Dilemma (Nathan Scott)

00. buzzcut boy

A tristeza não era um sentimento estranho para Lola Hernadez. É algo que a garota de cabelos negros sentia muito bem e, neste momento de sua vida, ela se acostumou com isso borbulhando rapidamente na boca do estômago. Ela nunca conseguia interromper a emoção, como se ela matasse propositalmente os membros de sua família para que pudesse crescer novamente, praticamente comendo-a viva. Sua mãe foi a primeira a ir, um motorista bêbado havia levado sua bela alma há apenas cinco anos. Em seguida, foi seu avô quem finalmente deu seu último suspiro na casa de repouso local. E agora, é o homem que ela passou a chamar de pai, um ser humano adorável que não merecia a morte que lhe foi entregue.

O funeral ocorreu em sua antiga cidade natal, Tree Hill, onde seu testamento foi cancelado pelo advogado designado pelo pai. Uma pequena casa, aparentemente sua antiga casa, foi presenteada a André, seu filho mais velho e único. Lola recebeu algum dinheiro que economizou para as crianças e os registros antigos que ele costumava guardar. Depois dessa reunião, André fez com que o advogado ficasse para trás para discutir a situação de Lola e se poderia ser seu tutor. Com vinte anos, o advogado concordou depois de explicar que haveria muita papelada e que o processo seria longo. E depois de alguns meses tudo funcionou perfeitamente.

Soltando um suspiro cansado, Lola empurra a caixa de papelão até a borda da verdade comovente e desce, preparando-se para levantar aquela coisa estúpida. Ela envolve a superfície com os braços e a levanta, mas em vez de se mover do chão sujo, ela permanece parada, sem sequer se mover. Um gemido escapa de seus lábios e quando ela tenta novamente, um par de mãos pousando em seus braços a assusta e sua cabeça vira na direção de um garoto aleatório.

O loiro levanta as mãos rapidamente. "Sinto muito. Eu não queria assustar você. Acabei de notar o quanto você está lutando e pensei em lhe oferecer minha ajuda." Ele sorri gentilmente, seus braços caindo sobre os chinelos. "Eu sou Lucas Scott, seu vizinho."

Por mais que ela não quisesse aceitar a derrota, ela aceitou de qualquer maneira, e retribuiu o sorriso. "Eu sou Lola Hernandez. E você definitivamente pode me ajudar, essa caixa é matadora."

Ele ri, pegando o objeto marrom e levantando-o como se não pesasse nada para ele. “Não há nada de errado com esta caixa, acho que você é apenas fraca.”

Lola percebeu a piada dele enquanto o seguia até sua casa. “Acho que tenho ouvido muito Eminem.” Ele riu. Então, ele entendeu a piada dela também. "Você pode simplesmente colocar perto da escada, vou pedir ao meu irmão que leve para o meu quarto assim que chegar em casa."

"É só você e seu irmão aqui?" Lucas segue suas instruções.

"Sim, somos só nós. Ele vai trabalhar e faz todas as coisas de adulto, enquanto eu vou para a escola." Lola encolhe os ombros, indo até o sofá que já estava colocado desde a manhã.

Ele pega a almofada ao lado dela e vira o corpo na direção dela para que possam conversar cara a cara. "Somos só eu e minha mãe também. E falando em escola, presumo que você comece amanhã?" Quando ela cantarola, ele continua. "Eu poderia te mostrar o lugar, se você quiser?"

"Sério? Eu realmente adoraria isso. Começar no meio de um ano vai ser uma droga e não terei nenhum amigo. Serei uma solitária." Ela riu, temendo secretamente o que aconteceria em alguns dias.

Lucas colocou a mão no coração. "Ai, acho que sou simplesmente inexistente para você."

Lola deu uma risadinha. "Você não é, mas eu sei como geralmente é. Você me mostrará o local durante a primeira parte do dia e depois encontrará seus amigos, deixando-me pendurada para me defender sozinha."

"Ok, entendi. Mas prometo não abandonar você. Se você ficar desconfortável ou até mesmo pensar que vou ficar, apenas segure meu braço, eu não me importaria." Lucas encolheu os ombros, bagunçando seu cabelo cortado.

Os olhos de Lola brilharam de alegria. "Obrigado, isso realmente significa muito."

"A qualquer momento."