Dói sem tanto.

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Oi, gente. Tudo bem? Vou começar essa fic e é a primeira vez que escrevo, então tenham paciência comigo, por favor. 

A linha do tempo não será exatamente igual o que está acontecendo no BBB e alguns acontecimentos vão ser diferentes também, então não estranhem, tá? 

Enfim, espero que vocês gostem, me contem o que estiverem achando. 


Nara Alvarez, dia um.

Quando Tadeu finalmente anunciou que as vendas poderiam ser retiradas, ouvi uma sequência de vozes animadas e pessoas se cumprimentando. Demorei um pouco pra me situar, mas logo me deparei com Beatriz, que se apresentou como vendedora do Brás e disse ser fã das minhas músicas. Aquilo me deixou tão mais aliviada em estar ali que lhe dei um abraço apertado, algo na energia dela me dizia que seríamos boas amigas.

Ao lado de Bia, foi bem mais fácil me apresentar para outras pessoas, e algumas delas até me reconheceram e foram extremamente simpáticas. Estava cumprimentando Alane com um abraço quando ouvi, ainda um pouco distante, uma voz que eu reconheceria em qualquer lugar no mundo.

"Puta que pariu, não acredito..."

Meu corpo travou por um momento e, antes que eu pudesse me virar, fui abraçada por outra pessoa, os ânimos de todos estavam à flor da pele e tentei me convencer de que estava ouvindo coisas.

— Eita, Brasil... — ouvi Bia dizendo, e a cara dela alternando entre me olhar e olhar pra alguém atrás de mim me fez ter certeza de que não, eu não estava ouvindo coisas.

Assim que me virei, nossos olhares se encontraram e, eu sei que é clichê pra caralho, mas por alguns segundos senti que só havíamos nós duas naquele gramado. Senti meus dedos formigando e meu coração batia tão forte quanto a bateria de uma escola de samba.

Bem na minha frente, a alguns metros de distância, estava Yasmin Brunet. Modelo, empresária e, bom... Minha ex namorada.

Não nos víamos há pouco mais de um ano e eu definitivamente não estava preparada pra esse encontro.

Nem sei exatamente em que momento aconteceu, mas quando percebi, ela já estava mais perto que antes e, felizmente, a euforia de Bia e Alane enquanto a cumprimentavam me deu tempo pra me reorganizar.

— Ei... — a loira me cumprimentou. — A voz baixa e suave enquanto me olhava com um pequeno sorriso nos lábios.

— Oi... — respondi depois de respirar fundo, tentando encontrar minha voz.

— Posso te dar um abraço? — Perguntou, meio incerta e fiz que sim com a cabeça.

Quando seus braços envolveram meu corpo, pude sentir seu coração batendo tão forte quanto o meu e foi como se uma avalanche de memórias me atingisse em cheio. Fechei os olhos, sentindo seu cheiro suave que era a mistura perfeita entre cítrico e floral e precisei me controlar pra que meus olhos não se enchessem de lágrimas logo ali.

— Eu senti que você vinha — disse baixinho, quase num sussurro, enquanto ainda me abraçava apertado. — Comecei a sonhar com você um dia antes do confinamento e os sonhos se repetiam quase todas as noites, mas nunca te imaginei aqui, então achei que era loucura minha, saudade, sei lá...

Saudade.

Senti meu peito apertar com a palavra, mas antes que pudesse responder, ouvi alguns comentários que me fizeram sair do transe em que só ela era capaz de me colocar.

Uma série de "Olha lá", "Que isso? Já tá rolando um clima ali?" e "Elas são ex namoradas".

— Estranho seria se você não sentisse, né, sereia sensitiva? — Brinquei enquanto nos afastamos do abraço, tentando fingir que suas palavras não me causaram nada. Ela sorriu e revirou os olhos de brincadeira, com as bochechas levemente coradas.

Tenta acreditar. | YASMIN BRUNETOnde histórias criam vida. Descubra agora