INVISIBLE STRINGS

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Dias. Semanas. Meses se passaram. As estações mudaram e para a felicidade e tristeza de alguns, o Rei adoeceu. Seu corpo foi tomado por feridas que pareciam não fechar nunca, e ele passava o resto dos seus dias tomando leite de papoula para diminuir as dores. A Rainha fazia de tudo para ajudar os meistres junto da mão com a saúde do Rei, buscando sempre deixar as coisas em Westeros em ordem. Seus filhos, por outro lado, não estavam facilitando, principalmente Aegon.

Fora das responsabilidades de herdeiro do Trono de Ferro, o segundo filho e primeiro filho homem de Viserys buscava diversão em todos os bordéis e tavernas de Porto Real, voando até mesmo para os reinos vizinhos quando se cansava de sua casa, o que estava levando a Rainha a loucura. Helaena era a mesma de sempre, quieta, bordando, brincando com insetos e cuidando de seus filhos. Já os gêmeos, ah o orgulho de Alicent, Aemond e Alysanne pareciam que estavam vivendo a vida perfeita, ela sem se preocupar com casamentos e ele sempre treinando e estudando. Mas nem tudo eram flores para eles. Aemond fora prometido para uma senhora da casa Baratheon, uma das filhas de Borros Baratheon para ser mais específico, e ele não gostava muito disso, pois ele queria ter tido a chance de ser prometido a sua irmã.

Alysanne não conseguia mentir, mas a mesma estava triste pelo noivado de seu irmão, pois ela acreditava que com o casamento ele se afastaria dela, e ela temia perde-lo. A princesa nunca parava quieta no castelo, estava sempre voando com Cannibal ou ajudando crianças necessitadas pelas ruas de Porto Real, sendo chamada por alguns de "A princesa do povo", já que a mesma estava fazendo de tudo para tirar as crianças das ruas e do estado precário que viviam, começando por fechar um clube usado por homens que usavam crianças pra ganhar dinheiro, colocando as mesmas em brigas entre si, deixando seus dentes e unhas afiados como animais. A princesa ordenou que o local fosse imediatamente fechado, e ajudou a achar um lar para as crianças, criando um pequeno orfanato para elas, onde ela pagava algumas pessoas para cuidar e alimentar eles.

O Rei ouvira todo dia sobre como seus filhos estavam se comportando, e ele estava contente sem se importar com o que Aegon fazia, já que sempre foi assim, mas ele estava surpreso com sua filha mais nova. As paredes sussurravam e o Rei escutava enquanto estava sob os efeitos do leite de papoula sobre como a população estava desejando uma nova Rainha, não citando o nome da verdadeira herdeira de Viserys, Rhaenyra Targaryen, mas sim sua irmã mais nova, Alysanne Targaryen. O nome da princesa e suas ações fugiram das paredes de Porto Real, e todos os senhores de todas as idades das casas de Westeros começaram a enviar propostas de casamento para a princesa, querendo se aproveitar de sua boa vontade e amor do que recebera do povo.

Agora, antes do anoitecer, Alysanne observava pelas escadas seu gêmeo treinando com Criston Cole, sorrindo a cada movimento que ele dava contra o guarda real da Rainha. Ela o aplaudia e gritava por ele, fazendo com que o príncipe ficasse ainda mais disposto a treinar e lutar contra os golpes que Criston disparava em sua direção com sua estrela do amanhã. Aemond conseguiu desviar do último golpe e posicionou sua espada no pescoço de Criston, fazendo com que ele se rendesse e Aemond ganhasse. A princesa aplaudia junto dos demais enquanto descia as escadas, indo até o irmão com um sorriso em seu rosto.

"— Acho que deveria desistir, Sr Criston. Está ficando velho." ela brincou, cutucando o homem com seu cotovelo, fazendo ele revirar os olhos.

"— Foi sorte." respondeu ofegante, tirando suas luvas.

"— As outras vezes também foram sorte?" ela perguntou.

"— Não, ele só é ruim mesmo. Deveria desistir." Aemond provocou, colocando o escudo e sua espada em cima da mesa de equipamentos.

Criston murmurou algo e saiu da vista dos gêmeos que riam com o rosto emburrado do guarda. Alysanne encarou seu irmão e ajeitou seu tapa olho, beijando sua bochecha.