Capítulo 1

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Em uma bela manhã de sábado, Marina acordou em seu velho quarto, com uma simples cama, e uma cômoda e um pequeno guarda roupa, onde guardava suas poucas roupas. Ela levantou e se olhou no espelho, estava apenas com roupas íntimas, e sorriu, ela gostava de como era, mas não da forma de se achar ou encher o seu ego, pois onde vivia ela nem tinha a noção de como as pessoas eram, vaidade não existia, era uma moça humilde e inocente. Ela se vestiu, uma camisa clara, grande e velha e um pequeno short vinho desbotado e saiu do quarto, sua mãe estava na cozinha.

— Bom dia! — disse Rute.

— Bom dia.

— Poderia me ajudar com o fogão?

— Claro.

— Preciso terminar de fazer as coisas para o bar, sabe como é os fins de semana, todos vem para cá.

— Sim... Aqueles velhos sujos.

— Não fale assim são clientes.

— Você sabe como eles me olham mãe, eu não gosto disso, e aliás...

— O que foi? — perguntou Rute, parando de mexer com os torresmos, e olhando preocupada para a filha.

— Eles não só olham, mas as vezes mexem comigo...

— Apenas ignore, agora por favor corte as batatas.

Meia hora depois, Marina estava lavando as louças quando Vicente chegou.

— Onde está sua mãe? — perguntou trazendo uma caixa de bebidas para a cozinha.

— Na frente, está ajeitando o bar.

— Preciso terminar de reabastecer o bar — disse colocando a segunda caixa na cozinha.

— Depois guarde essas bebidas na geladeira.

— Tudo bem, — respondeu, viu que ele deu as costas para sair novamente — vai sair de novo?

— Desde quando o que eu faço é da sua conta menina? — e saiu.

Marina odiava o Vicente, pela forma como ele as tratava, e principalmente depois que seu corpo mudou, quando percebeu que Vicente a olhava diferente. Ela começou a guardar as bebidas na geladeira do bar.

Algumas horas depois o bar já estava cheio, Vicente atendia os clientes no balcão, todos conhecidos, Marina servia algumas mesas, e Rute passava mais tempo na cozinha, preparando as comidas do bar.

Um homem velho e sujo, sua camisa era manchada de suor, fedia a cigarro e álcool, ele sempre comia no bar, e para ele a principal atração era Marina, sem escolha ela teria de servi-lo, ele se sentou e ergueu a mão.

— Sim? — disse Marina quando chegou.

— Como você está hoje meu bem? — perguntou com uma cara animal com fome, babando vendo sua presa. Friamente ele respirou fundo antes de responder.

— Estou bem, o que o senhor vai querer comer?

— Para que toda essa raiva menina? — disse mais sério agora.

— Só quero que o senhor peça logo o que deseja.

— Está bem, vou querer aquele... — no meio da frase ele colocou as mãos na cintura de Marina, tentando parecer de uma forma inocente.

— Tire suas mãos de mim! — gritou ela todo o bar olhou para ela.

— O que está acontecendo? — Perguntou Vicente ao longe indo até os dois.

— Essa garota de novo Vicente, — disse o velho se levantando.

— O que você fez dessa vez? Perguntou Vicente a Marina

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