Em uma bela manhã de sábado, Marina acordou em seu velho quarto, com uma simples cama, e uma cômoda e um pequeno guarda roupa, onde guardava suas poucas roupas. Ela levantou e se olhou no espelho, estava apenas com roupas íntimas, e sorriu, ela gostava de como era, mas não da forma de se achar ou encher o seu ego, pois onde vivia ela nem tinha a noção de como as pessoas eram, vaidade não existia, era uma moça humilde e inocente. Ela se vestiu, uma camisa clara, grande e velha e um pequeno short vinho desbotado e saiu do quarto, sua mãe estava na cozinha.
— Bom dia! — disse Rute.
— Bom dia.
— Poderia me ajudar com o fogão?
— Claro.
— Preciso terminar de fazer as coisas para o bar, sabe como é os fins de semana, todos vem para cá.
— Sim... Aqueles velhos sujos.
— Não fale assim são clientes.
— Você sabe como eles me olham mãe, eu não gosto disso, e aliás...
— O que foi? — perguntou Rute, parando de mexer com os torresmos, e olhando preocupada para a filha.
— Eles não só olham, mas as vezes mexem comigo...
— Apenas ignore, agora por favor corte as batatas.
Meia hora depois, Marina estava lavando as louças quando Vicente chegou.
— Onde está sua mãe? — perguntou trazendo uma caixa de bebidas para a cozinha.
— Na frente, está ajeitando o bar.
— Preciso terminar de reabastecer o bar — disse colocando a segunda caixa na cozinha.
— Depois guarde essas bebidas na geladeira.
— Tudo bem, — respondeu, viu que ele deu as costas para sair novamente — vai sair de novo?
— Desde quando o que eu faço é da sua conta menina? — e saiu.
Marina odiava o Vicente, pela forma como ele as tratava, e principalmente depois que seu corpo mudou, quando percebeu que Vicente a olhava diferente. Ela começou a guardar as bebidas na geladeira do bar.
Algumas horas depois o bar já estava cheio, Vicente atendia os clientes no balcão, todos conhecidos, Marina servia algumas mesas, e Rute passava mais tempo na cozinha, preparando as comidas do bar.
Um homem velho e sujo, sua camisa era manchada de suor, fedia a cigarro e álcool, ele sempre comia no bar, e para ele a principal atração era Marina, sem escolha ela teria de servi-lo, ele se sentou e ergueu a mão.
— Sim? — disse Marina quando chegou.
— Como você está hoje meu bem? — perguntou com uma cara animal com fome, babando vendo sua presa. Friamente ele respirou fundo antes de responder.
— Estou bem, o que o senhor vai querer comer?
— Para que toda essa raiva menina? — disse mais sério agora.
— Só quero que o senhor peça logo o que deseja.
— Está bem, vou querer aquele... — no meio da frase ele colocou as mãos na cintura de Marina, tentando parecer de uma forma inocente.
— Tire suas mãos de mim! — gritou ela todo o bar olhou para ela.
— O que está acontecendo? — Perguntou Vicente ao longe indo até os dois.
— Essa garota de novo Vicente, — disse o velho se levantando.
— O que você fez dessa vez? Perguntou Vicente a Marina
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SharpModel
RomanceA quilômetros de distância da cidade grande havia um pequeno vilarejo de estrada no meio do nada, com poucas pessoas, hotel para viajantes onde era raro aparecer alguém pois era muito velho e feio, assim como o resto do local, mas neste bar havia um...