A comida mata mãe,
Mata a minha saudade
A infelicidade do momento.A cada garfada
O sabor de felicidade
Teu olhar sorridente para a câmera
E aquele dia que nunca vou tirar da memória.Mata a saudade da vovó
Os temperos simples o bastante
O peixe frito
Com o cuscuz amanteigado
Aqueles sorrisos tão quentes e calorosos
Voltam a circular na memória.Enquanto minha garganta recebe a comida
E se fecha
Assim como meus olhos se fecham
E eu só quero você, a vovó, o vovô e a Cristina.Minha garganta fecha
Pensando em chorar
Enquanto uma lágrima desce na minha bochecha
Misturando o gosto salgado
Na comida agridoce.E isso me sufoca
Lidando de maneira fria
Tentando manter meu sangue frio
E minha personalidade de monstro.Você era minha única fraqueza
Depois que te perdi
Você se transformou numa lembrança calorosa
Assim, como nos dias mais frios
Pensar em você me esquenta.
[...]
L. W. S. C.- eu não deixei de escrever, como nunca deixei de te amar.