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(Josh)

Eu estava ali observando Any dormir pacificamente ao meu lado, já não sabia quanto tempo tinha se passado, mas eu continuava observando ela dormir.

Estar dentro dela foi melhor do que imaginei e eu queria mais, só estava me contendo por imaginar o quão dolorida ela estava.

Desci meus olhos pela curvatura da coluna, desenhando cada pedacinho dela, até que meus olhos pararam no bumbum perfeito, arredondado e empinado. Se eu começasse com isso ia ter uma ereção em segundos!

Me curvei sobre ela para cobri-la com o lençol e uma cicatriz do lado direito do quadril me chamou a atenção. Era pequena e pálida, não se via ao longe, mas ali de perto ficava bem nítida.

Deslizei meu dedo sobre ela, me perguntando como ela teria se machucado, com quantos anos e quem cuidou dela. Pensar nisso me fez lembrar que eu não a conhecia direito, nem tinha me dado o trabalho disso, mas estava na hora disso mudar.

Plantei um beijo sobre a pequena cicatriz e me levantei da cama, sendo cuidadoso para não acordá-la. Ler aquele relatório tinha ficado na minha mente desde ontem e foi por isso que eu o enfiei dentro da mala, agora era a hora perfeita para isso.

Coloquei uma cueca e peguei o envelope tirando as folhas de dentro antes de ir para a varanda. A primeira página tinha nome, idade, parentes vivos, o nomes dos pais dela e data da morte. Já na segunda estava o histórico escolar dela, que surpreendentemente ia só até o ensino médio, então vinha o histórico médico, que não tinha muito, apenas de quando ela era criança e uma vez na adolescência.

Aquilo ficava mais estranho a cada página que eu lia, era como se depois da morte dos pais Any tivesse vivido reclusa, sem nada além de notas ótimas na escola.

Mas quando cheguei a parte que descrevia os bens dela algo começou a fazer sentido. A empresa dos pais de Any foi acusada de uma grande fraude alguns meses depois da morte dos pais dela, eles perderam muitos investidores e foram a falência com a quantidade de processos.

Quem estava no comando do lugar quando tudo aconteceu era o tio dela, ele era responsável pela herança dela até que completasse vinte e um anos. O que será daqui a um ano, mas tudo o que ela herdará será uma empresa falida, com processos gigantescos. Qualquer bem que ela tivesse quando assumisse a empresa seria confiscado para pagamento dos processos.

O que me levou a procurar pelo extrato bancário dela. Mas não havia essa informação em lugar nenhum e eu tinha certeza absoluta de ter pedido a Bailey isso.

Voltei ao quarto a passos largos em busca do meu celular. Mas meus olhos se perderam na figura na cama, Any tinha se virado de lado e estava tentadora mente exibindo os seios na minha direção.

Respirei fundo e peguei meu celular saindo de lá o mais rápido possível antes que fizesse uma besteira.

O telefone chamou duas vezes antes que Bailey atendesse a ligação.

Eu- Onde estão os dados bancários dela? (questionei sem nem lhe dar tempo de dizer nada)

Bailey- Eu estava esperando que lesse tudo e viesse me perguntar, finalmente, já não era sem tempo. (ele debochou, mas eu não estava com tempo pra isso, queria descobrir a verdade de uma vez) Any não tem uma conta bancária, nunca teve. Até mesmo a conta milionária dos pais dela e que deveria ser passada a ela, foi limpa antes que a empresa caísse em colapso.

Eu- Como isso Bailey? Como pode ela não ter uma conta, quem gastou o dinheiro se ela tinha dez anos quando tudo aconteceu? +questionei inconformado, não tinha como eu me contentar com apenas aquelas informações, eu precisava de mais!)

Seduzida Pela Fera✓Onde histórias criam vida. Descubra agora