A frieza na voz de Skyler revelava a barreira que ela mantinha, mesmo diante do próprio filho. Ela acariciou o rosto dele brevemente, mas o toque continha uma distância calculada. -Continue focado nos estudos e treinamentos. O mundo lá fora é implacável, e você precisa estar preparado.-

Isaac perceptivo, captou a frieza materna, mas aquilo não era novidade. Skyler, com a guarda sempre erguida, mantinha uma relação pragmática, deixando pouco espaço para demonstrações de afeto.

Enquanto compartilhavam o mesmo espaço, a névoa de desconfiança da rua ficava do lado de fora. A sala, iluminada por uma luz suave, revelava uma família cujas conexões eram mais complexas do que as aparências sugeriam. O refúgio familiar oferecia conforto, mas as sombras do mundo exterior ainda dançavam nos cantos da mente de Skyler, moldando sua postura reservada mesmo no lugar que deveria ser seu porto seguro....

**SIMMM PESSOAL, estou de volta e espero que gostem do que eu trouxe para vocês e trarei é claro!, vou me esforçar para postar no máximo 2 capítulos por semana. Obrigada por lerem e esperar pacientemente. Beijos e desculpa pela demora e erros de escrita!**

Ao som de uma balaOnde histórias criam vida. Descubra agora