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Alissa Blanc
A família Mount chega hoje. Mason foi pra concentração cedo, estava nervoso com mais um jogo pela Premier League, ansioso pra marcar logo seu primeiro gol.
Decidi assistir de casa, por inúmeros motivos.
Primeiro que já irei encontrar a família dele em casa, seria estranho encontra-los no estádio e ter que mentir.
E também porque já surgiram diversos rumores sobre a mim. Desde que saí de Mônaco, alguns sites começaram a publicar sobre um possível rompimento entre mim e meus pais, o que nem se trata de uma mentira.
Mas não quero dar mais combustível pra essa fofoca, não quero que comecem a procurar e não quero que encontrem nada sobre nosso bebê por enquanto. Quero poder viver essa fase, mesmo que nesse momento, tudo que eu sinta seja enjoo.
Pude ver Mason na imagem da televisão logo no aquecimento, as cores do Manchester United ficam bem no inglês, mesmo que eu ainda prefira o azul.
Quando se nasce em Mônaco, não há para onde fugir, não tem como não se apaixonar pela velocidade, a cidade respira corridas. Mas eu sempre amei uma partida de futebol, sempre prestigiei os times locais, e sempre que tinha oportunidade, assistia grandes clubes como o Chelsea.
Foi ai que conheci Mason, e preciso dizer que a beleza dele me prendeu na tela. Algumas semanas depois, nos encontramos em uma corrida, trocamos algumas palavras, descobrimos que tínhamos muito em comum, mas não passou disso.
Conversa essa que se repetia toda vez que nos encontrávamos, mas sempre acabava por ai. Até Mônaco.
Foi quando as coisas começaram a ficar mais complicadas pra mim, meu pai fazia questão de eu estar com ele em todas as corridas e isso não era difícil pra mim, afinal, eu amava. Mas comecei a notar que ele sempre encontrava uma forma de dizer: "Podia ser você aqui". Então decidi me afastar aos poucos, e a guerra de xingamentos começou.
Quando encontrei com o jogador, ele também estava exausto das pessoas o questionando sobre o futuro, quando nem ele sabia o que poderia acontecer. Fugimos do paddock depois da corrida. Queríamos beber, rir e acabamos parando em seu quarto de hotel.
E caramba, só de pensar naquela noite, meu corpo reclama pela falta de um toque como aquele.
O árbitro apita o início do jogo e durante todo tempo, meus olhos buscam pelo inglês com a camisa 7.
