Essa história se passa do ponto de vista de Claire François. Autora: Inori.
"..."
"~♪"
Tarde da noite em meu quarto, refleti sobre o que aconteceu durante o dia. No quarto silencioso, Catarina cantarolava com o alcaçuz ainda na boca.
"Ei, Catarina."
"O que foi? Claire-chan?"
"O que você acha do movimento dos plebeus?"
"O movimento dos plebeus?"
Senti Catarina se mexendo no beliche acima de mim. Como normalmente fazia, ela colocou a cabeça para baixo no beliche de cima e olhou diretamente para mim.
"O que está acontecendo? Trazendo isso à tona de repente?"
"Eu vi alguns ativistas envolvidos com o movimento dos plebeus hoje nos terrenos da academia. Eles eram muito desagradáveis, tanto que eu gritei com a Lene..."
"Ahh, então você estava preocupada com isso~"
O movimento dos plebeus era uma ideologia que defendia a igualdade entre nobres e plebeus. Eles não levavam em conta a noblesse oblige, nem a história ou a riqueza que nós, nobres, construímos meticulosamente, e defendiam cegamente a igualdade.
"Você poderia explicar o que aconteceu em detalhes?"
"Claro que sim."
Contei os acontecimentos de hoje para Catarina. Que tínhamos nos deparado com ativistas, que eles chamaram a plebeia para se juntar à sua causa, que Lambert interveio para mediar e que Lene fez uma declaração que parecia apoiar o movimento e que eu a repreendi severamente por isso.
"Isso é difícil~"
"Não há nada de difícil nisso. Nobres e plebeus nunca poderiam ser iguais, isso é impensável."
Se isso acontecesse, nossa sociedade certamente entraria em colapso. A maioria dos plebeus não sabia nem ler. Se déssemos a eles autoridade igual à dos nobres atuais, eu não tinha dúvidas de que tanto o governo do reino quanto a aplicação da lei iriam parar. Para mim, suas petições não buscavam nada mais do que uma ilusão irracional.
Foi justamente por isso que eu repreendi a Lene quando ela falou para protegê-los. Duvido que ela tenha se deixado manchar por suas crenças, mas ela também era uma plebeia. Mesmo que não passasse de um sonho grandioso, talvez qualquer pessoa se sentisse atraída por um movimento que oferecesse uma vida melhor. Eu estava preocupada... Embora não houvesse sinais até o momento, e se um dia ela decidisse apoiar o movimento dos plebeus?
"Em primeiro lugar, por que você acha que os plebeus querem igualdade?"
Catarina me fez essa pergunta em seu tom descontraído habitual.
"Eles não estão apenas sendo gananciosos? Tenho certeza de que eles invejam nosso estilo de vida... Embora não saibam nada sobre os maneirismos, costumes e responsabilidades rigorosos que vêm com ele."
Não há como argumentar que nós, nobres, éramos mais ricos do que os plebeus. Também recebíamos a bênção da educação, mas havia uma razão adequada para tudo isso. Em tempos de guerra, tínhamos o dever de liderar os soldados na batalha. Em tempos de paz, nós, nobres, éramos responsáveis por administrar a terra e o bem-estar do seu povo. Devido ao fardo mais pesado que carregávamos, precisávamos de conhecimento, refinamento, discernimento e armamentos adequados. Simplificando, havia uma justificativa mais do que adequada de que nós, nobres, deveríamos ser nobres. Éramos diferentes das pessoas comuns que simplesmente seguiam suas vidas despreocupadas.
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Ela é tão ousada para uma plebéia!
RomanceTODOS OS DIREITOS A AUTORA INORI. Essa história vai até o Livro/Novel 2. Obra traduzida por fã no intuito de divulgação. Uma releitura da série yuri "Me apaixonei pela vilã" do ponto de vista da vilã! Claire François tem tudo: beleza, inteligência...