the very first night

o primeiro encontro

"— Fourth, se incomodaria se eu te chamasse para um encontro?

Perguntei confuso, afinal nós nos vimos uma vez mas estamos a quase três horas em uma ligação telefônica. Talvez eu esteja indo rápido demais, só que já dizia a Pabllo Vittar: é melhor se arrepender do que passar vontade.

— Sim. – Meu coração doeu. — Por que eu queria te chamar primeiro.

— Achei que diria que não, e que eu não sou o que você imaginava e...

— Gemini, você é muito mais do que eu imaginava e acredite, eu seria nomeado o homem mais idiota do mundo por deixar você passar diante de mim."

Acordei sorrindo feito um bocó lembrando da nossa chamada de ontem, ele queria ligar de vídeo mas eu não queria mostrar meu rosto completamente vermelho quando ele fazia algum elogio ou algo do tipo. Talvez seja muito cedo pra isso, mas eu com certeza estava caindo direitinho na dele.

Mas a pergunta certa a se fazer era: onde diabos teríamos um encontro? Tipo, eu dei a idéia então essa parte teria que ser comigo? Agora eu estou demasiadamente arrependido em ter chamado, era mesmo melhor ele ter feito isso primeiro. O máximo que vem à minha cabeça é levá-lo até a praça e tomarmos sorvete, mas acho que isso seria legal se tivéssemos sei lá, dezessete anos.

— Ford! – Gritei do meu quarto para o meu amigo, mandaria mensagem mas estou desesperado e o Pond não pode me ajudar porque os conselhos dele não são tão agradáveis quando se trata de romance. — É uma emergência.

Pude ouvir seus passos correndo, quando ele chegar aqui provavelmente irei levar uns tapas, só que acho que vai ser bem merecido.

— O que foi? Realmente é uma emergência, você tá me chamando pro seu quarto.

— O que faço num primeiro encontro? – Tentei não parecer nervoso. — Pra onde eu deveria levar o Fourth?

— Caramba! Tão rápido assim? Você e o gatinho swiftie realmente não perdem tempo.

— Não seja bobo, é só para nos conhecermos melhor. – Ele sorriu de canto e jogou-se em minha cama. — Eu só não sei do que ele gosta, então não tem muito o que posso fazer.

— E como eu saberia?

Ele tem um ponto, mas eu tenho uma jogada maior ainda. Essa vai ser a minha maior atuação de todos os tempos.

— Você é fofoqueiro, olha no twitter dele. – Fez um biquinho e pegou seu celular, sabia que daria certo. — Isso sempre funciona, amo alimentar minha Maria fifi de estimação.

Revirou os olhos e logo entrou na conta do Shim, eu fiquei com muita vergonha de segui-lo e como o Allan não tem vergonha de nada (sim, até mesmo das piores coisas ele não se sente envergonhado) ele foi minha melhor arma.

— Ele gosta MUITO da Taylor Swift, gosta de receber flores do Mark também. – Me mostrou uma postagem antiga em suas mídias, de um buquê que ganhou do amigo. — Gosta de sorvete e de passear ao ar livre com a Munmuang?... Que é sua gatinha, que fofa.

— Aparentemente esse homem é um livro aberto, o que é bom.

— Prosseguindo, ele gosta de dividir fone com os amigos e de praças.

Então tomar sorvete na praça não seria má idéia! Eu ainda poderia ter a chance de conhecer a sua filha e ouviríamos algum álbum qualquer da Taylor Swift, na verdade se o favorito dele não for o Folklore vamos ter que terminar o que ainda nem começou.

— Obrigado Ford, já sei o que fazer.

— Por nada. E não usa roupa muito chamativa nem muito preta, fique a vontade para deixá-lo à vontade. – Sorri me dando um beijo na testa. — Os filhos crescem tão rápido, tô muito orgulhoso.