Solar se mexeu na cama, mas sentiu seu corpo dolorido o bastante para que ela gemesse de dor e então, lembrou da noite que teve com a vampira.
Moonbyul estava bem mais violenta que o normal e ainda podia sentir seu íntimo doer.Com dificuldade, sentou na cama olhando em volta, mas não teve nenhum sinal da outra mulher, apenas o barulho dos pássaros do lado de fora eram ouvidos.
Estava nua e seu corpo cheio de marcas, Solar gostava daquilo, por algum motivo, lhe faziam se sentir amada e protegida.
Ao levantar, vestiu uma blusa da condessa que tinha ali por perto e decidiu ir procurar a mulher.— Moonbyul!
Falava enquanto caminhava pela a mansão e logo chegou a conclusão que estava sozinha, até o mordomo não estava ali, caso contrário já teria aparecido.
Solar ficou imaginando onde estaria a condessa que lhe deixara ali sozinha.Enquanto caminhava de volta para o quarto, lembrou da conversa que teve com Ester. Não que ela não confiasse nos sentimos de Moonbyul, mas queria provar com seus próprios olhos que Ester era uma mentirosa.
Caminhou até a porta que exalava solidão e tristeza. Tentou abrir a porta, porém se encontrava trancada, o que não foi nenhuma surpresa pra Solar.
Estava pra desistir quando viu algo brilhando perto de um vazo ali próximo, foi até ela e achou uma chave. Pensou que fosse o destino, então seja lá o que tivesse atrás daquela porta ela teria que ver.Abriu a porta e de início, não viu nada. Apertou os olhos até se acostumar com luminosidade dali e novamente, não conteve sua expressão de choque.
O quarto era repleto de fotos e quadros de Marie, também continuam roupas, que muito provável também pertencia a ela, cartas e tudo o que se podia imaginar. Solar não sabia o que pensar, Ester estava certa, Moonbyul só estava com ela porque via Marie nela, ela amava Marie.Foi dando passos para trás até que suas costas se chocaram contra algo. Solar olhou devagar, quase em camera lenta, não porque estava com medo, mas sim porque estava forçando seus olhos olharem pra outra coisa que não fosse aquele quarto.
Quando finalmente olhou, viu Moonbyul atrás dela. Seu rosto era pacífico e sem expressão, Solar não conseguia saber o que a vampira estava pensando.— Então você entrou... –Solar se manteve em silêncio– Não consigo ler seus pensamentos...o que está pensando?
— Eu também não sei o que estou pensando. – suspirou virando de dente pra vampira
— Por que entrou aqui? Onde eu falei que não era pra entrar?
— Eu queria saber o que tinha de tão importante aqui que eu não podia entrar. –falou agora em um tom de raiva. Solar estava brava, ela tinha o direito de está– Queria ver onde estava o coração da condessa, mas confesso que não gostei de descobrir.
— Solar, não é o que você tá pensando, era, mas não é ma-
— Achei que não soubesse o que eu penso. Pois bem, eu irei ser direta. –engoliu em seco. Podia sentir seu coração apertar e sabia que a condessa estava ouvindo seu coração acelerado– Seu coração está aqui nesse quarto, está com Marie, nunca foi meu né? Eu nunca tive chance.
— Solar, não é isso. Eu amo você!
— Não, você não ama. Você ama o fato de eu ser idêntica a Marie, mas Moonbyul, eu não sou a Marie e nunca vou ser– fez uma pausa– não faço questão de ser...
— Porra! Me escuta, sim, no começo foi porque você parecia com Marie, mas agora não é. Eu não vejo mais você como Marie, eu vejo como você é, você é a Solar, a minha Solar.
— Sinceramente, eu não consigo acreditar em nenhuma de suas palavras tendo meus olhos para todas essas coisas... – encheu seus olhos de lágrimas. – Eu vou embora...
Passou pela a mulher segurando o choro enquanto caminhava em passos largos até o quarto. Moonbyul vinha logo atrás tentando convencer a humana a lhe escutar, mas Solar não ligava mais pra nada disso.
Ao entrarem no quarto, Moonbyul segurou Solar pelo o braço lhe puxando para si e finalmente pôde ver seu rosto. A mulher estava chorando e aquilo partiu o coração da condessa.
— Ver você chorando acaba comigo...
— Sai... – tenta se soltar – Não quero falar com você.
— Meu amor, eu tô falando a verdade pra você. Marie foi muito importante na minha vida sim, eu achei nunca mais fosse me apaixonar, mas você apareceu e mudou tudo. Solar, eu amo você.
— Não! É só pelo o fato de eu ser igual ela!!
— Não, não é. Você é igual ela fisicamente, mas o resto é totalmente diferente. – enxugava o rosto dela – Nesse momento por exemplo, não se parece nada com ela.
Solar não conseguia controlar suas lágrimas e tinha se deixado ficar ali junto ao corpo da vampira, mas ainda estava magoada, confusa e irritada com a mais velha.
— Então prova. Prova que me ama. – falou olhando em seus olhos– Se conseguir provar, eu acreditarei em você.
— E como eu faço isso?
— Me faça sua condessa. Quero ser imortal e sua para sempre...quero ficar ao seu lado por séculos.
Moonbyul nem sabia o que responder. Aquilo era arriscado e ela não iria saber lidar com isso novamente
— Solar...isso não é possível.
— Então me esquece! – se soltou dos braços da condessa. – quando você tiver disposta a me amar de verdade, você me procura, mas não esquece que quando decidir isso, pode acabar já sendo tarde demais.
Falava enquanto vestia suas roupas que se encontravam jogadas pelo o chão do quarto. Moonbyul nem tentou impedir ela mais, nem disse sequer uma palavra. Na verdade, Solar teria gostado mais se Moonbyul tivesse tentado impedir ela, mas a mulher simplesmente ficou olhando.
[...]
Já havia se passado 1 semana e nenhuma aparição da condessa. Solar já tinha criado suas próprias respostas sobre isso, teria que aceitar.
Quando finalmente resolveu levantar da cama já marcavam 19h da noite.
Se olhou no espelho, tinha perdido alguns quilos e seus olhos estavam fundos por conta das olheiras.Iria tomar um banho, olhar a rua e comer alguma coisa, aliás, não ia adiantar de nada ficar deitada por aí a espera de um milagre.
"Talvez eu devesse ir embora da cidade novamente..."
Pensou, mas já tinha tomado a sua decisão. Iria embora na próxima semana.
Continua...
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𝙱𝙻𝙾𝙾𝙳 𝙾𝙵 𝙼𝙾𝙾𝙽 [+18] Moonsun G!P
FanfictionApós uma série de mortes e desaparecimentos estranhos na cidade, começa a os rumores de que há vampiros vagando. O medo consome mais velhos que se lembram das histórias contadas por seus antepassados, os jovens acham engraçado e zombam das lendas. ...