Prólogo: A Chegada do Estranho

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O deserto estendia-se até onde os olhos podiam alcançar, um vasto oceano de areia dourada sob o calor escaldante do sol. Uma brisa árida sussurrava segredos esquecidos enquanto uma figura solitária aparecia na linha do horizonte, montada em um cavalo negro como a noite. Era O Estranho, um homem cujo passado era tão misterioso quanto a escuridão que o seguia.

Seu cavalo deixava pegadas profundas na areia, marcando o caminho que levava à cidade de Dusktown. As montanhas distantes testemunhavam a chegada iminente do forasteiro, enquanto o sol mergulhava lentamente no céu, pintando tudo com tons de laranja e vermelho.

A cidade, pequena e sufocada pelo silêncio, erguia-se à frente. O Estranho ajustou o chapéu de aba larga que sombreava seu rosto, ocultando seus olhos penetrantes. A cada passo, os habitantes de Dusktown sentiam um arrepio percorrer suas espinhas, como se pressentissem a chegada de algo além da compreensão humana.

Ao entrar na cidade, O Estranho sentiu o peso dos olhares curiosos e temerosos que o acompanhavam. Ele guiou seu cavalo até o saloon, onde a porta rangia aberta, revelando uma atmosfera densa de cigarro e murmúrios abafados.

O barman ergueu o olhar para O Estranho, seus olhos se encontrando por um breve momento antes de desviar o olhar. Uma tensão pairava no ar, uma premonição de que algo sombrio estava prestes a se desenrolar em Dusktown.

O Estranho permaneceu em silêncio, observando a cidade que agora se preparava para enfrentar sua própria escuridão. A batalha estava prestes a começar, e o forasteiro estava determinado a desvendar os segredos enterrados nas sombras que assombravam Dusktown. A noite se aproximava, e com ela, a promessa de ação e terror.

Enquanto a última luz do dia desaparecia, os habitantes de Dusktown sentiram um arrepio percorrer suas espinhas, como se a própria cidade sussurrasse seus medos. O Estranho caminhou pelas ruas empoeiradas, sua presença ecoando como um presságio sombrio. Os grilos começaram a cantar em uníssono, enquanto as sombras se estendiam como dedos sinistros sobre as fachadas envelhecidas dos edifícios.

Dentro do saloon, a atmosfera densa tornou-se ainda mais opressiva. O Estranho mergulhou na escuridão do estabelecimento, determinado a desvendar os mistérios que envolviam Dusktown. A noite estava apenas começando, e o forasteiro trazia consigo não apenas uma promessa, mas a certeza de que a verdade emergiria das sombras, trazendo consigo não redenção, mas o inevitável confronto com o desconhecido.

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