Capítulo 19

1.2K 104 29
                                    

VOTEM

Após pegar minha bolsa corro até o arcenal, por sorte, haviam poucos colegas espalhados pelo batalhão, a maioria estava desfrutando da palestra, assim como eu deveria estar.

De um jeito apressado pego o clássico fuzil carabina 22 da polícia militar e uma bolsa média de munições do mesmo. Eu estava levando em conta o quê eu e Nascimento iríamos precisar naquela missão. Logo, coloco em meu coldre uma pistola 840. Confesso que amo a forma que as armas caem em meu corpo, me deixando mais atraente sob a minha visão.

Tento completar meu 'look' com o colete a prova de balas mais novo que existia por ali, então depois de um tempo procurando sob os inúmeros consigo achar o ideal, tiro a bolsa das minhas costas e logo o visto, por mais que eu gostasse das armas, odiava esses coletes, diferentes das mesmas, odiava a forma em que o colete ficara sobre meu corpo.
Após posicionar tudo em seu devido lugar me retiro do arcenal novamente o  trancando, e entrego a chave ao porteiro que estava mais curioso do quê eu nessa situação inteira. Certamente Nascimento teria que lidar com isso mais tarde, seja lá o quê for. Logo sigo até o estacionamento, era difícil se movimentar de forma rápida quando se havia mais de cinco 5kg extras no seu corpo, claramente eu não estava totalmente habituada quanto deveria estar, mas tento dar a melhor corridinha possível até o estacionamento.

Quando chego até o portão consigo avistar a viatura, ele mantinha seus olhos fixados em mim, com a janela do passageiro baixa, ele estava no volante, no comando. A me esperar.

— Você pegou suas coisas? – Pergunto abrindo a porta.

— Peguei sim S/n, você tem munição extra pra fuzil 22?! – Ele me faz a ultima pergunta olhando diretamente para mim, claramente esperando resposta. Seus olhos clamavam pra que eu dissesse sim. Sorte a dele que nossos gostos são parecidos.

— Sim, imaginei que iríamos precisar. -Respondo tirando minha bolsa de primeiros socorros e a colocando em meus pés.

— Ótimo, pega o meu fuzil que tá no banco de trás e termine de preencher ele. - O capitão manda enquanto dirigia e assim eu faço. Não poderia deixar de notar o quanto ele ficava sexy falando daquela forma, sua voz grave ajudava a despertar coisas em mim.

Eu tiro o estojo de munições de dentro da minha bolsa e começo os trabalhos já com fuzil em mãos. Durante isso percebia alguns olhares do Capitão pra cima de mim. Mais especificamente da minha mão sob o fuzil dele. A forma em que eu o carregava parecia ser admirável para o mesmo, visivelmente ele gostava da forma em quê eu as manuzeava. Eu não era muito de mecher com armas mas sabia como cada uma daquela polícia funcionava.

— Não vai me explicar o quê está acontecendo? ‐ Pergunto após perceber que o homem estava destraido o suficiente para não me contar a situação e para onde estávamos indo.

— Ah sim!... Seguinte, tamo indo pro morro da Bahia. – Ele fala focado no volante. Eu fico calada, em total choque.

Nascimento pareceuter entendido, permanecendo em silêncio, afinal era só eu e ele contra não sei quantros vagabundos... a probabilidade de nem nossos corpos sairem de lá era grande. Não entendia o motivo te tanto sigilo, não entendia o quê os meninos tinham feito lá. Eu não estava entendendo porra nenhuma.
Depois de alguns segundos em silêncio resolvo tentar proferir algumas palavras.

— Isso é sério Roberto?! Que caralhos esses porras foram fazer lá?! Quem foi tanto?! –Pergunto confusa.

— Se acalma S/n, o quê eu menos preciso é de alguém pra acalmar agora, então se acalma porra! – Ele fala, eu o compreendo, o homem também parecia nervoso.
— Resumindo pra você o André conheceu um moleque cegueta que nem ele, nisso ele pagou um exame pro moleque e prometeu entregar o caralho do óculos pro moleque, levando Emerson e Neto junto hoje. Já viu a merda né?! – Ele concluí olhando pra mim tirando rápidamente seu foco do trânsito.

𝘍𝘭𝘪𝘱𝘴𝘪𝘥𝘦Onde histórias criam vida. Descubra agora