descarte.

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eu evito de pensar que o nós não existe mais,
ou de topar com você na rua e ver você com várias outras mulheres
e vir na minha cabeça: a seguinte informação de que você não gostou de mim.

você teve o prazer de me conquistar,
o privilégio de me ter.

quando teve,
me jogou do precipício,
me fez morrer por dentro.

mesmo que eu gritasse,
você não iria querer tanta intensidade para o amor tão raso que você sentia por mim.

me aprofundei em águas contaminadas pelo ódio,
de alguém que quis me ter por conquista,
de alguém que atuou e fingiu ser tudo que eu queria.

mas ao tocar a minha pele e fazer com que meu corpo tivesse altas ondas,
perdeu magicamente o que sentia.

porque eu só era corpo e ego,
eu não sou humana pra você.

eu não sinto nada.

enquanto você sai vivendo,
eu tento reparar os danos que a sua confusão fez em mim.

como pude ser tão tola?
de acreditar que alguém como você sentia algo por mim?

como eu evito a realidade se ela sempre está ali?
se você me persegue em todos os cantos assombrados dessa maldita cidade?
se a sua falta de amor próprio e empatia me atingem?
porque você é tão egoísta contigo mesmo que isso reflete em mim.
você é um covarde.

a beleza das sombrasOnde histórias criam vida. Descubra agora