. 2 sob o manto da escuridão, parte 1 .

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Luísa, com o coração acelerado, lançou um olhar preocupado para sua irmã, Analu, ao seu lado. Com gestos sutis, pediu que ela voltasse para dentro de casa, longe da presença ameaçadora de Gabriel. Analu, compreendendo a gravidade da situação, rapidamente obedeceu, desaparecendo pela porta entreaberta.

Gabriel, por sua vez, desviou momentaneamente o olhar para Analu, garantindo que ela estava fora de alcance, antes de voltar sua atenção para Luísa. Seus lábios se curvaram em um sorriso astuto, enquanto observava a expressão nervosa dela.

— "Como pretende pagar pelo que fez, gracinha?" — provocou, sua voz carregada de desdém.

Luísa sentiu um frio na espinha ao ouvir a pergunta de Gabriel. Engolindo em seco, tentou formular uma resposta coerente, mas suas palavras pareciam falhar diante da presença intimidante dele.

— "Eu... eu não sei..." — murmurou, sua voz mal audível.

Um olhar de desaprovação cruzou o rosto de Gabriel, que revirou os olhos com impaciência. Com um ar de deboche, ele propôs uma ideia que fez o estômago de Luísa se contorcer de repulsa.

— "Que tal me pagar com seu corpo? Você é bem gostosinha, né?" — sugeriu, seus olhos brilhando com malícia.

Ao ouvir aquelas palavras, Luísa sentiu uma mistura de pavor e indignação. Seu corpo tenso tentou se afastar do toque de Gabriel, que a segurava firmemente pelo cotovelo. Com coragem renovada, ela respondeu, sua voz tremendo com determinação:

— "Tudo, menos isso!"Luísa sentiu seu coração acelerar e sua respiração ficar mais rápida enquanto tentava desesperadamente afastar-se de Gabriel. Seus olhos procuravam por uma saída, mas ela se sentia encurralada. A sensação de impotência a dominava enquanto as palavras de Gabriel ecoavam em sua mente.

— "Oh, mas por que não? Afinal, você precisa aprender a lição, não é mesmo?"

A voz dele era carregada de malícia, e Luísa podia sentir o peso das suas palavras como se fossem correntes a prendendo. Ela sabia que precisava encontrar uma maneira de se livrar daquela situação, mas o medo a paralisava. Seu olhar buscava desesperadamente por ajuda, mas a única pessoa por perto era sua irmã, que ainda estava dentro de casa, alheia à tensão que se desenrolava do lado de fora.

Gabriel continuava a encará-la com um sorriso debochado, como se estivesse se divertindo com o desconforto dela. Luísa sentiu um nó se formar em sua garganta, enquanto as palavras se perdiam em sua mente confusa. Ela sabia que precisava encontrar uma saída, mas as opções pareciam cada vez mais limitadas. O que ela poderia fazer para escapar daquele pesadelo?Luísa sentiu um calafrio percorrer sua espinha quando Gabriel distorceu a realidade com sua resposta sarcástica. Ela olhou ao redor, observando as sombras da noite se estendendo pelo complexo. As regras não escritas do lugar pairavam no ar, pesadas como uma névoa sufocante.

— "Mas eu não fiz nada de mal! Eu só salvei aquele garoto, eu fiz o certo! Não fiz?" — sua voz vacilou um pouco, mas sua determinação permaneceu inabalável.

Gabriel soltou uma risada áspera, seus olhos faiscando com uma malícia sombria.

— "Aqui é o errado a se fazer, a princesa não sabe as regras do complexo?" — ele debochou, seus lábios curvando-se em um sorriso sinistro. O ambiente ao redor parecia se contrair, como se estivesse fechando Luísa em um abismo de dilemas morais e perigos iminentes. Ela sentiu seu coração bater mais rápido, enquanto lutava para encontrar uma maneira de navegar por entre as sombras que se avolumavam ao seu redor.Luísa sentiu um alívio momentâneo quando Gabriel finalmente a soltou, mas seu alívio foi rapidamente substituído por pânico quando viu o sinal de cabeça que ele fez. Era um gesto sinistro que indicava que outros estavam prontos para agir.

Antes que pudesse reagir, mãos ásperas agarraram seus braços e a puxaram com força em direção ao carro. Seus gritos de desespero foram abafados pela mão de alguém, e ela se debateu freneticamente, tentando se libertar daquele aperto implacável.

O terror a consumia enquanto era arrastada para dentro do veículo, sua mente turva com pensamentos de sobrevivência e escape. Ela sabia que precisava lutar, encontrar uma brecha, qualquer brecha, para se libertar desse pesadelo que a envolvia implacavelmente. Mas no momento, tudo o que podia fazer era resistir com todas as suas forças, na esperança desesperada de que alguém a ouvisse, a visse, e a salvasse antes que fosse tarde demais.Luísa sentiu a raiva fervendo dentro dela enquanto enfrentava Gabriel com suas palavras. Ela sabia que era uma garota inocente, e não merecia estar passando por aquilo. No entanto, suas palavras foram rapidamente silenciadas quando Gabriel ordenou que a calassem.

Antes que pudesse protestar novamente, mãos ásperas empurraram um pano embebido em líquido em direção ao seu rosto. Ela tentou resistir, mas a luta foi em vão. O líquido tinha um cheiro forte e enjoativo, fazendo-a sentir-se tonta e fraca.

Sua visão começou a turvar e suas forças a abandonaram, deixando-a à mercê da escuridão que a envolvia implacavelmente. Ela lutou contra o desmaio, mas eventualmente sucumbiu ao poder do líquido, mergulhando em um sono profundo e sem sonhos. O carro continuou sua jornada, afastando-se cada vez mais, enquanto Luísa desaparecia na escuridão.

 O carro continuou sua jornada, afastando-se cada vez mais, enquanto Luísa desaparecia na escuridão

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⏰ Última atualização: Jan 26 ⏰

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