Maniac - Guapoduo

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-Boa tarde cellbit, como vem se sentindo?- os olhos azuis encararam os castanhos

-vai mesmo me fazer essa pergunta todos os dias?

-faz parte do meu protocolo - o moreno disse  destapando sua caneta e começando a anotar coisas na prancheta

-porque ainda continua aqui? Não  vai me curar, não  vai tirar nada de mim, porque insiste e fica me dando essa merdas?

-não  gostou Da pelucia?

O loiro o encarou e pensou por um momento

Ele seria separado de seu novo objeto preferido se mentisse agora,ele não  tinha mais nada alem disso  na sua cela

-é usavel...mais isso não  vem ao caso...não  pode me comprar, eu não  estou a venda

- não  tenha intenção  de comprar você- o doutor ajeitou os óculos  e sorriu gentil- e eu não  quero tirar nada de você,eu ja disse, sou diferente dos outros médicos

-não  acredito em você

-vamos la, eu preparei mais atividades pra nos ... que tal hum... um jogo de Xadrez - pensou o moreno e se levantou da cadeira se afastando indo ate um armario próximo

-eu não  tenho as mãos  livres caso não  saiba

-tudo bem, pode me dizer qual peça quer mecher e eu faço

-que espertinho- o loiro revirou os olhos

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-Xeque-Mate! Eu Ganhei- o loiro comemorou vendo a irmã  rir

-Droga! Você sempre ganha!isso não  é justo

- eu ganhei denovo! Seu biscoito e meu - o loiro pegou o biscoito de chocolate que bagi havia apostado e sorriu o guardando em seu pote no criado mudo

Logo um barulho inusitado foi ouvido no andar de baixo da casa

Um Choro de cachorro

-...Oh não...Ruy! - o loiro se levantou da cama e deu passos rapidos ate a porta junto com Bagi o memso abriu a porta e correu ate a escada descendo ela em passos rápidos podendo presenciar uma das piores cenas de sua vida

Era seu pai Batendo no pequeno cachorro com uma garrafa de cerveja vazia, o pequeno ja não  tinha mais força pra gritar

Bagi observou chocada o cachorro do irmão  ja sem vida no chão

O loiro olhou o pai em pura tristeza..seus olhos jorrando lágrimas

Foi em um soluço do garoto que o pai o notou

-ai esta você

A irma do mesmo saio correndo pra cozinha aonde a mãe  estaria..cellbit deu apenas alguns passos pra tras

-vai chorar hum? É a porra de um viadinho?- o mesmo não  teve como se defender do pai

Ele avançou nele o batendo

-p-pai...Porfavor..

-Porque você  teve que nascer?Porque teve que vir ? NÃO  PODE SER COMO SUA IRMÃ? SEU FILHO DA PUTA, EU VOU TIRAR TUDO DE VOCÊ, TUDO OQUE VOCÊ  AMA

O rosto do garotinho sangrava , mais ninguem estava la pra o defender

Nem sua mãe...nem sua irmã...

Ele se perguntava porque nasceu?

Naquela mesma noite o loiro mancou pra fora de casa...segurando um corpo sem vida... o pelo branquinho ensanguentando...

Ele não  pode o salvar.

Ele não  podia se Salvar...

Foi ali , naquela cova cavada com as maos que o pequeno cellbit deixou seu melhor amigo apodrecer...seu unico amigo

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- Aqui!..- o doutor comemorou a achar o jogo

Cellbit o encarou, ele parecia animado, andou ate a mesa e começou a posicionar cada peça no tabuleiro, o loiro observava cada uma delas

Ele imaginava oque sua irma estaria fazendo agora?

Oque ruy pensaria ao o ver assim

O pequeno cachorro estaria só aos ossos nessa altura

Era assim que cellbit tambem queria estar...

-Bispo da ponta esquerda pra frente- fez sua jogada

Roier a guiou

-perfeito

Ambos continuaram, cellbit parecia analizar cada jogada uma por uma

Minuto aos minuto...

Mais roier não havia percebido que algumas lagrimas escapavam de seus olhos